Doenças neurodegenerativas

Os efeitos ambientais experimentados durante os primeiros 1000 dias de vida, representados pelos nove meses de gravidez mais os dois primeiros anos de vida, são transmissíveis à prole e às gerações subsequentes. E isso pode aumentar ou diminuir o risco de várias doenças no futuro. Essa revisão publicada em 2018 fala justamente dos fatores ambientais que podem ocorrer nos primeiros 1000 dias e que podem influenciar no risco de desenvolver doenças neurodegenerativas no futuro. Os autores colocam que o consumo de pesticida nos alimentos, excesso de metal pesado, álcool na gestação, excesso de carnes e alimentos gordurosos e deficiência de vitamina B12 e B9 podem levar a alterações epigenéticas não interessantes, podendo aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. Por outro lado, aumento de vegetais, grão integrais e alimentos contendo fitoquímicos podem propiciar mudanças epigenéticas favoráveis. Além disso, a modulação da microbiota é de extrema importância. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Carne e câncer

Já é consenso que o excesso no consumo de carnes vermelha pode trazer prejuízos a saúde. Esse estudo prospectivo com mais de 60 mil indivíduos, publicado agora em 2018, mostra mais um ponto. Após avaliar a incidência de câncer e o consumo de carnes vermelhas, foi demonstrado que o consumo de carne vermelha aumenta o risco de câncer global e aumenta risco de câncer de mama (tanto na pré-menopausa quanto na pós-menopausa). E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para orientá-lo melhor!

Azeite de oliva

O Nutrir com Ciência já mostrou um estudo de revisão que investigou o papel neuroprotetor do azeite de oliva extra virgem, cujos compostos fenólicos conferem efeito protetor no cérebro por diminuir estresse oxidativo e inflamação. Não obstante, aprendemos sobre especiarias que possuem efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e antidiabéticos.

Uma indicação bem difundida da presença destes na alimentação, são por combinarem perfeitamente com saladas.

Mas podemos ainda juntá-los adicionando mais sabor, de uma maneira prática, englobando-os em outras preparações culinárias de nosso cotidiano, como base de qualquer receita salgada preparada na panela ou simplesmente passando direito em torradas e pães, em substituição aos industrializados ofertados em mercados, repletos de sódio e conservantes.

Sendo assim, faça a devida combinação de acordo com seu paladar e monte, com muita praticidade, seus cubos aromáticos:

Ingredientes: alecrim, tomilho, louro, salsa, pimenta-do-reino, orégano e azeite de oliva extra-virgem.

Modo de preparo: Separe as folhas dos talos e misture todos os ingredientes já picados, dispondo-os em forminhas de gelo. Acrescente o azeite de oliva extra virgem  até completar os cubinhos da forma. Cubra com filme plástico coloque no freezer até virar um lindo cubo aromático a ser utilizado em diversas preparações.

Vale lembrar que quanto mais fresca as ervas aromáticas, mais intenso será seu sabor, embora também possam ser utilizadas as desidratadas.

Por: Bruna Deolindo Izidro.

Proteína, idoso e osso

É comum idosos diminuírem a ingestão de proteínas. Porém, uma ingestão proteica muito baixa pode trazer alguns problemas. Esse estudo de 2018 avaliou a relação da ingestão proteica com a qualidade do osso de pessoas com 70 anos. Após análises, foi observado que, nos homens, quem ingeria menos proteína tinham menor densidade mineral óssea no fêmur e na lombar. Os autores acreditam que esse efeito seja principalmente devido a importância da proteína na manutenção da massa muscular. Dessa forma, a ingestão adequada de proteína é de extrema importância. Lembre-se que o profissional mais qualificado para orientar a quantidade e o tipo de proteína que você deve ingerir é o Nutricionista!

Gengibre e diabetes

Além de ser usado na culinária, o gengibre (Zingiber officinale) também é usado com alegação de saúde, ajudando a diminuir dores, cólicas menstruais, náuseas, etc. Nessa meta-análise publicada agora em 2018, os autores investigaram o papel do gengibre no controle glicêmico, sensibilidade à insulina e perfil lipídico de pacientes com diabetes tipo 2 ou síndrome metabólica. Foram incluídos 10 artigos, totalizando 490 indivíduos. Após as análises, foi demostrado que o gengibre ajuda a controlar a glicemia (diminui a hemoglobina glicada), melhora a sensibilidade à insulina (diminui insulina em jejum e HOMA-IR), e melhora o perfil lipídico (diminui colesterol total, triglicerídeos, LDL e aumenta HDL). As doses usadas de gengibre nos estudos variaram de 1,0 a 3,0 g/dia, por no mínimo 5 a no máximo 10 semanas de uso. Dessa forma, os autores concluem que embora mais estudos a longo prazo sejam necessários, o gengibre parece ser um candidato para auxiliar no controle do diabetes e síndrome metabólica. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

FODMAP e intestino

Ano passado já mencionei sobre dieta com pouco FODMAP auxiliando na melhora dos sintomas de síndrome do intestino irritável (SII). Esse ano, foi publicado essa meta-análise, em que foram analisados 9 estudos avaliando o efeito da dieta com pouco FODMAP em pacientes com SII. Após análises, foi confirmado que uma dieta com pouco FODMAP diminui os sintomas gastrointestinais associados à síndrome do intestino irritável, diminui dores abdominais e melhora qualidade de vida. Entretanto, 3 estudos evidenciaram que uma dieta com pouco FODMAP pode diminuir o conteúdo de bifidobacteria, o que não seria interessante. Além disso, os autores colocam a necessidade de avaliar esse tipo de dieta a longo prazo. Lembre-se, individualidade é MUITO importante. Um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada com você!

Dieta e depressão

A importância da alimentação é um assunto recorrente aqui. Tanto para prevenção quanto para tratamento de várias doenças. Nessa meta-análise publicada em 2018, os autores avaliaram um série de artigos sobre alimentação e prevenção de depressão. Após análises, 4 pontos foram de maior importância para diminuir o risco de depressão:
1. Dieta estilo mediterrânea;
2. Dieta com menor índice de inflamação;
3. Maior consumo de peixes;
4. Maior consumo de vegetais;
Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Pipoca com açafrão

Já vimos duas postagens a respeito da curcumina aqui no Nutrir com ciência, ambas relatando efeitos benéficos à saúde, que incluem diminuição da inflamação e do estresse oxidativo. Este componente, como já sabemos, está presente no açafrão da terra e podemos acrescentá-lo em diversas receitas a fim de garantir um sabor especial.
Uma maneira apetitosa de incluí-lo em sua alimentação é através da pipoca! Sim… esse snack formado 100% a partir do grão e rico em antioxidantes, pode ser acrescido de açafrão da terra para reduzir o consumo de sódio.
Para o preparo de uma porção de pipoca (3 colheres de sopa do milho para estourar), basta substituir o tradicional óleo vegetal por meia colher de sopa de manteiga clarificada (também conhecida como manteiga ghee) e o sal refinado por 1 colher de chá de açafrão da terra.
– Aguarde a manteiga derreter e inclua o milho de pipoca e o açafrão. Misture bem, tampe e veja sua pipoca amarelinha aparecer!
OBS: para melhorar a absorção da curcumina, coloque uma pitada de pimenta do reino.
Por: Bruna Deolindo Izidro.

Selênio e glicemia

A deficiência de vários micronutrientes, incluindo do selênio, pode piorar o controle glicêmico. Porém, o excesso também não é interessante. Este estudo com mais de 8 mil chineses mostrou uma correlação entre o aumento de selênio sérico e um aumento de glicose em jejum, principalmente em homens. Ou seja, o bom senso é sempre a melhor opção. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Acrilamida em alimentos

Em 1994 a acrilamida foi classificada como “provável agente carcinogênico para humanos”. Porém, o efeito da acrilamida dos alimentos no desenvolvimento de câncer ainda é questionável. Outros estudos demonstram que essa substância também é neurotóxica. Na dúvida, o melhor é evitar o consumo! Porém, ela está presente em mais alimentos que nos imaginamos. Esse estudo avaliou o conteúdo de acrilamida em alimentos consumidos por bebês e crianças. E adivinhem qual o alimento que mais tinha acrilamida??? Biscoitos doces e salgados!! Isso mesmo, aqueles que muitas crianças adoram comer!! Você vai deixar seu filho comendo isso?? Oferte comida de verdade!! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!