Você sabia que o açúcar pode piorar a sua função cognitiva?

26 - açucar e a função cognitiva

Ter uma boa função cognitiva é importante em todas as faixas etárias (da criança ao idoso).  E isso depende de inúmeros fatores, incluindo a alimentação. Em relação a alimentação, temos alimentos que melhoram a cognição, e alimentos que pioram a cognição.

Hoje compartilho com vocês uma revisão sistemática e meta-análise publicada agora esse ano que discute sobre o impacto negativo do açúcar de adição na cognição.
E isso em todas as faixas etárias: crianças, adolescentes, adultos, idosos e inclusive nas gestantes.

Já temos estudos mostrando que os filhos de grávidas que consomem mais açúcar têm piora na cognição quando comparado com aquelas que ingerem menos açúcar.

(Referência: Gillespie, K.M.; et al. Nutrients., 16(01):75, 2024. Doi: 10.3390/
nu16010075)

TDAH e o consumo de alimentos processados com açúcar

Luana Manosso (8)

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos do neurodesenvolvimento mais comuns na infância. É caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade inapropriadas para a idade.

Embora o TDAH seja multifatorial, alguns estudos têm analisado o impacto da alimentação.  Hoje trago uma referência de um artigo publicado dia 2 de março, realizado com crianças de 6-13 anos com TDAH.

Nesse estudos, os autores observaram que um aumento no consumo de alimentos processados com açúcar foi associado a mais risco de TDAH. Vale ressaltar que foi um estudo de associação e não de causalidade.  Porém, fica o alerta sobre a importância de diminuir o consumo de açúcar na alimentação das crianças.

Referência: Yan, W.; et al. Nutrients., 15(5):1254, 2023. Doi: 10.3390/nu15051254

Alimentos e depressão

A aderência à uma dieta saudável é muito importante quando pensamos em saúde mental e emocional. Ter um padrão alimentar ruim pode aumentar o risco de sintomas depressivos. De modo interessante, esse estudo realizado com mais de 3 mil pessoas avaliou o impacto de alimentos específicos em sintomas depressivos de pessoas com depressão ou depressão subclínica. Após análises, foi observado que consumir +1 porção de carne vermelha/dia, +1 bebida açucarada ou refrigerante/dia, não consumir 3 porções de oleaginosas/semana e não consumir 2 porções de vegetais cozidos no azeite de oliva/semana são preditores para ter mais sintomas depressivos. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Alimentação em crianças e adolescentes

Uma alimentação adequada em crianças e adolescentes é de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento e para a prevenção de doenças. Um problema que está cada vez mais comum é uma inflamação de baixo grau, que pode aumentar o risco dessas crianças e adolescentes desenvolverem várias doenças, incluindo doenças neuropsiquiátricas. Nessa revisão sistemática publicada agora em 2021, os autores avaliaram 53 estudos relacionando o papel da alimentação com marcadores inflamatórios em crianças e adolescentes. Após analisar esses artigos, os autores colocam que uma alimentação saudável, como a dieta do mediterrâneo, ou um outro tipo de alimentação mas que seja baseada em frutas, verduras e adequada em nutrientes como fibra, vitamina C e E são associadas a uma diminuição de marcadores inflamatórios, como PCR, IL-6 e TNF-α. Por outro lado, uma dieta estilo ocidental, rica em açúcares, gordura saturada e alimentos ultraprocessados está associada a um aumento de marcadores inflamatórios. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Pele e alimentação

O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo, que sofre influência de fatores internos e externos. Enquanto alguns hábitos alimentares contribuem para melhorar a saúde da pele, outros podem estimular o envelhecimento. E é sobre isso que essa revisão aborda. Os autores colocam que para melhorar a pele, é importante ajustar a quantidade de água ingerida, bem como a quantidade de proteínas. Dos micronutrientes, os autores citam, em especial, zinco, cobre, ferro, selênio, vitaminas A, B, C, D e E. Além disso, o artigo aborda a importância de consumir alimentos risco em polifenóis, ômega-3 e tomar cuidado com o excesso de gordura, açúcar, álcool e cigarro. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Alimentos e TPM

Várias mulheres possuem sintomas de TPM próximo ao período menstrual. Esses sintomas podem ser físicos, comportamentais ou psicológicos. Embora esses sintomas estejam associados com alterações hormonais nesse período do ciclo menstrual, a alimentação pode influenciar em ter mais ou menos sintomas. Nesse estudo publicado em 2019 com 300 estudantes de 18-24 anos, os autores associaram alguns hábitos alimentares com a presença de sintomas de TPM. Após análises, foi observado que uma maior ingestão de colorias e maior ingestão de alimentos gordurosos, com açúcar ou com sal estava associada a mais sintomas de TPM. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista.

SII e alimentação

A síndrome do intestino irritável (SII) pode estar associada à várias questões fisiopatológicas, incluindo alteração da microbiota intestinal, inflamação de baixo grau e intolerância a alguns alimentos. Dieta com baixo FODMAP é uma das opções para tratar a SII. Diminuir glúten e leite também parece trazer benefícios. Mas nem todos os pacientes respondem igual a estratégias nutricionais. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram a associação entre a ingestão de alguns alimentos e a presença de sintomas da SII. Após análises, os autores observaram que as mulheres com SII que tinham hábitos alimentares irregulares tinham mais sintomas de SII do que as mulheres com hábitos alimentares regulares. Além disso, foi observado que quando as mulheres ingeriam menos cereais, açúcares e refrigerantes elas tinham menos sintomas do que as mulheres que ingeriam mais desses alimentos. Mas lembre-se, individualidade é muito importante. Por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Índice glicêmico e diabetes

Diabetes é uma doença que cuja incidência cresce a cada ano. Que pacientes com diabetes tem que tomar cuidado com a quantidade de carboidrato, em especial açúcares, doces, biscoitos… isso todo mundo já sabe. Mas será que o consumo de alimentos com alto índice glicêmico e alta carga glicêmica em pacientes saudáveis pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2? E para tentar elucidar isso, essa meta-análise avaliou vários estudos para tentar chegar a uma resposta. Após análises, foi observado que sim, uma dieta com alto índice glicêmico e/ou alta carga glicêmica foi associado a mais risco de desenvolver diabetes tipo 2. Para melhorar sua alimentação, procure um Nutricionista! Ele é o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação.

 

Alimentação e ansiedade

Ansiedade é um problema bem comum entre a população. E vários fatores de estilo de vida podem influenciar no risco de ter ansiedade. Com um destaque especial para a alimentação. Nesse estudo realizado com adultos acima de 50 anos foi o investigado o papel da alimentação no risco de ter ansiedade. Após análises, foi evidenciado que o consumo aumentado de gordura saturada e de açúcar de adição aumentava o risco de ansiedade na população estudada. Na prática, cada paciente deve ser avaliado individualmente. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta e esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória autoimune incurável que leva à desmielinização no sistema nervoso central. Essa doença afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. A maior parte das pessoas começarão com uma esclerose múltipla do tipo remitente-recorrente, onde as recaídas ou exacerbações são seguidas por perí­odos de recuperação. Em alguns casos, a doença segue um curso progressivo desde o início, sem momentos de recuperação. Como não tem cura, o tratamento farmacológico é baseado em sintomas e costuma ter vários efeitos colaterais. E ai entra a Nutrição. Algumas estratégias alimentares parecem melhorar a qualidade de vida desses pacientes, na tentativa de não evoluir a doença tão rápido. Embora ainda sejam necessários mais estudos, essa revisão de 2019 aborda os principais alimentos que devem ser evitados e aqueles que devem ser incluídos na alimentação. Após revisar 32 estudos, os autores colocam que os principais alimentos que devem ser diminuídos da dieta são: alimentos com gordura saturada, açúcar, leite e glúten. Por outro lado, deve-se aumentar o consumo de frutas, verduras, alimentos ricos em fibras, ômega-3 e vitamina D. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure um para orientá-lo melhor e analisar seu caso individualmente.