Consumo de frutas roxas e vermelhas diminui consequências associadas ao estresse

02 - frutas roxas e vermelhas

A carga alostática (AL) é uma estrutura de medição multissistêmica que reflete os efeitos do estresse no risco fisiológico.

Pontuações mais altas de AL têm sido consistentemente relacionadas a um maior risco de problemas de saúde e condições debilitantes de saúde relacionadas ao estresse, como declínio físico e cognitivo, obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, depressão, ansiedade, entre outros.

De modo interessante, um estudo publicado dia 30 de janeiro de 2024, avaliando dados de 7684 indivíduos, demostrou que o consumo de berries (frutas roxas e vermelhas) foi associado a menor valor de AL.

Ou seja, menos risco de doenças associadas ao estresse. Mais um motivo para você adicionar essas frutas na sua alimentação!

(Ref: Zhang, L.; et al. Nutrients., 16(3), 403, 2024. Doi: 10.3390/nu16030403)

Benefícios do açaí

O açaí (Euterpe oleracea Martius) é uma fruta nativa do Brasil que tem alta quantidade de ácidos graxos monoinsaturados. Vários estudos em animais e células tem demonstrado vários efeitos benéfico do açaí à saúde. Mas esse estudo foi além, avaliando o consumo de açaí em humanos e seu papel nos lipídeos plasmáticos e status antioxidante. 40 mulheres saudáveis (com média de idade de 24 anos) receberam 200 mL de polpa de açaí por dia, por 4 semanas. Após o término, não observou-se diferenças nos parâmetros antropométricos, na pressão arterial sistêmica, na glicemia, insulina, LDL-c, HDL-c, triglicerídeo e apolipoproteína B. Porém, o consumo de açaí aumentou a apolipoproteína A-I (que tem ação benéfica) e a transferência de ésteres de colesterol para a HDL. Em relação ao status antioxidante, o açaí diminuiu espécies reativas de oxigênio, a LDL oxidada (que traz efeitos maléficos quando está em grandes quantidades) e malondialdeído (um marcador de peroxidação lipídica). Além disso, o açaí aumentou a enzima paroxonase 1 (uma enzima antioxidante) e a capacidade antioxidante total. Dessa forma, os autores concluem que o consumo de açaí pode ser interessante pensando em diminuição de risco de aterosclerose. Vale lembrar que a forma do consumo do açaí também é importante, já que muitos produtos prontos a base de açaí possuem outros ingredientes que não são interessantes! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Açaí e endometriose

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A endometriose é uma doença inflamatória, caracterizada pela presença de endométrio fora da cavidade uterina, e está associada com dor pélvica crônica, infertilidade, e consequentemente redução da qualidade de vida da paciente. Sabendo disso, nesta publicação de novembro de 2016, os autores induziram endometriose experimental em ratas, e trataram-nas com 200 mg/kg de peso corporal de extrato hidroalcóolico de açaí durante 30 dias. Após o tratamento realizaram análise da área de lesão e de fatores de crescimento, e observaram uma redução (atrofia e regressão) do tamanho da lesão, além de uma redução da expressão dos fatores de crescimento envolvidos na evolução da doença! Resultados que sugerem que o tratamento com açaí foi eficiente na estabilização de lesões do endométrio, tornando-o um potencial auxiliar no tratamento dessa doença. Vale destacar que o estudo ainda é em animais e que estudos em humanos precisam ser realizados para confirmar esse efeito do açaí, bem como a dose necessária em humanos. Uma dica prática para você que deseja introduzir o açaí na dieta é optar pelo açaí sem adição de xarope de guaraná!