Alimentação e SOP

A Síndrome do ovário policístico (SOP) é uma alteração endócrina muito presente nas mulheres em idade fértil. Ela pode estar associada à várias alterações clínicas e metabólicas. Dessa forma, é importante pensar em estratégias para controlar essas alterações. E a nutrição tem um papel fundamental. Modular a alimentação e pensar em alguns suplementos alimentares podem auxiliar no controle da SOP. 👍🏻😃

✅Hoje, quero falar sobre a alimentação com vocês.

👉🏻Embora tenhamos várias estratégias alimentares que já possuem evidências científicas mostrando que podem auxiliar na SOP, duas estratégias possuem destaque (por terem mais estudos e mais comprovação):
* Dieta low carb (com <45% de carboidrato): Diminuir a quantidade total de carboidrato é uma das opções. Porém, é necessário saber o que adicionar no lugar. Gordura saturada e gordura trans não são interessantes para a SOP. Por isso, opte por aumentar proteínas e gorduras monoinsaturadas.
* Dieta com baixo índice glicêmico e baixa carga glicêmica: não é obrigatório diminuir carboidrato na SOP. Porém, se a escolha for manter valores normais de carboidrato (45-55%) é importante escolher bem os tipos de carboidratos. Pensar em diminuir o índice glicêmico e a carga glicêmica é bem importante. Por isso, evite açúcares e carboidratos refinados como pão, macarrão, biscoito, etc. ✅ Opte pelas opções integrais e com fibras.

TDAH e alergias

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é considerada uma desordem do neurodesenvolvimento e possui como características a hiperatividade, impulsividade e/ou intenção. Embora possa ter fatores genéticos envolvidos na etiologia, fatores ambientais também possuem grande importância. De modo interessante, esse estudo englobando quase 200 mil pessoas avaliou a prevalência de TDAH em crianças e adolescentes com alergia alimentar, alergia respiratória e alergia de pele. Após análise estatísticas, foi revelado que TDAH era 72% mais prevalente em pessoas com alergia alimentar, 50% mais prevalente em pessoas com alergia respiratória e 65% mais prevalente nas pessoas com alergia de pele. Vale a pena destacar que é foi um estudo de associação e não de causalidade. Mas sim, vale a pena estarmos atentos para o risco dessas comorbidades.

Dieta e câncer

A alimentação pode ser um dos fatores ambientais que pode influenciar no risco de desenvolver câncer. Mas e se a pessoa já está com câncer? A alimentação também pode influenciar no prognóstico da dieta? Será que a alimentação pode influenciar no risco da pessoa que está com câncer morrer? Essa revisão sistemática e meta-análise avaliou justamente isso. Após avaliar dados de 49 estudos, os autores concluem que a adesão à dieta mediterrânea foi associada a menor risco de mortalidade em sobreviventes de câncer colorretal e de próstata. Além disso, a meta-análise mostrou que a qualidade da dieta mais alta versus mais baixa estava associada a uma redução de 23% na mortalidade geral em sobreviventes de câncer de mama. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Frutas, vegetais e síndrome metabólica

A síndrome metabólica (SM) representa um conjunto de fatores de risco estabelecidos, caracterizados por obesidade abdominal, pressão arterial elevada, hiperglicemia e perfil lipídico sanguíneo alterado. Das inúmeras estratégias nutricionais que podem auxiliar na prevenção e tratamento da SM, esse artigo publicado agora em 2022 destacou o papel no consumo de frutas e vegetais. O artigo foi realizado com 252 idosos e foi investigado a relação entre o número de porções consumidas de frutas e vegetais ao dia e o risco de SM. Após análises estatísticas, foi evidenciado que um menor consumo de frutas e vegetais (≤ 2 porções/dia) aumentou o risco de SM. Porém, vale a pena destacar que o consumo ideal diário de frutas e vegetais é de em torno de 5 porções por dia. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Nutrição e dor crônica

A dor crônica é definida como qualquer dor persistente que dura mais de três meses. É uma condição debilitante com prevalência aumentada em idosos. A patogênese e progressão da dor crônica parece ser influenciada por uma combinação de fatores fisiológicos, psicossociais e de estilo de vida. De modo interessante, alguns desses fatores, incluindo padrões nutricionais, são passíveis de intervenções clínicas. Uma das estratégias nutricionais que pode beneficiar quem tem dor crônica é o consumo de alimentos e suplementos com ação anti-inflamatória, já que o aumento de inflamação pode piorar a dor. Neste estudo publicado agora em 2022, realizado com 318 pessoas com dor crônica e 82 pessoas sem dor, foi avaliado se os níveis de vitamina D e a razão entre ácidos graxo ômega-6 e ácidos graxos ômega-3 influenciavam nos níveis de proteína C reativa (PCR – marcador de inflamação) em pessoas com dor crônica. Após análises estatísticas, foi observado que deficiência de vitamina D (< 20 ng/mL) e relação ômega-6:ômega-3 maior do que 5 foram associados com níveis maiores de PCR, sugerindo mais inflamação. Ou seja, ajustar os níveis e vitamina D e a ingestão alimentar para propiciar uma melhor relação entre w6 e w3 pode ser interessante para quem possuiu dores crônicas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Ultraprocessados e mortalidade

Vamos aproveitar que um novo ano começou e estabelecer algumas metas pensando em melhorar a sua saúde? E que tal começar por diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados? Já fiz vários posts mostrando artigos que falam do impacto negativo do consumo de ultraprocessados para a saúde. O mais recente eu publiquei em dezembro do ano passado, mostrando que o consumo de ultraprocessados aumentava o risco de diabetes. Hoje, trago essa meta-análise publicada agora em 2022 que avaliou o consumo de ultraprocessados e o risco de morte em mais de 200 mil pessoas. Após análises estatísticas, foi demostrando que um maior consumo de alimentos ultraprocessados aumentou o risco de mortalidade por todas as causas, de mortalidade por doenças cardiovasculares e de mortalidade por doenças cardíacas. Além disso, para cada 10% de aumento calórico através do consumo de ultraprocessados foi observado um aumento de 15% no risco de mortalidade por todas as causas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta do mediterraneo e diabetes

Ter um padrão alimentar saudável é muito importante para prevenção e para o tratamento de várias doenças. A dieta do mediterrâneo, baseada em um alto consumo de frutas, verduras, grãos integrais, peixes e azeite de oliva tem demostrado ser benéfica para várias doenças, incluindo o diabetes. A maior parte dos estudos com dieta do mediterrâneo e diabetes é com a diabetes tipo 2. De modo interessante, esse estudo recém-publicado, investigou o efeito da dieta do mediterrâneo em crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 (DM1). Após analisar dados de 65 pessoas com DM1 foi observado que uma baixa aderência à dieta do mediterrâneo foi associada a um aumento no risco de obesidade. Por outro lado, uma alta aderência à dieta do mediterrâneo foi associada a um menor risco de hiperglicemia. Além disso, o hábito de realizar um café da manhã saudável foi associado a um melhor controle glicêmico e metabólico nas crianças e adolescentes com DM1. Por outro lado, um alto consumo de alimentos ultraprocessados, piorou o controle metabólico desses indivíduos. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Vitamina C e depressão

A alimentação tem muita relação com sintomas depressivos. Uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras e grãos integrais está associada com menos sintomas depressivos. Por outro lado, uma alimentação rica em açúcar, gordura trans, gordura saturada e alimentos industrializados e ultraprocessados aumentam o risco de sintomas depressivos. Nesse estudo, avaliando quase 26 mil pessoas, avaliaram a relação entre a ingestão de vitamina C na dieta e de vitamina C vinda de vegetais e sintomas depressivos. Após análises estatística foi observado que uma maior ingestão de ingestão de vitamina C na dieta e maior ingestão de vitamina C derivada de vegetais foram associadas a menos sintomas depressivos. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Ultraprocessados e diabetes

Produtos ultraprocessados são produtos cuja fabricação envolve diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial. Alguns exemplos incluem: refrigerantes, biscoitos recheados, “salgadinhos de pacote” e “macarrão instantâneo”. É comum os alimentos ultraprocessados terem um perfil de nutrientes que está associado com risco de algumas doenças, como alta quantidade calórica, alta quantidade de açúcar, gordura saturada, gordura trans, sal, etc. Além disso, é comum terem baixa quantidade de fibras, vitaminas e minerais. Nessa meta-análise publicada agora em dezembro de 2021, os autores avaliaram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o risco de diabetes mellitus tipo 2. Após avaliar 5 estudos com mais de 230 mil adultos foi evidenciado que um maior consumo de alimentos ultraprocessados aumenta o risco de diabetes mellitus tipo 2. Além disso, foi observado que a cada 10% de aumento no consumo desses alimentos, ocorria um aumento de 15% no risco de diabetes tipo 2. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

Azeite de oliva e saúde da mulher

O azeite de oliva é um alimento cujas propriedades vêm sendo estudadas desde o século VII a.C. Ele é um dos alimentos mais estimulados na “dieta do mediterrâneo”, já que cerca de 70% de todo o azeite de oliva é produzido pelos países do mediterrâneo.  O azeite de oliva é constituído predominantemente de ácido oleico (considerado um ácido graxo monoinsaturado – que deveria ser o principal ácido graxo consumido na dieta). Além disso, o azeite de oliva extravirgem possui inúmeros polifenóis, incluindo hidroxitirosol, oleuropeína. O azeite de oliva e seus polifenóis estão sendo estudados para vários benefícios à saúde. De modo interessante, esse estudo de 2021 investigou o papel desse alimento na saúde da mulher. Os autores colocam vários estudos em animais e humanos que investigam o papel do azeite de oliva e/ou de seus polifenóis no câncer de mama, câncer de ovário, osteoporose pós-menopausa e para controle de glicemia e dislipidemia nas mulheres pós-menopausa. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para avaliar a quantidade de azeite de oliva que é interessante usar para o seu caso.