O leite é (ou foi) um dos alimentos mais consumidos pelo ser humano, e mais que isso, por muitos anos tratado como uma peça chave de uma alimentação saudável. Porém, nos últimos anos, publicações científicas associaram o consumo deste alimento com várias alterações de saúde, inclusive o aumento da produção endógena de fatores de crescimento, como o IGF-1. Sabendo disso, os autores desse artigo de 2017 observaram a relação do consumo de leite e o desenvolvimento pubertário em 515 meninas. Eles avaliaram o consumo alimentar a partir de um recordatório de 24h realizado a cada 6 meses, o volume fibroglandular da mama e a data na menarca. Após analisar os resultados, os autores concluíram que o consumo de lácteos adoçados e saborizados artificialmente, consumidos em uma quantidade maior que 125 g/dia mostrou relação com o aumento do % do volume fibroglandular da mama. Em contrapartida, o consumo de menos de 125 g/dia de iogurte não foi associado com este aumento de volume, além de estar associado com um atraso da data da menarca. Ou seja, na ausência de qualquer alteração de saúde que impeça o consumo desses alimentos, o que vale a pena é consumi-los na sua forma mais in-natura possível, dentro de um contexto alimentar variado. Pois monotonia alimentar não é sinônimo de alimentação saudável. Mas lembre-se, antes de mais nada, consulte o seu nutricionista.