Ácido fólico e inflamação

A inflamação é um componente essencial para uma resposta imune adequada e a manutenção da homeostase no corpo. Por outro lado, a inflamação crônica desempenha um papel fundamental no início e progressão de várias doenças crônicas, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares, doenças neurodegenerativas, artrite reumatoide e câncer. Por isso, controlar a inflamação é importante. Além da alimentação (que é essencial para esse controle da inflamação), alguns micronutrientes podem nos ajudar. E olhem que interessante, a vitamina B9 (também chamada de ácido fólico), pode ser um desses micronutrientes. E essa meta-análise de 2021 investigou se a suplementação de ácido fólico pode ajudar a diminuir marcadores inflamatórios. Após analisar 12 estudos, os autores observaram que a suplementação de ácido fólico pode ajudar a diminuir os níveis da proteína C-reativa (PCR), que é um dos marcadores de inflamação. Por outros lado, não se observou efeito do ácido fólico nos níveis de interleucina-6 e nem de TNF-alfa. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

B9 e glicemia

Ter um bom controle glicêmico é muito importante para a saúde. Em especial para pacientes com diabetes. E é claro que a alimentação é o que mais impacta nesse controle da glicose sanguínea. Porém, alguns suplementos também podem auxiliar. E um deles é o ácido fólico (ou vitamina B9). Nessa meta-análise publicada em 2021 os autores investigaram os efeitos da suplementação com ácido fólico em parâmetros de controle glicêmico. Após análises estatísticas com dados de 24 estudos, foi observado que a suplementação com ácido fólico diminuiu insulina me jejum, glicemia em jejum e HOMA-IR. Ou seja, melhorou parâmetros envolvidos no controle glicêmico. Porém, o ácido fólico não deu resultado nos níveis de hemoglobina glicada. Ou seja, ele não vai fazer milagre sozinho. É muito importante associar outras condutas. Os valores de ácido fólico variam muito entre os estudos, desde valores mais baixos (que nutricionista pode prescrever) até valores muito altos. Porém, análise do próprio estudo mostrou que o efeito do ácido fólico não tem relação linear com a dose. Ou seja, nem sempre quanto maior a quantidade, melhor. Vale lembrar que suplementar sem recomendação de um profissional da área da saúde não é a melhor opção. Por isso, procure um nutricionista para avaliar seu caso.

Complexo B e enxaqueca

A enxaqueca é uma doença neurovascular complexa e é uma consequência de uma interação entre fatores genéticos, epigenéticos e ambientais. Um dos genes mais estudados para a enxaqueca é o gene que codifica a enzima MTHFR, envolvida no metabolismo do ácido fólico e da homocisteína. Após fazer uma revisão sobre o assunto, os autores desse artigo de 2019 colocam que é interessante avaliar a presença o polimorfismo na MTHFR (C677T), bem como os níveis de homocisteína em paciente com enxaqueca, em especial enxaqueca com aura. Nesses casos, o uso de vitaminas do complexo B, em especial ácido fólico, B12 e B6 poderia ser interessante. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Nutrição e acne

Um dos tratamentos usados em casos graves de acne é a isotretinoina (roacutan). Porém, seu uso está associado com alguns efeitos colaterais. Incluindo deficiências nutricionais. Esse estudo avaliando o efeito desse medicamento em 60 pessoas com acne demonstrou que após 4 meses de uso de isotretinoina, os indivíduos tinham níveis menores de vitamina B12, ácido fólico e um nível aumentado de homocisteína (associado com risco de doença cardiovascular). Ou seja, um acompanhamento nutricional em pacientes que estão usando isotretinoina é essencial! Procure seu nutricionista!