A serotonina, um neurotransmissor conhecido por melhorar o humor, também tem sido implicada na promoção do autocontrole, regulação da fome e da ingestão calórica. Contudo, não está claro se os efeitos da serotonina sobre a ingestão calórica refletem mecanismos puramente homeostáticos ou se a serotonina também modula os processos cognitivos envolvidos na tomada de decisões dietéticas. Nesse estudo pulicado em 2017 foi avaliado justamente isso! 27 participantes saudáveis receberam dose aguda de placebo ou dois medicamentos: um que aumenta serotonina, e outro que aumenta noradrenalina. Entre 1h30 – 3h após a administração das cápsulas, os participantes tiveram que realizar escolhas alimentares, sendo que estavam disponíveis alimentos mais saudáveis e alimentos menos saudáveis. Após análise estatística, foi demonstrado que os indivíduos que ingeriram o medicamento que aumenta a serotonina tiveram escolhas por alimentos mais saudáveis do que as pessoas que tomaram o placebo. Além disso, após a justificativa da escolha, as pessoas que ingeriram o medicamento que aumenta a serotonina deram ênfase nas considerações de saúde na hora da tomada de decisão. Por outro lado, quem tomou o medicamento que aumentou a noradrenalina, não teve alteração na escolha alimentar quando comparada com o placebo. Ou seja, a serotonina pode ajudar o indivíduo na escolha alimentar, diminuindo o risco de escolher alimentos menos saudáveis. Vale destacar que, embora o estudo tenha utilizado medicamento para aumentar a serotonina, através da alimentação e suplementação também conseguimos estimular a síntese desse neurotransmissor (com menor eficiência mas com menos efeito colateral)! Procure um nutricionista para orientá-lo sobre essas estratégias nutricionais!