O glaucoma é uma designação para doenças oculares que provocam danos ao nervo ótico e perda da visão. Mas você sabia que a ingestão dietética de algumas vitaminas pode diminuir o risco de glaucoma? Nessa meta-análise publicada agora em 2018, foi evidenciado que a ingestão dietética de vitamina A e vitamina C diminui o risco de glaucoma de ângulo aberto. Procure um nutricionistas para orientá-lo melhor.
Category: Alimentação
Alimentos e doença cardiovascular
A morte por doenças cardiovasculares (DCV) está cada vez mais comum. Por outro lado, fatores de vida, incluindo a nutrição, tem um papel relevante na prevenção e tratamentos das DCV. Nessa revisão de 2018 os autores pontuam que os principais alimentos que parecem ter um efeito cardioprotetor são: oleaginosas e sementes, frutas (romã, cítricos, maçã, berries, uvas) e verduras, peixes e produtos marinhos, chá verde, chocolate amargo, açafrão da terra, alho e café. Mas lembra-se, antes de tornar essa informação um senso comum, procure um bom nutricionista. Ele vai orientar o que é melhor para você!
Obesidade em crianças e adolescentes
O número de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade vem crescendo. E isso está diretamente relacionado com a alimentação. Nesse estudo publicado em 2018, os autores avaliaram crianças de 6-7 anos e adolescentes de 13-14 anos e correlacionaram a ingestão alimentar com o Índice de Massa Corporal (IMC). Após análises, foi demonstrado que os adolescentes que consumiam oleaginosas no mínimo 3 vezes na semana tinham menor IMC. Já nas crianças, foi evidenciado um menor IMC com a ingestão de vegetais pelos menos 3 vezes na semana. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.
Noz pecan e DCV
O consumo gorduras “boas”, com os ácidos graxos monoinsaturados, é super interessante para a saúde. Um alimento rico nessa gordura é a noz pecan. Esse estudo publicado em 2018 avaliou o efeito de uma dieta rica em noz pecan em marcadores associados ao risco de doenças cardiovasculares (DCV). Para isso, os autores dividiram os indivíduos em duas dietas, com quantidade iguais de calorias, gordura e fibras por 4 semanas. A diferença entre os grupo foi que um ingeriu noz pecan (em torno de 42 g/dia) e outro não. Após 4 semanas, a dieta rica em noz pecan melhorou a insulina, a resistência à insulina, o funcionamento das células beta-pancreáticas e marcadores relacionados com risco de DCV. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Degeneração macular e dieta
A degeneração macular relacionada com a idade é uma doença crônica que afeta a retina e que pode deixar o indivíduo cego. Mas você sabia que hábitos alimentares podem ajudar a diminuir o risco de desenvolver esse problema? Essa publicação de 2018 avaliou justamente isso. E sabe o que eles demonstraram? Que uma dieta estilo mediterrânea diminui o risco de degeneração macular relacionada com a idade. Analisando os grupos de alimentos isoladamente, o benefício foi observado com um aumento no consumo de vegetais, frutas e oleaginosas. Analisando os nutrientes, a prevenção foi associada com um aumento na ingestão de fibras, gorduras (em especial ácidos graxos monoinsaturados, poli-insaturados e ácido linoleico), vitamina A, C, E, caroteno, folato, magnésio, ferro, zinco e água. Além disso, atividade física regular também foi associada ao menor risco de degeneração macular relacionada com a idade. Lembre-se que o profissional mais capacitado para orienta-lo sobre alimentação é o nutricionista!
Alimentos e enxaqueca
Há poucos dias conferimos aqui no Nutrir com ciência um estudo mostrando que a suplementação de coenzima Q10 contribuiu na diminuição da frequência, severidade e duração da enxaqueca. Não obstante, ano passado também já foi referenciado a administração de vitaminas do complexo B (ácido fólico e piridoxina) na redução do número e duração desta.
Em síntese a suplementação destes nutrientes é um recurso conveniente no combate deste terrível mal. Mas e se pensarmos em alguns fatores pré-aparição da enxaqueca? Uma grande causa vem da alimentação… Algumas substâncias presentes em determinados alimentos favorecem o aparecimento da enxaqueca, como:
• Tiramina (substância química que pode resultar em aumento da noradrenalina, que é responsável pela crise de enxaqueca, além de gerar estresse oxidativo, que também contribui para o problema): queijos amarelos, vinho, alimento curado e defumado, etc.;
• Nitratos e nitritos (substâncias que aumentam a dilatação dos vasos sanguíneos e geram estresse oxidativo): salsichas, salame/linguiça, presunto, bacon;
• Glutamato monossódico (aditivo que quando consumido em excesso pode contribuir para a dor de cabeça): molho de soja, temperos e alimentos industrializados;
• Aspartame (usado como edulcorante em inúmeros alimentos dietéticos é umas das substâncias com maior número de relatos como desencadeante de crises de enxaqueca): adoçantes;
• Álcool (ao ser metabolizado gera estresse oxidativo que pode aumentar a enxaqueca): cerveja, vinho, champanhe;
• Glúten e leite (são pró inflamatórios e possuem um alto potencial alergênico, favorecendo o acúmulo de toxinas no organismo, promovendo a dor e a inflamação): pães, massas, biscoitos, leite e derivados.
• Alimentos alergênicos (qualquer alimento de gere alergia pode contribuir para o aparecimento da crise de enxaqueca): é individual.
OBS: às enxaquecas de plantão… cuidado com os exageros de um destes alimentos na páscoa deste final de semana…
Lembre-se que a individualidade é muito importante. O nutricionista o ajudará a avaliar a melhor estratégia e alimentos a serem utilizados.
Por: Bruna Deolindo Izidro
Vitamina B12 e vegetariano
Pessoas vegetarianas ou veganas são mais suscetíveis à deficiência de vitamina B12, e isso pode aumentar o risco de anemia megaloblástica, problemas cognitivos, depressão, etc. Por isso, muitos desses pacientes precisam de suplementação de vitamina B12. Mas quanto dar de suplementação? Esse estudo comparou a suplementação com baixa dose (50 mcg/dia, totalizando 350 mcg/semana) com uma suplementação com alta dose (2000 mcg/semana em uma única tomada) por 90 dias em pacientes vegetarianos ou veganos com deficiência marginal de B12. Após 90 dias, ambos os protocolos aumentaram os níveis de B12 e outros parâmetros associados com o metabolismo dessa vitamina (holotranacobalamina, ácido succinico) de forma similar. Além disso, ambos os protocolos diminuíram o ácido metilmalônico e a homocisteína. Ou seja, trabalhar com baixas doses todos os dias já foi eficiente na recuperação da B12 nesses pacientes. Mas lembre-se, lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Doenças neurodegenerativas
Os efeitos ambientais experimentados durante os primeiros 1000 dias de vida, representados pelos nove meses de gravidez mais os dois primeiros anos de vida, são transmissíveis à prole e às gerações subsequentes. E isso pode aumentar ou diminuir o risco de várias doenças no futuro. Essa revisão publicada em 2018 fala justamente dos fatores ambientais que podem ocorrer nos primeiros 1000 dias e que podem influenciar no risco de desenvolver doenças neurodegenerativas no futuro. Os autores colocam que o consumo de pesticida nos alimentos, excesso de metal pesado, álcool na gestação, excesso de carnes e alimentos gordurosos e deficiência de vitamina B12 e B9 podem levar a alterações epigenéticas não interessantes, podendo aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. Por outro lado, aumento de vegetais, grão integrais e alimentos contendo fitoquímicos podem propiciar mudanças epigenéticas favoráveis. Além disso, a modulação da microbiota é de extrema importância. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!
Carne e câncer
Já é consenso que o excesso no consumo de carnes vermelha pode trazer prejuízos a saúde. Esse estudo prospectivo com mais de 60 mil indivíduos, publicado agora em 2018, mostra mais um ponto. Após avaliar a incidência de câncer e o consumo de carnes vermelhas, foi demonstrado que o consumo de carne vermelha aumenta o risco de câncer global e aumenta risco de câncer de mama (tanto na pré-menopausa quanto na pós-menopausa). E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para orientá-lo melhor!
Azeite de oliva
O Nutrir com Ciência já mostrou um estudo de revisão que investigou o papel neuroprotetor do azeite de oliva extra virgem, cujos compostos fenólicos conferem efeito protetor no cérebro por diminuir estresse oxidativo e inflamação. Não obstante, aprendemos sobre especiarias que possuem efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e antidiabéticos.
Uma indicação bem difundida da presença destes na alimentação, são por combinarem perfeitamente com saladas.
Mas podemos ainda juntá-los adicionando mais sabor, de uma maneira prática, englobando-os em outras preparações culinárias de nosso cotidiano, como base de qualquer receita salgada preparada na panela ou simplesmente passando direito em torradas e pães, em substituição aos industrializados ofertados em mercados, repletos de sódio e conservantes.
Sendo assim, faça a devida combinação de acordo com seu paladar e monte, com muita praticidade, seus cubos aromáticos:
Ingredientes: alecrim, tomilho, louro, salsa, pimenta-do-reino, orégano e azeite de oliva extra-virgem.
Modo de preparo: Separe as folhas dos talos e misture todos os ingredientes já picados, dispondo-os em forminhas de gelo. Acrescente o azeite de oliva extra virgem até completar os cubinhos da forma. Cubra com filme plástico coloque no freezer até virar um lindo cubo aromático a ser utilizado em diversas preparações.
Vale lembrar que quanto mais fresca as ervas aromáticas, mais intenso será seu sabor, embora também possam ser utilizadas as desidratadas.
Por: Bruna Deolindo Izidro.