A resistência à insulina (RI) é caracterizada pelo prejuízo da responsividade da insulina em alguns tecidos. Essa perda de função da insulina acaba aumentando a glicemia e gerando inflamação e estresse oxidativo. E, por isso, pode predispor à outros problemas, incluindo diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. Vários fatores podem contribuir para a RI, incluindo obesidade, alteração no metabolismo lipídico, disbiose, inflamação crônica, falta de exercício físico, etc. Por outro lado, algumas questões alimentares parecem ajudar a diminuir a RI. Entre elas, os polifenóis estão sendo estudados. Nessa revisão agora de 2020, os autores abordam os principais polifenóis que estão mostrando resultados benéficos na diminuição da RI. Primeiramente os autores comentam de estudos que mostram que o aumento de flavonoides gerais na dieta e ter uma alimentação mais saudável, com mais frutas, verduras, grão integrais, e, por consequência, com mais polifenóis, diminui o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Pensando em polifenóis específicos (consumidos via alimento), os autores colocam estudos trazendo benefício dos seguintes polifenóis: epicatequinas (presentes no cacau), EGCG (chá verde), antocianinas (frutas vermelha / roxas), compostos fenólicos (café e azeite de oliva), estilbenos/resveratrol (uva, mirtilo) e polifenóis das oleaginosas. Porém, ainda existem resultados controversos. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.
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Alimentação e olhos
O envelhecimento é um fator de risco para doenças de perda de visão. As 4 principais doenças oculares relacionadas à idade são: degeneração macular relacionada à idade, cataratas, retinopatia diabética e glaucoma. No final de agosto eu postei um artigo que falava do papel da luteína na visão. Mas ter um padrão alimentar saudável também é muito importante. E foi sobre isso que essa revisão abordou. De forma bem resumida, dieta do mediterrâneo e dieta saudável diminui doenças oculares em idosos. Por outro lado, dieta ocidental e dieta com alto índice glicêmico aumenta o risco dessas doenças. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!
Kiwi ou vitamina C?
Kiwi é uma fruta rica em vitamina C, porém, além de vitamina C, essa fruta possui outros nutrientes e fitoquímicos. De como interessante, esse estudo resolveu comparar o consumo de 2 kiwis por dia com suplementação de vitamina C (na mesma quantidade presente no kiwi) em adultos com níveis mais baixos de vitamina C no plasma. E observem como a alimentação é importante: pacientes que ingeriram a fruta melhoraram o humor e o bem-estar, ao passo que quem tomou apenas a vitamina C suplementada não obteve esse resultado. Ou seja, a alimentação foi mais benéfica do que o suplemento. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!
Fibra e depressão
A ingestão adequada de fibra dietética tem impacto na comunicação intestino-cérebro e acaba impactando na saúde mental. Nesse estudo realizado com quase 3000 mil adultos foi investigado a ingestão de fibra de vários tipos de alimentos e visto a relação com depressão. Após análises, foi visto que uma maior ingestão de fibras vindas de cogumelos e algas marinhas foi inversamente associada a mais sintomas depressivos, ou seja, quanto maior a ingestão, menos sintomas depressivos as pessoas tinham. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Dieta e menarca
A menarca (primeira menstruação) precoce (antes dos 12 – 12,8 anos, dependendo da etnia) pode estar associada a um risco aumentado de algumas doenças, incluindo alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares. Mas você sabia que várias questões ambientais podem aumentar o risco dessa menarca precoce? E uma dessas questões ambientais é a alimentação e a quantidade de alguns macronutrientes. De forma bem interessante, essa meta-análise publicada agora de 2020 observou que alguns macronutrientes aumentam o risco e outros diminuem o risco de menarca precoce. Após análises, foi observado que uma dieta com aumento de calorias, aumento de ingestão proteica (em especial proteína animal) e aumento de PUFAs (ácidos graxos poli-insaturados, que incluem a família do w6 e w3) aumentam o risco de menarca precoce. Por outro lado, aumento de fibras e de MUFAs (ácidos graxos monoinsaturado, que incluem a gordura do azeite de oliva, abacate, etc) diminuem o risco de menarca precoce. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!
Leite e Parkinson
A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente. Alguns estudos têm avaliado a associação da alimentação com o risco ou prevenção do Parkinson. Nesse estudo, foi avaliado dados de mais de 81 mil adultos “acompanhados” por quase 15 anos, e foi investigado o papel do leite no risco de desenvolver a doença de Parkinson. Após análises, foi observado que as pessoas que consumiam mais leite (> 40 mL/dia) tiveram mais risco de desenvolver essa doença neurodegenerativa. Porém, essa associação foi fraca e não foi observado uma dose-resposta (ou seja, acima de 40 mL não se observa diferença entre doses de consumo). Além disso, os autores demonstraram que o leite fermentado não foi associado com aumento no risco. Ou seja, nem todo leite é igual. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele vai avaliar o seu caso e saber se existe a necessidade de retirar ou não o leite da sua dieta.
Flavonoides e emagrecimento
Nem só de “contar calorias” vive o emagrecimento. A qualidade da dieta também tem um impacto muito importante quando pensamos em diminuir a obesidade. Nessa revisão de 2020 os autores destacam o papel dos flavonoides (encontrados em frutas, verduras, especiarias, chocolate amargo, etc) no tratamento da obesidade. De modo muito interessante, temos vários motivos pelos quais esses flavonoides ajudam na obesidade. Os motivos de maior destaque são: age no intestino (reduz inflamação, melhora microbiota, melhora permeabilidade intestinal); age no cérebro (diminuindo inflamação e controlando o comportamento alimentar); age no fígado (melhorando a sinalização da insulina, reduzindo inflamação e estresse oxidativo); e age no tecido adiposo (controlando a inflamação e podendo influenciar no estoque de lipídio e metabolismo dessas células). Não sabe como ter uma dieta rica em flavonoides? Procure um bom Nutricionista.
Vitamina K e glicemia
Ajuste alimentar é essencial para melhorar o controle glicêmico e diminuir o risco de ter diabetes ou resistência à insulina. Além disso, vários nutrientes podem ser interessantes. O que pouca gente não sabe é que a vitamina K pode ser um desses nutrientes que auxiliam no controle glicêmico. Nessa revisão agora de 2020, os autores mostram vários dados que corroboram com a ideia de que a vitamina K possa ajudar a diminuir o risco de diabetes e melhorar a resistência à insulina. Dos possíveis mecanismos de ação, os autores comentam sobre o papel da vitamina K em prevenir inflamação, o papel na vitamina K na modulação de proteínas que dependem dessa vitamina e um possível efeito insulinotrópico. Porém, ainda são necessários mais estudos. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Curcumina e intestino
A curcumina é o principal curcuminoide presente no rizoma da Curcuma longa, conhecido como açafrão da terra. Vários estudos têm demonstrado que a curcumina pode trazer benefícios a saúde, incluindo reduzir depressão, ansiedade, prevenir doenças neurodegenerativas, diabetes, entre outras. Por outro lado, a curcumina possui baixa biodisponibilidade no intestino, o que de certa forma, poderia nos deixar intrigados da quantidade de efeitos que ela causa no corpo. Porém, o que muitos autores estão sugerindo, é que parte dos efeitos sistêmicos da curcumina pode ser por conta das suas ações no intestino. No intestino, a curcumina possui 3 funções de maior destaque: ela modula a microbiota intestinal, melhora a barreia do intestino e diminui citocinas inflamatórias. Essas três funções, por diversos mecanismos, poderiam influenciar em vários órgãos do nosso corpo, justificando parte das ações na curcumina. OBS: embora a curcumina tenha baixa biodisponibilidade, ela pode sim ser absorvida e também agir de forma direta em outros órgãos do nosso corpo. Procure seu nutricionista para orientá-lo melhor.
Fibromialgia e nutrição
A fibromialgia é uma síndrome multifatorial de etiologia desconhecida, caracterizada por dor crônica generalizada e várias manifestações somáticas e psicológicas. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar combinando estratégias farmacológicas e não farmacológicas. Das estratégias não farmacológicas, evidências recentes sugerem um benefício da nutrição. Embora ainda não podemos afirmar 100% alguma coisa, das principais estratégias suplementares que poderiam trazer benefício para a fibromialgia, os autores colocam a vitamina D, o magnésio, o ferro e o uso dos probióticos. Pensando em alimentação, incluir o azeite de oliva, ter uma dieta vegetariana ou seguir um estilo de dieta mediterrânea ou uma dieta baixo em FODMAP parecem aliviar os sintomas de fibromialgia. Além disso, também temos alguns estudos com dieta sem glúten, dieta sem aspartame e dieta sem glutamato monossódico. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!