A nefrolitíase, também conhecida como cálculo renal ou pedra nos rins é uma condição bem comum na população. O tipo de “pedra” mais comum é de oxalato de cálcio. Esse problema é influenciado por múltiplos fatores ambientais, incluindo a alimentação. E é justamente sobre isso que essa revisão aborda. Como principais estratégias para diminuir o risco de cálculo renal, os autores colocam: diminuir consumo de carnes vermelhas, de alimentos ricos em cálcio (em especial leite e derivados) e de alimentos ricos em sódio (em especial os industrializados). Por outro lado, é importante aumentar o consumo de água, frutas e verduras. Além disso, os autores colocam que uma dieta vegetariana é o tipo de alimentação que mais está associada com menor risco de cálculo renal. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.
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Whey e saciedade
O controle da fome e saciedade é algo bem estudado e discutido. Inúmeros fatores podem influenciar nisso. Dos macronutrientes, temos um destaque especial para as proteínas. E dentre elas, alguns estudos investigam o papel do whey protein. Nesse estudo, publicado agora em 2020, os autores compararam o efeito do whey protein isolado e da maltodextrina (carboidrato) no efeito da fome e saciedade de 8 pacientes obesos. Os pacientes receberam a mesma quantidade calórica vinda que whey protein ou maltodextrina e avaliaram fome e saciedade 1h e 2h após ingestão. Uma hora após ingestão, o consumo de whey protein aumentou mais a saciedade e diminuiu mais a fome. Porém, 2h após, o resultado no controle de fome e saciedade foi similar para as duas estratégias. Entretanto, o consumo de whey protein também conseguiu aumentar os níveis de GLP-1 (peptídeo que ajuda a dar saciedade), enquanto que a maltodextrina não teve esse efeito. Vale destacar que o número de pessoas que realizou o estudo foi pequeno. Por isso, não saia usando suplemento sem orientação de um profissional. Procure seu nutricionista primeiro.
Alimentação e câncer de mama
O papel da alimentação na prevenção de câncer de mama não é novidade. No guideline de alimentação para câncer de mama se fala, em especial, de aumento na ingestão de grãos integrais, frutas, verduras, leguminosas e diminuição de industrializados, carnes vermelhas, açúcares, grãos refinados, gordura e bebida alcoólica. De modo bem interessante, essa meta-análise demonstrou que 25% de casos de câncer de mama que ocorrem por uma baixa-moderada adesão à essas recomendações alimentares. Por outro lado, uma alta adesão diminui o risco desse tipo de câncer. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!
Sono e alimentos ultraprocessados
Ter uma boa noite de sono é essencial para a saúde. Mas isso pode sofrer influência de diversas questões, incluindo questões nutricionais. Nesse estudo realizado aqui no Brasil, por pesquisadores de São Luís (Maranhão), foi avaliado a qualidade do sono de quase 2500 adolescentes e demonstrado associações entre hábitos alimentares e qualidade do sono. Primeiro, foi observado que 57,1% dos adolescentes tinham uma baixa qualidade do sono. Segundo, após análises estatísticas, foi visto que os adolescentes que consumiam mais alimentos ultraprocessados, tinham um risco maior de ter uma baixa qualidade do sono. Por outro lado, aqueles que consumiam mais alimentos frescos ou minimamente processados, tinham um menor risco de ter alteração no sono. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!
Fadiga em idoso
É muito comum idosos sentirem fadiga / cansaço. E isso pode ser ocasionado por diversas questões, incluindo deficiências nutricionais. E essa revisão fala justamente disso, de nutrientes importantes para ajudar na melhora da fadiga. Os autores colocam sobre a importância de ajustar na alimentação a quantidade de proteína e de ácidos graxos essenciais. Além disso, deficiências de algumas vitaminas, minerais e eletrólitos poderiam piorar a fadiga, por isso, é importante avaliar, em especial, vitamina C e as vitaminas do complexo B, sódio, magnésio e zinco. Por fim, os autores também colocam que carnitina, triptofano e coenzima Q10 também poderiam ser interessantes. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! A conduta sempre deve ser feita de forma individualizada.
Ômega-6, ômega-3 e depressão
Que o ômega-3 é importante para ajudar na depressão não temos mais dúvida. Vários estudos e meta-análises mostram a importância desse ácido graxo nos transtornos de humor. Mas, de modo bem interessante, esse artigo de 2020 conseguiu estipular a quantidade mais efetiva de ômega-3, ômega-6 e a relação entre w6:w3 pensando em depressão. Em relação ao ômega-3, foi observado que a ingestão que mais diminui risco de depressão é na quantidade de 1,1 mg/Kcal/dia. Porém, acima de 1,8 mg/Kcal/dia, não se observa mais benefício. Em relação ao ômega-6, o menor risco de depressão observa-se com a ingestão de 8,8 mg/Kcal/dia. E acima de 11,9 mg/Kcal/dia não se observa mais benefício. Por fim, os autores também observaram que quanto mais a relação entre ômega-6 e ômega-3 (w6:w3), maior o risco de depressão. Ou seja, precisamos ajustar na dieta a quantidade isolada de ômega-3 e ômega-6 e, ter uma relação adequada entre esses dois ácidos graxos poli-insaturados. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Enxaqueca e emagrecimento
As dores de cabeça estão associadas com várias questões fisiopatológicas. Duas delas bem importantes são a inflamação e estresse oxidativo. Uma situação que aumenta inflamação e estresse oxidativo é a obesidade. Estudos já comprovam que pacientes obesos podem ter uma piora das dores de cabeça. Mas será que emagrecer melhora a dor de cabeça? E foi isso que essa meta-análise publicada em 2020 avaliou. Após avaliar 10 estudos, foi demonstrado que o emagrecimento (tanto por estratégias cirúrgicas ou não cirúrgicas) está associado com melhora das dores de cabeça. Emagrecer diminui a frequência, a severidade da dor, e a duração da dor de cabeça. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação e ajuda-lo a emagrecer é o Nutricionista!
Mel e DCV
Recentes estudos têm indicado um papel benéfico do mel para a saúde humana. O mel tem mais de 180 compostos. Porém, a composição química do mel é influenciada por sua origem botânica, modo de processamento, estações do ano e condições ambientais. A maior parte dos benefícios do mel é atribuída a seus constituintes polifenólicos e flavonoides. Nessa revisão de 2020, o autor aborda o papel do mel e seus componentes nas doenças cardiovasculares. In vitro e em animais, já existem vários estudos mostrando efeitos antioxidantes, antitrombóticos, antiplaquetários e antidislipidêmicos do mel. Além disso, temos vários estudos com os fitoquímicos que estão presentes no mel. Porém, os estudos em humanos ainda são limitados. A conclusão do autor é que o mel possui compostos fenólicos que podem ajudar na proteção contra doenças cardiovasculares, mas mais estudos em humanos ainda são necessários. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Óleo de coco, EGCG e esclerose múltipla
A esclerose múltipla é uma doença autoimune, de caráter inflamatório, que deteriora a bainha de mielina dos neurônios. Devido à inflamação, também se aumenta o risco de outros problemas, como ansiedade, fadiga e incapacidade funcional. Por outro lado, algumas estratégias nutricionais podem ajudar a combater a inflamação e esses outros sintomas. Nesse estudo recém publicado, foi avaliado o impacto da associação de 60 mL óleo de coco com 800 mg EGCG (fitoquímico presente no chá verde) na inflamação, ansiedade e incapacidade funcional de pacientes com esclerose múltipla. O óleo de coco extravirgem foi administrado 2 vezes ao dia (30 mL no café da manhã e 30 mL no almoço). Já o EGCG foi administrado 400 mg de manhã e 400 mg de tarde, por um período de 4 meses. Um outro grupo recebeu placebo. Todos foram orientados a seguir uma dieta isocalórica, com 5 refeições ao dia, baseada na dieta do mediterrâneo. Após análises, o grupo que recebeu óleo de coco e EGCG melhorou os sintomas de ansiedade e a incapacidade funcional. Ambos os grupos diminuíram os níveis de IL-6 (marcador inflamatório). Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Mindful eating
Mindful eating ou comer consciente consiste em trazer consciência para tudo o que envolve o comer (quando, porque, onde, etc). Além de estimular a atenção plena na hora de comer, o Mindful eating acaba também estimulando mudanças no comportamento alimentar. E isso pode influenciar em outras questões importantes, como compulsão alimentar e alteração de humor. E foi isso que esse artigo publicado agora em 2020 avaliou. A relação do Mindful eating com compulsão alimentar e alteração de humor em estudantes universitários. Após análises, foi observado que o comer consciente foi inversamente associado com compulsão alimentar e com alteração de humor. Ou seja, quem comia com atenção plena, tinha menos compulsão alimentar e menos alteração de humor. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!