Nutrientes e osso

Pacientes com doenças inflamatórias intestinais tem risco aumentado de vários problemas, incluindo mais risco de desenvolver osteoporose. Nessa revisão desse ano, os autores abordam os principais nutrientes que precisamos pensar para tentar prevenir osteoporose nesses pacientes com doenças inflamatórias intestinais. Segundo os autores, os principais nutrientes são: cálcio, vitaminas D, A, K, C, B12, B9, fósforo, magnésio, zinco, cobre, selênio e sódio (que não pode estar nem muito alto e nem muito baixo). Além disso, os autores colocam a importância de ajustar a dieta na quantidade de macronutrientes (carboidrato, proteína e gordura) e de ofertar uma alimentação rica em polifenóis. No entendo, não significa que esses são os únicos pontos que devem ser pensados. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Azeite de oliva e pressão

Em março eu postei um artigo falando dos benefícios do azeite de oliva para o colesterol. Mas os efeitos desse alimento pensando em saúde cardiovascular vai muito além. Nesse artigo agora de 2020, os autores mostram vários estudos epidemiológicos e estudos clínicos que demonstram que o consumo de azeite de oliva pode estar associado com melhor controle de pressão arterial. Pensando em mecanismos de ação, o que a literatura vem propondo é que o consumo de azeite de oliva ajuda a diminuir inflamação estresse oxidativo, angiotensina II e ajuda a aumentar a enzima eNOS, aumentando a produção de óxido nítrico. Mas vale destacar que a escolha de um bom azeite de oliva é super importante. Além disso, outras questões alimentares estão associadas com o controle de pressão arterial. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Sono e alimentação

Mês passado eu postei um artigo falando que alimentos industrializados poderiam piorar a qualidade do sono. Então qual seria o padrão alimentar para melhorar a qualidade do sono? E será que o peso da pessoa pode influenciar nessa qualidade do sono? Nesse estudo feito com pessoas de meia-idade (aproximadamente 50 anos), foi observado que as pessoas que dormiam melhor tinham uma maior aderência a dieta do mediterrâneo. Além disso, foi observado uma correlação entre a qualidade do sono e o IMC e a circunferência da cintura: quanto maior o IMC e maior a circunferência da cintura, pior era a qualidade do sono. Ou seja, a alimentação e o peso podem sim influenciar na qualidade do sono. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Cafeína e Parkinson

Em maio eu fiz um post falando que o café com cafeína podia ajudar na cognição, você lembra? Recentemente saiu essa meta-análise mostrando associação do consumo de cafeína com a doença de Parkinson. Após analisar vários artigos e fazerem meta-análise, os autores dessa publicação demonstraram que o consumo de cafeína pode ajudar a diminuir o risco de doença de Parkinson e que também parece diminuir a progressão dessa doença neurodegenerativa. Porém, vale lembrar que excesso de cafeína pode trazer alguns problemas para algumas pessoas. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Colina e neurodesenvolvimento

Ter uma nutrição adequada nos primeiros 1000 dias de vida (gestação até os 2 anos) é essencial para a vida do indivíduo. Uma das influências dessa nutrição nos primeiros 1000 dias é para o desenvolvimento cerebral, podendo influenciar, inclusive, no funcionamento cerebral ao longo da vida. E um dos nutrientes que tem recebido bastante atenção é a colina, encontrada em maior quantidade na gema do ovo. Nessa revisão agora desse ano, os autores abordam os principais benefícios de uma dieta rica em colina (durante os primeiros 1000 dias) para o desenvolvimento cerebral, que são: (1) ajuda no desenvolvimento normal do cérebro; (2) protege o cérebro controla insultos durante a gestão, em especial contra a exposição de álcool; (3) melhora o funcionamento neural e cognitivo. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Comer devagar

Comer devagar e mastigar bem os alimentos são de extrema importância. Mas você sabe os benefícios fisiológicos desse hábito? Sabe o que temos de comprovação científica? Esse estudo de revisão publicado esse ano aborda justamente isso. Já temos evidências de que comer devagar aumenta a quantidade de PYY e GLP-1 no trato gastrointestinal. O PYY vai ir até o cérebro e vai diminuir a fome e aumentar a saciedade. O GLP-1, além de agir também no cérebro e contribuir para o controle da fome-saciedade, ele também influencia na liberação de insulina e diminuição na liberação de glucagon, auxiliando no controle glicêmico. Ou seja, comer devagar contribui para comermos menos, controlarmos nossa glicemia e isso ajuda, dentre outros pontos, a controlar o peso. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

Enxaqueca e intestino

Para finalizar o mês falando de cérebro, hoje trouxe um artigo de enxaqueca. Essa revisão mostra a relação da enxaqueca com o intestino. Os autores abordam vários mecanismos pelos quais o intestino inadequado poderia influenciar na enxaqueca, incluindo: aumento de inflamação, alteração de neurotransmissores e neuropeptídios, alteração de cortisol, alteração na “mensagem” passada via nervo vago, etc. Além disso, os autores discutem sobre opções de tratamento pensando nessa comunicação entre intestino e cérebro. Eles colocam, por exemplo, melhorar a função do intestino dando alimentos com mais fibras e com ômega-3, suplementando probióticos e vitamina D e também comentam sobre a possibilidade de uma dieta sem glúten. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Industrializados e neurodegeneração

Terça-feira falei que as nozes podem ajudar a diminuir risco de doenças neurodegenerativas. Por outro lado, outros alimentos podem aumentar o risco dessas doenças neurológicas. Dentre esses alimentos, os que tem maior destaque são os alimentos industrializados, principalmente os ultraprocessados. Os autores dessa revisão abordam que o alto consumo desse tipo de alimento pode aumentar disbiose intestinal, que por sua vez, vai geral inflamação e estresse oxidativo. Esses três fatores conseguem influenciar no cérebro, gerando inflamação e estresse oxidativo nesse órgão, que pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. Por isso, ter um padrão alimentar saudável, consumindo muitas frutas e verduras é essencial. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Nozes e neuroproteção

Continuando nosso mês sobre cérebro, hoje vamos falar de neuroproteção.  Já fiz alguns postes sobre o papel de uma boa alimentação para prevenir doenças neurodegenerativas (ex: Alzheimer, Parkinson). Um dos alimentos que podemos adicionar na nossa alimentação são as nozes ou outras oleaginosas. Elas podem trazer alguns benefícios pensando em cérebro. E foi o que essa revisão agora de 2020 abordou. Embora ainda faltem estudos em humanos, diversas evidências nos sugerem que as nozes podem ajudar a diminuir a inflamação e o estresse oxidativo no cérebro, além de diminuir o acúmulo de placa beta-amiloide. Esses efeitos, por sua vez, ajudariam a diminuir o risco de doenças neurodegenerativas, em especial, doença de Alzheimer. Vale destacar que já temos estudo Brasileiro mostrando que a ingestão que 1 castanha do Brasil (um outro tipo de oleaginosa) por dia pode trazer benefícios pensando em cognição. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Sono e alimentação

Ter uma boa qualidade do sono é essencial para a saúde. Essa boa qualidade do sono inclui, por exemplo: levar pouco tempo para iniciar o sono, acordar poucas vezes (ou não acordar) durante a noite e dormir de 7-9 horas. Ter uma boa “higiene do sono” é muito importante. Mas algumas questões nutricionais também podem influenciar. Nessa revisão publicada esse ano, os autores discutem sobre questões alimentares e melhora de sono. E o que os autores colocam como mais relevante para ter uma boa qualidade do sono é: ter carboidrato na dieta, consumir alimentos ricos em triptofano (ex.: leguminosas, oleaginosas, arroz, banana, aveia), e consumir alguns alimentos ricos de fitoquímicos e fitomelatonina. Nesse último ponto, o que temos mais de estudos são com a cereja. Mas existem vários outros alimentos interessantes. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!