Cognição e peso

Alteração no peso corporal pode estar associada com várias doenças ao longo da vida. Tanto situação de obesidade quanto situação de desnutrição podem trazer consequências severas. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram 1394 idosos com mais de 70 anos por 5 anos. E correlacionaram alterações de peso com prejuízo de memória. Após análises, foi observado que uma perda de peso ≥5% do peso corporal foi associado com mais declínio cognitivo durante os 5 anos analisados. Já os pacientes com manutenção de peso ou com ganho de ≥5% do peso corporal tiveram menor declínio cognitivo. Porém, vale lembrar que obesidade também não é interessante. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Zinco e diabetes

A diabetes é uma doença que vem crescendo no mundo todo. E diversos nutrientes parece influenciar no desenvolvimento da diabetes. Um deles é o zinco. Porém, ainda existem dados controversos. Essa meta-análise publicada em 2019 avaliou o zinco na alimentação, zinco suplementar e o zinco sérico/plasmático em pacientes com diabetes. Após análises, foi demonstrado que um aumento na ingestão do zinco na dieta está associado a um menor risco de debates. Já a suplementação com zinco não parece ter o mesmo efeito benéfico. Por outro lado, a concentração elevada de zinco sérico/plasmático foi associada a um risco aumentado de diabetes em 64%, sugerindo distúrbios na homeostase do zinco. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta ocidental e testículo

Várias evidências demonstram o papel da alimentação na fertilidade masculina. Alguns alimentos podem ajudar a melhorar a fertilidade. Enquanto outros alimentos parecem piorar a fertilidade, influenciando na qualidade ou no número dos espermatozoides e em níveis hormonais. Esse estudo publicado em 2019 avaliou o impacto de uma dieta ocidental (rica em açúcares, gordura saturada, carnes vermelhas e processadas e alimentos industrializados) na qualidade do espermograma e nos níveis de hormônios sexuais. Após análises, foi observado que uma maior aderência a uma dieta ocidental foi associado com menor concentração de espermatozoide, menor nível de DHT (hormônio produzido a partir da testosterona) e maior nível de estradiol. Ou seja, quanto mais dieta estilo ocidental, mais alterações que podem piorar a fertilidade masculina. Por isso, procure o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação: o Nutricionista!

Ovo e ingestão nutricional

Mês passado eu coloquei um artigo falando sobre os vários nutrientes que o ovo possui, você se lembra? Mas será que a ingestão de ovos realmente aumenta a ingestão de nutrientes quando comparado com quem não ingere ovo? Foi isso que esse artigo publicado agora em 2019 investigou. Ele avaliou mais de 20.000 crianças e adolescentes e correlacionou a ingestão ou não de ovos com a ingestão de vários nutrientes. Após análises, foi evidenciado que os indivíduos que consumiam ovos ingeriam mais proteína, gordura monoinsaturada, gordura poli-insaturada, ácido alfa-linolênico, DHA, colina, luteína/zeaxantina, vitamina D, potássio, fósforo e selênio. Além disso, eles ingeriam menos açúcar. Porém, eles tinham um aumento de sódio e gordura saturada. Ou seja, com alguns ajustes alimentares, o consumo de ovos pode sim trazer benefícios para os indivíduos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Carotenoides e esteatose

A esteatose hepática não alcoólica é uma doença bem prevalente entre adultos. Mudanças no estilo de vida, em especial na alimentação, pode ajudar na prevenção dessa doença. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram o efeito da ingestão dietética e dos níveis séricos de carotenoides no risco de ter ou não esteatose hepática não alcoólica. Após análises, foi observado que a ingestão dietética de todos os carotenoides, com exceção do licopeno, foi menor nas pessoas com esteatose hepática não alcoólica. Em relação aos níveis séricos, ter níveis mais alto de todos os carotenoides (α-caroteno, β-caroteno, β-criptoxantina, luteína / zeaxantina e licopeno) foi associado a uma redução significativa no risco de esteatose hepática não alcóolica. Você conhece as fontes alimentares dos carotenoides? Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Índice glicêmico e hormônios

O índice glicêmico (IG) é um conceito para classificar os alimentos ricos em carboidratos com base na resposta pós-prandial de glicose no sangue em comparação com um item alimentar de referência, geralmente glicose ou pão branco. Porém, existem poucos estudos avaliando o efeito do IG em hormônios esteroidais como a testosterona e cortisol. Nesse estudo de 2019, os autores resolveram comparar o efeito de uma dieta com alto IG e uma dieta com baixo IG nos níveis desses dois hormônios em 12 mulheres de 20-24 anos. Cada uma das mulheres ficou 3 dias com cada tipo de dieta, separadas por um período sem dieta nenhuma. Após análises, quando elas ingeriam uma dieta com alto IG, ocorria aumento nos níveis de cortisol salivar (o que sinaliza maior ativação do sistema envolvido com estresse). Já quando elas tinham uma ingestão de dieta com baixo IG, os níveis de testosterona salivar eram maiores, o que pode trazer benefícios. Mas observe que foi um estudo com apenas 12 mulheres. Assim, mais estudos são necessários para uma melhor elucidação dos resultados. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Ovos

O consumo de ovos na alimentação já gerou e gera ainda bastante polêmica. É o vilão? É o mocinho? Mas você sabe todos os nutrientes que o ovo tem? Entender os aspectos nutricionais dos ovos pode te ajudar a definir o quanto adicionar esse alimento na sua dieta. Essa revisão de 2019 aborda os principais aspectos nutricionais dos ovos.

Em relação aos macronutrientes, a clara do ovo tem aproximadamente 87,8% de água, 10,9% de proteína, 0,9% de carboidrato e 0,2% de gordura. Já a gema do ovo tem aproximadamente 55% de água, 15,5% de proteína, 1,1% de carboidrato e 26,7% de gordura. Se considerarmos 100 g de ovo, ele contem uma média de 12,5 g de proteína (100 g de gema tem em torno de 15,9 g e 100 g de clara tem em torno de 10,9 g de proteína). A quantidade de lipídeo total varia de 8,7 a 11,2 g por 100 g de ovo, sendo que a quantidade de ácidos graxos monoinsaturados é maior do que a de ácidos graxos saturados.

Além de macronutrientes, o ovo é cheio de micronutrientes, em especial na gema do ovo. A gema do ovo contém praticamente todas as vitaminas, exceto vitamina C. Vale a pena destacar a quantidade de colina, que é de cerca de 680 mg em 100 g de gema. Já a clara do ovo contém um pouco de vitaminas do complexo B, em especial B2, B3 e B5. A vitamina B3 é a única vitamina que tem mais na clara do que na gema do ovo. Em relação aos minerais e elementos traços, os ovos possuem cálcio, cobre, iodo, ferro, magnésio, manganês, fósforo, potássio, selênio, sódio e zinco. Desses, a maioria está presente na gema. A clara por sua vez, tem um pouco mais de magnésio, potássio e sódio.

Os ovos também possuem proteínas com ação antimicrobiana e imunomodulatórias. Ou seja, o ovo tem vários nutrientes importantes para a saúde. Mas lembre-se, o profissional mais habilitado para saber o quanto você deve ingerir de ovo é o nutricionista. Procure o seu.

Abacate e peso corporal

Quando pensamos em ganho de peso corporal logo nos vem a cabeça alta ingestão de alimentos calóricos e gordurosos. Porém, de acordo com o alimento que estamos falando, o impacto na saúde será diferente. O abacate tem sim bastante caloria e gordura. Porém, o tipo de gordura é diferente da gordura de um fast-food, por exemplo. Além disso, ele possui nutrientes e fitoquímicos que trazem vários benefícios à saúde. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram se o consumo de abacate influenciava o risco de ganho de peso ao longo dos anos, comparando pessoas que consumiam menos de 32 g/dia com pessoas que consumiam mais de 32 g/dia desse alimento. Após análises, foi observado que as pessoas que consumiam mais de 32 g de abacate por dia ganhavam menos peso ao longo dos anos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta e cognição

O comprometimento cognitivo está associado ao aumento do risco de mortalidade, incapacidade e demência no final da vida, além de altos custos de assistência médica. Dentre os vários fatores que podem influenciar na cognição, diversos estudos têm investigado o papel da alimentação. De forma interessante, esse estudo publicado em 2019 avaliou o efeito da alimentação no início da vida adulta (de 25 até 45 anos) na performance cognitiva na meia idade (50 e 55 anos). Após análises, foi demonstrado que seguir uma dieta estilo mediterrânea e ter uma maior ingestão de alimentos saudáveis (em especial frutas, verduras e legumes) dos 25 aos 45 anos foi associado à melhor cognição com 50 e com 55 anos de idade. E lembra-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para orientá-lo  melhor.

 

Dieta DASH e coração

A doença arterial coronariana (DAC) é o subtipo de doença cardiovascular mais prevalente, acometendo milhões de pessoas. Evidências epidemiológicas sugerem que uma dieta saudável pode auxiliar na prevenção de DAC. Dentre essas dietas, alguns estudos investigam o papel da dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension). A dieta DASH foi originalmente proposta para diminuir a pressão arterial e é caracterizada por aumento na ingestão de frutas, legumes, cereais integrais, produtos lácteos com baixo teor de gordura e nozes, e um baixo consumo de sódio, bebidas açucaradas e carne vermelha e processada. Porém, o efeito da dieta DASH na DAC ainda é discutido. Mas essa meta-análise publicada em 2019 avaliou justamente isso. De mais de 3 mil estudos, entraram nas análises 7 estudos, envolvendo mais de 370 mil pessoas. Após análises, foi observado que em comparação com quem tinha uma menor adesão, quem tinha maior adesão à dieta DASH teve diminuição no risco de DAC. E isso foi observado de forma dose-resposta linear: cada aumento de 4 pontos na escala de dieta DASH poderia reduzir o risco de DAC em 5%. Mas nunca se esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!