Uma das grandes preocupações da atualidade é reduzir o risco das doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer. E hoje já se sabe que com uma alimentação correta isso é possível. Isso porque nos alimentos encontramos substâncias que protegem o nosso DNA, como o sulforafano, encontrado no brócolis (Brassica oleracea var. italica) e em outros alimentos da família das brássicas (ex: couve, couve-flor, couve de bruxelas, nabo, rabanete, etc). Esse efeito protetor do sulforafano ocorre, pelo menos em parte, pela sua capacidade em modular a expressão de genes envolvidos com a defesa celular, como Nrf2. Porém, a maneira como consumimos e armazenamos este alimento, define o quanto aproveitaremos deste benefício. Como demonstrado em uma revisão agora de 2016, o consumo de brócolis cru não representa a maneira mais eficiente de obter as vantagens proporcionadas pelo sulforafano, porém 3 minutos de cozimento se mostrou suficiente para garantir estes benefícios. Além disso, 5 minutos de cozimento em microondas foi suficiente para a perda de 74% da biodisponibilidade deste composto. O armazenamento também pode influenciar na biodisponibilidade do sulforafano. 3 dias em temperatura ambiente, ao ar livre, é o suficiente para resultar em 55% de perda. Por outro lado, o armazenamento em sacos de plástico a 22∘C demora 7 dias para que uma perda similar ocorra. Ou seja, para melhor aproveitar os nutrientes desse vegetal, se precisar armazená-lo, coloque-o em sacos plásticos e consuma-o o quanto antes. E, quando for consumir, opte pelo cozimento no vapor por 3 minutos.