Acne e carboidrato

A incidência de acne tem aumentado nos últimos anos. E não apenas em adolescentes, mas também em adultos. Alguns estudos tem investigado o papel do carboidrato nesse problema de pele. Esse estudo publicado em setembro desse ano, com 64 pessoas, investigou um pouco essa relação. Após as análises, foi demonstrado que os indivíduos que tinham acne moderada/severa consumiam mais carboidrato (em quantidade total em gramas), consumiam mais carboidrato biodisponível (carboidrato total menos fibras) e o percentual de carboidrato da dieta também era maior (quem tinha acne consumia 51% do valor calórico total vindo de carboidrato enquanto os que não tinham acne consumiam 45%). Além disso, a carga glicêmica da dieta de quem tinha acne também era maior. Essas alterações repercutiram em exames bioquímicos: pacientes com acne tinham mais insulina sérica e maior HOMA-IR (mesmo dentro do valor de normalidade). Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Antes de alterar a sua dieta, procure um nutricionista!

Câncer de próstata e alimentação

Depois do outubro rosa, temo o novembro azul! Então vamos falar de câncer de próstata e alimentação!! Nesse estudo, após avaliar 157 paciente com câncer de próstata e comparar com 158 pacientes controle (sem câncer) foi demostrado que o aumento na ingestão de nozes, peixes, frutas e vegetais diminui o risco de câncer de próstata. Além disso, foi visto que o aumento no consumo de frutas, vegetais, legumes e peixes também diminui a agressividade do câncer. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Esteatose e dieta do mediterrâneo

O número de pessoas com esteatose hepática não alcoólica (NAFLD) vem aumentando nos últimos anos. Isso é bem preocupante, pois aumenta risco de diabetes, doença cardiovascular, além de poder evoluir para cirrose e carcinoma hepatocelular. Por isso, pensar em prevenção e tratamento (caso já tenha a doença) é muito importante. Mudança no estilo de vida, incluindo mudança na alimentação, é um ponto chave para prevenir ou tratar esse problema. Nesse contexto, a dieta estilo mediterrânea tem um impacto bem interessante. Nessa revisão publicada em 2017 os autores avaliaram evidências epidemiológicas e os mecanismos moleculares plausíveis para o benefício da dieta do mediterrâneo. Após a revisão, os autores colocam que os principais alimentos que trazem benefício para a NAFLD são: azeite de oliva, oleaginosas, grãos integrais, frutas e vegetais. Dentre os mecanismos moleculares envolvidos do benefício desse estilo de dieta, destacam-se: diminuição da inflamação e do estresse oxidativo, melhora da resistência à insulina, diminuição da síntese de gordura hepática, aumento da beta-oxidação dos ácidos graxos e diminuição fibrinogênese (mecanismo que faz evoluir para cirrose). Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Geleia de Chia

   Já aprendemos muito sobre microbiota/saúde intestinal aqui no Nutrir com Ciência, principalmente no que se refere ao consumo de fibras! Não obstante também já vimos os benefícios do resveratrol e antocianinas de alguns alimentos, como os da uva.
   Diante disso, que tal unirmos novamente conhecimento e prática?! Mas dessa vez em uma receita de apenas dois ingredientes, ou seja, simples, rápida e perfeita para substituir muito industrializado existente por aí.
   Para chegar ao ponto da geleia de chia, misture 120 ml de suco de uva integral (orgânico, sem açúcar e conservantes) + 4 colheres de sopa de semente de chia!  Mais natural impossível, não é mesmo? Finalize mantendo esta mistura na geladeira por, no mínimo, quatro horas, assim a chia absorverá o suco de uva e inchará, formando um gel e caracterizando a receita como geleia.
   Ótima para acompanhar banana, torradas, biscoito de arroz integral, iogurte natural e o que mais sua nutri indicar!
Por: Bruna Deolindo Izidro.

Ferro e Parkinson

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na população. Dentre os vários mecanismos da doença, destaca-se o aumento de estresse oxidativo e morte que neurônios dopaminérgicos. O acúmulo de ferro no cérebro está sendo associado com a piora dessa quadro. Mas o mais interessante é que, pesquisadores da área, estão sugerindo que o ferro no início da vida (principalmente vindo da fortificação de fórmulas infantis) poderia influenciar no risco de doença de Parkinson no futuro. Um dos pontos que justifica essa hipótese é o fato de que nos primeiro anos de vida o cérebro é muito permeável aos níveis de ferro. Porém, vale destacar que essa hipótese ainda não está confirmada e que vários estudos em animais e humanos ainda são necessários. Porém, vale a pena prestarmos atenção nesse ponto e ficarmos de olho nos estudos que estão por vir!

Fruta, fibra e osso

Já mostramos aqui no Nutri com Ciência alguns estudos de estratégias nutricionais para evitar a perda óssea / osteoporose. E olhem que interessante!!! Esse estudo publicado dia 12 de outubro avaliou se a ingestão de fibra e fruta influencia na perda óssea em 792 homens e em 1065 mulheres. Após as análises, foi demostrado que o aumento de fibras e de frutas preveniu a perda de massa óssea do fêmur apenas em homens. Porém, isso não significa que a ingestão desses alimentos não são interessante para mulheres. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Açúcar e asma

A alimentação da gestante é importante tanto para a saúde dela mesma quanto para a saúde do seu bebê. Nesse estudo publicado em 2017, foi avaliada a ingestão de açúcar durante a gestação e o risco da criança desenvolver asma aos 7 anos de idade. Para isso começaram o estudo mais de 12.000 gestantes. Após o término do estudo, quase 6.000 gestantes e seus respectivos filhos tinham dados completos para entrar nas análises. E o resultado encontrado foi bem interessante: mulheres que consumiram mais açúcar durante a gestação aumentava o risco de seu filho ter asma aos 7 anos de idade. Mais um motivo para a gestante cuidar da sua alimentação! O que você come pode predispor muitas doenças para seu filho, ou evitá-las!!! Depende da sua escolha!!! E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Alimentos e diabetes

A alimentação é de extrema importância para a prevenção e tratamento do diabetes tipo 2 (DM2). Nessa meta-análise publicada agora em 2017 avaliou a relação de 12 grupos alimentares com o risco de DM2. Após várias análises estatísticas, foi visto que 3 grupos alimentares aumentaram o risco de DM2: carnes processadas, carnes vermelhas e bebidas açucararas. Em contrapartida, outros 3 grupos diminuíram o risco de DM2: frutas, laticínios e grão integrais. Vale destacar que embora o consumo de vegetais não tenha dado diferença estatística na meta-análise, os autores mostraram uma associação dose-resposta (não-linear) entre o consumo de vegetais e diminuição de risco de DM2. Após análises, foi observado que a ingestão acima de 300 g/dia de vegetais diminui 9% o risco de DM2. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Opções de gorduras

Recentemente, foi visto aqui no Nutri com Ciência um estudo sobre a avaliação do consumo de carboidratos e gorduras em bebês, que mostrou que menos de 5% da amostra tinha um consumo adequado de gordura. Porém, alguns adultos também tem a dificuldade de adicionar gorduras boas na dieta. Por isso, ficou o seguinte questionamento: quais são as fontes de gordura boas que podemos adicionar na dieta? A que rapidamente nos vem a mente é o azeite de oliva, certo? O azeite de oliva extravirgem é sim uma opção interessante. Pode ser adicionado na salada e, fica delicioso como complemento para peixes, aves e vários outros tipos de preparações. Mas que tal irmos além do azeite de oliva? Abaixo, algumas opções que podem, em quantidades adequadas, serem incluídas na dieta:
     Óleo de coco: Contém triglicerídeos de cadeia média (TCM) que são facilmente absorvidos pelo nosso sistema digestivo. Os estudos ainda são controversos, por isso converse com sua Nutricionista para saber como adicioná-lo na dieta.
    Óleo de abacate: rico em vitamina A, vitamina E e beta-sitosterol, conjunto que ajuda a reduzir os níveis de cortisol, hormônio responsável pela compulsão alimentar e acúmulo de gordura na região abdominal.
     Óleo de gergelim: alta porcentagem de ácido graxo oleico, rico em cálcio, fósforo, ferro e vitaminas lipossolúveis e do
complexo B.
     Óleo de linhaça: alta concentração de ômega 3, que reduz a inflamação e os níveis de colesterol.
     Óleo de semente de uva: contém polifenois, como o resveratrol, poderoso antioxidante que previne o dano celular, além de
alfa-tocoferol, ácido linolêico e ácido palmítico, responsáveis pela regeneração e manutenção do tecido cutâneo, revitalizando-o.
Importante: Alguns desses óleos não resistem a temperaturas elevadas. A melhor opção é sempre procurar um Nutricionista
para orientá-lo melhor e avaliar qual óleo é melhor para você e qual a quantidade ideal a ser utilizada.
Por: Bruna Deolindo Izidro

Café, adoçantes e depressão

Já falamos aqui no Nutrir com Ciência que a ingestão adequada de café pode diminuir o risco de depressão. Porém, esse estudo publicado em 2017 mostrou que beber excesso de café também pode aumentar o risco desse transtorno de humor. Após análises, as pessoas que consumiam 4 ou mais xícaras de café ao dia tinham 38% mais risco de depressão do que aqueles que não consumiam. Além disso, os autores também avaliaram o uso de bebidas com adoçantes (no café, chá, ou bebidas diet de forma geral como refrigerante diet). Mulheres que bebiam mais de 1 vez/dia alguma bebida diet tinham um risco 66% maior de depressão. Além disso, mulheres que colocam adoçante do café ou chá tinham um risco 32% maior de depressão quando comparado com aquelas mulheres que tomavam essas bebidas sem adoçar. Na dúvida, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!