Consumo de alimentos com fibras e probióticos e sua relação com a depressão

fibras, probióticos e a depressão - Luana Manosso

A relação do intestino com o cérebro é cada vez mais estudada. Sabemos que um influência no funcionamento do outro. Mas, os mecanismos pelos quais isso ocorre são descobertos diariamente.

Já temos muitos estudos, e não tenho dúvida de que novas descobertas virão. Mas, o fato atual, é que melhorar o funcionamento intestinal pode ser um dos pontos a serem pensados quando falamos de pacientes com problemas mentais e emocionais.

Indo nessa linha de pensamento, um recente estudo publicado em março desse ano, analisando dados de mais de 16 mil pessoas, evidenciou que uma maior ingestão de alimentos com fibras e com probióticos foram associados a menos sintomas depressivos.

(Referência: Lai, C.C.W.; Boag, S. J Affect Disord., 324:136-142, Mar 2023. doi: 10.1016/j.jad.2022.12.095.)

É claro que nem só de fibra e probiótico vive o intestino, é bem importante modular todo o padrão alimentar. Nada faz milagre sozinho. Por isso, procure um Nutri para te ajudar.

Alimentação e declínio cognitivo

Alimentação e declínio cognitivo - Luana Manosso

O número de pessoas com declínio cognitivo vem crescendo nos últimos anos e, a estimativa é que nos próximo 30 anos, o número triplique, chegando a cerca de 130-150 milhões de pessoas. Embora o declínio cognitivo esteja associado a várias questões ambientais e genéticas, cada vez mais estudos investiga o papel da alimentação, em especial da dieta estilo mediterrânea.

Esse estilo de dieta tende a estar associado a diminuição no risco de desenvolver declínio cognitivo (em especial doença de Alzheimer), bem como de atrasar a progressão, (caso a doença já esteja instalada).

Se você quiser ler um artigo atualizado sobre o tema, segue uma dica de leitura: Maggi, S.;et al. Exp Gerontol., 173:112110, Mar 2023. doi: 10.1016/j.exger.2023.112110.

E quando pensamos em nutrição e envelhecimento cerebral, uma das frases que mais gosto e que faz muito sentido para mim é: “O quanto antes começar a mudar os hábitos melhor. Mas nunca é tarde demais”.

Se você precisa de apoio nutricional agende uma consulta.
Presencial ou online.

3 fatos sobre alimentação e sono em adolescentes

Luana Manosso - sono em adolescentes

 

É comum adolescentes terem problemas relacionados ao sono. Em um estudo recente, realizado com adolescentes da Espanha, foi observado que 57,7% dos adolescentes que participaram da pesquisa tinham problemas de sono.

Nesse mesmo estudo, foram feitas correlações da qualidade do sono com a alimentação desses adolescentes e:
1. Adolescentes com dieta estilo mediterrânea tinham melhor qualidade do sono e menos problemas relacionados ao sono.
2. O consumo de frutas, leguminosas, peixes, iogurtes e realizar café da manhã foram associados à melhora do sono.
3. O consumo de doces e assados/pastelaria foram associados à piora do sono.

(Referência: López-Gil, J.F.; et al. Nutrients., 15(3): 665, 2023. Doi: 10.3390/nu15030665)

Alimentação e SOP

A Síndrome do ovário policístico (SOP) é uma alteração endócrina muito presente nas mulheres em idade fértil. Ela pode estar associada à várias alterações clínicas e metabólicas. Dessa forma, é importante pensar em estratégias para controlar essas alterações. E a nutrição tem um papel fundamental. Modular a alimentação e pensar em alguns suplementos alimentares podem auxiliar no controle da SOP. 👍🏻😃

✅Hoje, quero falar sobre a alimentação com vocês.

👉🏻Embora tenhamos várias estratégias alimentares que já possuem evidências científicas mostrando que podem auxiliar na SOP, duas estratégias possuem destaque (por terem mais estudos e mais comprovação):
* Dieta low carb (com <45% de carboidrato): Diminuir a quantidade total de carboidrato é uma das opções. Porém, é necessário saber o que adicionar no lugar. Gordura saturada e gordura trans não são interessantes para a SOP. Por isso, opte por aumentar proteínas e gorduras monoinsaturadas.
* Dieta com baixo índice glicêmico e baixa carga glicêmica: não é obrigatório diminuir carboidrato na SOP. Porém, se a escolha for manter valores normais de carboidrato (45-55%) é importante escolher bem os tipos de carboidratos. Pensar em diminuir o índice glicêmico e a carga glicêmica é bem importante. Por isso, evite açúcares e carboidratos refinados como pão, macarrão, biscoito, etc. ✅ Opte pelas opções integrais e com fibras.

TDAH e alergias

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é considerada uma desordem do neurodesenvolvimento e possui como características a hiperatividade, impulsividade e/ou intenção. Embora possa ter fatores genéticos envolvidos na etiologia, fatores ambientais também possuem grande importância. De modo interessante, esse estudo englobando quase 200 mil pessoas avaliou a prevalência de TDAH em crianças e adolescentes com alergia alimentar, alergia respiratória e alergia de pele. Após análise estatísticas, foi revelado que TDAH era 72% mais prevalente em pessoas com alergia alimentar, 50% mais prevalente em pessoas com alergia respiratória e 65% mais prevalente nas pessoas com alergia de pele. Vale a pena destacar que é foi um estudo de associação e não de causalidade. Mas sim, vale a pena estarmos atentos para o risco dessas comorbidades.

Dieta e câncer

A alimentação pode ser um dos fatores ambientais que pode influenciar no risco de desenvolver câncer. Mas e se a pessoa já está com câncer? A alimentação também pode influenciar no prognóstico da dieta? Será que a alimentação pode influenciar no risco da pessoa que está com câncer morrer? Essa revisão sistemática e meta-análise avaliou justamente isso. Após avaliar dados de 49 estudos, os autores concluem que a adesão à dieta mediterrânea foi associada a menor risco de mortalidade em sobreviventes de câncer colorretal e de próstata. Além disso, a meta-análise mostrou que a qualidade da dieta mais alta versus mais baixa estava associada a uma redução de 23% na mortalidade geral em sobreviventes de câncer de mama. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Frutas, vegetais e síndrome metabólica

A síndrome metabólica (SM) representa um conjunto de fatores de risco estabelecidos, caracterizados por obesidade abdominal, pressão arterial elevada, hiperglicemia e perfil lipídico sanguíneo alterado. Das inúmeras estratégias nutricionais que podem auxiliar na prevenção e tratamento da SM, esse artigo publicado agora em 2022 destacou o papel no consumo de frutas e vegetais. O artigo foi realizado com 252 idosos e foi investigado a relação entre o número de porções consumidas de frutas e vegetais ao dia e o risco de SM. Após análises estatísticas, foi evidenciado que um menor consumo de frutas e vegetais (≤ 2 porções/dia) aumentou o risco de SM. Porém, vale a pena destacar que o consumo ideal diário de frutas e vegetais é de em torno de 5 porções por dia. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Nutrição e dor crônica

A dor crônica é definida como qualquer dor persistente que dura mais de três meses. É uma condição debilitante com prevalência aumentada em idosos. A patogênese e progressão da dor crônica parece ser influenciada por uma combinação de fatores fisiológicos, psicossociais e de estilo de vida. De modo interessante, alguns desses fatores, incluindo padrões nutricionais, são passíveis de intervenções clínicas. Uma das estratégias nutricionais que pode beneficiar quem tem dor crônica é o consumo de alimentos e suplementos com ação anti-inflamatória, já que o aumento de inflamação pode piorar a dor. Neste estudo publicado agora em 2022, realizado com 318 pessoas com dor crônica e 82 pessoas sem dor, foi avaliado se os níveis de vitamina D e a razão entre ácidos graxo ômega-6 e ácidos graxos ômega-3 influenciavam nos níveis de proteína C reativa (PCR – marcador de inflamação) em pessoas com dor crônica. Após análises estatísticas, foi observado que deficiência de vitamina D (< 20 ng/mL) e relação ômega-6:ômega-3 maior do que 5 foram associados com níveis maiores de PCR, sugerindo mais inflamação. Ou seja, ajustar os níveis e vitamina D e a ingestão alimentar para propiciar uma melhor relação entre w6 e w3 pode ser interessante para quem possuiu dores crônicas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Ultraprocessados e mortalidade

Vamos aproveitar que um novo ano começou e estabelecer algumas metas pensando em melhorar a sua saúde? E que tal começar por diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados? Já fiz vários posts mostrando artigos que falam do impacto negativo do consumo de ultraprocessados para a saúde. O mais recente eu publiquei em dezembro do ano passado, mostrando que o consumo de ultraprocessados aumentava o risco de diabetes. Hoje, trago essa meta-análise publicada agora em 2022 que avaliou o consumo de ultraprocessados e o risco de morte em mais de 200 mil pessoas. Após análises estatísticas, foi demostrando que um maior consumo de alimentos ultraprocessados aumentou o risco de mortalidade por todas as causas, de mortalidade por doenças cardiovasculares e de mortalidade por doenças cardíacas. Além disso, para cada 10% de aumento calórico através do consumo de ultraprocessados foi observado um aumento de 15% no risco de mortalidade por todas as causas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta do mediterraneo e diabetes

Ter um padrão alimentar saudável é muito importante para prevenção e para o tratamento de várias doenças. A dieta do mediterrâneo, baseada em um alto consumo de frutas, verduras, grãos integrais, peixes e azeite de oliva tem demostrado ser benéfica para várias doenças, incluindo o diabetes. A maior parte dos estudos com dieta do mediterrâneo e diabetes é com a diabetes tipo 2. De modo interessante, esse estudo recém-publicado, investigou o efeito da dieta do mediterrâneo em crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 (DM1). Após analisar dados de 65 pessoas com DM1 foi observado que uma baixa aderência à dieta do mediterrâneo foi associada a um aumento no risco de obesidade. Por outro lado, uma alta aderência à dieta do mediterrâneo foi associada a um menor risco de hiperglicemia. Além disso, o hábito de realizar um café da manhã saudável foi associado a um melhor controle glicêmico e metabólico nas crianças e adolescentes com DM1. Por outro lado, um alto consumo de alimentos ultraprocessados, piorou o controle metabólico desses indivíduos. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!