Alimentos ultra processados

O consumo de alimentos ultra processados aumentou nos últimos anos. As gôndolas dos supermercados estão cada vez com mais produtos alimentícios e menos alimentos de verdade. E o aumento desses produtos processados pode causar várias deficiências nutricionais, piorando o funcionamento do organismo e aumentando o risco de várias doenças. Nesse estudo publicado em 2017, os autores compararam os indivíduos de acordo com a quantidade de alimentos ultra processados consumidos. E os resultados foram preocupantes. As pessoas que consumiam mais alimentos ultra processados tinham um maior consumo de açúcares, carboidrato, gordura saturada e calorias. Além disso, esses indivíduos tinham um menor consumo de proteínas, fibras, vitaminas A, C, D, B1, B2, B3, B6, B12, zinco, ferro, magnésio, cálcio, fósforo e potássio. Ou seja, produtos ultra processados pode causar várias deficiências nutricionais, além de colaborar para o desenvolvimento de obesidade. Hábitos alimentares podem ser decisivos para a sua saúde!!! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Obesidade e Cognição

A prevalência de obesidade e sobrepeso é alta, e tem aumentado cada vez mais em todas as idades, incluindo nas pessoas mais idosas. Muitas complicações são associadas com a obesidade, como diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer, e mais recentemente, alterações cognitivas. Sabendo disso, esta meta-análise publicada em janeiro de 2017 avaliou 21 estudos, incluindo estudos longitudinais e randomizados, buscando a relação entre excesso de peso e obesidade com alterações de memória, atenção, linguagem e função motora. Os autores concluíram que a perda de peso intencional em pessoas obesas ou com sobrepeso foi associada com um aumento significante na atenção e memória. Além disso, os autores sugerem que o sobrepeso e a obesidade estão associados com declínio nas funções cognitivas e com uma alta prevalência da doença de Alzheimer. Para usufruir do benefício da perda de peso sem prejuízos a saúde, procure por um nutricionista para orientá-lo de maneira correta!

Dieta e SOP

A síndrome do ovário policístico (SOP) afeta 6-10% das mulheres em idade reprodutiva e está associada com vários problemas, incluindo a dificuldade de ovulação, e, por consequência, dificuldade de engravidar. Mas você sabia que intervenções dietéticas podem auxiliar nisso? Uma dessas estratégias é a diminuição na ingestão calórica! Nessa revisão publicada dia 01 de janeiro de 2017 foi discutido sobre o efeito da restrição calórica em mulheres obesas com SOP. Embora ainda exista a necessidade de mais estudos, algumas evidências já demonstram que a diminuição na ingestão calórica auxilia na ovulação, aumentando a chance da mulher com SOP conseguir engravidar! A sugestão é que a restrição calórica propicie uma diminuição da obesidade e da gordura visceral que, por consequência, acabam melhorando a resistência à insulina (que é uma alteração comum nas mulheres com SOP e que está associada com a fisiopatologia dessa doença). Com a melhora da resistência à insulina, melhora também o funcionamento do ovário, aumentando a chance da mulher ovular! Vale destacar que o tipo de alimento que será ingerido também pode influenciar na resistência à insulina, e que, muitas vezes, apenas a mudança no padrão alimentar já auxilia nesse efeito. Por isso, procure um nutricionista para avaliar a necessidade de restrição calórica e/ou outras mudanças nos seus hábitos alimentares.

Você sabia que a restrição calórica intermitente pode auxiliar na redução de peso?

A obesidade é um importante fator de risco para várias doenças crônicas e a redução do consumo calórico diário representa uma das estratégias para a redução de peso, mas apenas 30% das pessoas responde bem a esse tipo de estratégia. A restrição de energia severa intermitente pode ser uma estratégia nesse caso. Esta prática envolve a restrição severa da ingestão de energia de forma intermitente (1-4 dias/ semana), com ingestão de energia adequada ou ad libitum (à vontade) nos outros dias. Sabendo disso, este estudo publicado em novembro de 2016 avaliou os efeitos da restrição de energia severa intermitente e suas consequências sobre a regulação do apetite e marcadores metabólicos em 18 pessoas durante 24h, e nos dois dias seguintes a restrição. Observaram aumento transitório do apetite, representada pelo aumento de 7% na ingestão de energia no grupo que foi submetido a restrição de energia severa intermitente, uma concentração pós prandial de grelina menor, concentrações maiores de glicose e ácidos graxos e uma redução no gasto energético. Cuidado ao seguir dicas nutricionais sem antes consultar com o seu nutricionista! Orientação nutricional deve ser individualizada!

Café e Depressão

Um dos nossos primeiros posts aqui no Nutrir com Ciência foi sobre o risco do café para mulheres grávidas ou querendo engravidar. Entretanto, o café também tem seus benefícios! Você sabia que ele pode ajudar a diminuir o risco de depressão? Nesse estudo de 2016 foi evidenciado que o consumo de 400 mL/dia de café foi a dose ideia para ter esse efeito! Vale destacar que nem todos os indivíduos se beneficiam com o uso do café, por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Chá verde e dislipidemia

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As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no mundo, e a dislipidemia (aumento de colesterol e/ou triglicerídeos no sangue) é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento dessas doenças, presente principalmente em mulheres na pós-menopausa. Sabe-se que algumas modificações no estilo de vida têm capacidade de modular os níveis de colesterol, incluindo prática de atividade física e mudanças alimentares. O chá verde é um dos fatores dietéticos que tem sido associado com a redução dos níveis de colesterol. Sabendo disso, este estudo publicado em Dezembro/2016 suplementou extrato de chá verde (Camellia sinensis), contendo 1315 mg de catequina em 936 mulheres na pós-menopausa durante 12 meses. Após o tratamento os autores observaram uma redução das concentrações plasmáticas de colesterol total, de LDL colesterol e de colesterol não-HDL, em especial nas participantes que já iniciaram o tratamento com o perfil lipídico alterado. Entretanto, em mulheres obesas, o extrato de chá verde aumentou os triglicerídeos. Para saber se o chá verde será um bom alimento para você e a melhor maneira de incluí-lo no seu dia-a-dia, procure o seu nutricionista!

Glúten e Cérebro

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Que paciente com doença celíaca não pode consumir glúten todo mundo sabe! Mas hoje, a literatura científica também afirma a necessidade da retirada do glúten na presença do que chamados de “sensibilidade ao glúten não celíaca” (NCGS), que ocorre em indivíduos com sintomatologia gastrointestinal e extraintestinal, mas sem a classificação de doença celíaca. Dentre os vários sintomas que pacientes com NCGS podem apresentar, destaca-se sintomas neurológicos. Nesse estudo publicado agora em 2016, os autores demonstraram que os problemas mais comuns em indivíduos com NCGS foram neuropatias periféricas, seguida de ataxia cerebelar e encefalopatia. Além disso, também foi evidenciado que todos os pacientes responderam com a retirada do glúten da dieta – ou seja, quando o glúten era retirado, os sintomas melhoravam! Vale destacar que a retirada total de algum alimento da dieta deve ser feita sob a orientação de um nutricionista.

Alimentação e criança

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Quem nunca viu uma criança fazendo cara feia para alguns alimentos, principalmente verduras? Durante o período pré-escolar e escolar ocorre com muita frequência a ingestão seletiva de alguns alimentos, acompanhada de fortes preferências alimentares. Este comportamento é fator de risco para excesso de peso, desenvolvimento de desordens gastrointestinais e pode interferir negativamente no crescimento da criança. Sabendo disso, este estudo publicado em dezembro/2016 avaliou a ingestão alimentar de mais de 18000 crianças, e as dividiu entre crianças com e sem ingestão seletiva. Não houve diferença do consumo de macronutrientes (carboidrato, proteína, lipídio) entre os dois grupos, mas foi observada uma redução do consumo de carne, vegetais e frutas no grupo de crianças com ingestão seletiva, associado do aumento do cosumo de bebidas açúcaradas. Essas características levaram a uma redução significativa de Vitamina A, Zinco e Ferro, nutrientes essenciais para o correto desenvolvimento infantil! Procure o seu nutricioista para um ajuste alimentar correto, e a avaliação da necessidade de suplementação desses nutrientes!

Suco de cereja e pressão arterial

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A hipertensão arterial é comum entre os Brasileiros. Mas você sabia que suco de cereja rico em antocianinas pode ajudar a diminuir a pressão arterial? Nesse estudo piloto publicado agora em 2016 com 6 indivíduos adultos e 7 indivíduos idosos foi dado 300 mL de suco de cereja em uma única dose ou dividido em 3 vezes de 100 mL (0, 1 e 2h). A pressão arterial foi aferida no tempo 0, 2 e 6 horas após a ingestão do suco. De forma interessante, foi demonstrado que 300 mL de suco de cereja (dado em uma única dose) diminuiu a pressão arterial sistólica, a pressão diastólica e a frequência cardíaca 2 horas após a ingestão do suco (tanto em jovens quanto em idosos), retornando as valores normais 6 horas após. Por outro lado, dar 300 mL do suco de cereja dividido em 3 doses não demonstrou efeito significativo na pressão arterial. Além disso, após análise sanguínea, foi observado aumento de seis ácidos fenólicos, que são os possíveis responsáveis pela melhora da pressão arterial proporcionada pelo suco de cereja. Em jovens, o composto que mais aumentou foi o ácido cafeico. Já em idosos, o maior aumento foi o ácido cumárico. Vale destacar que foi um estudo pequeno, logo, mais estudos são necessários para melhor esclarecer esses efeitos do suco de cereja. Mas de qualquer forma, a cereja é uma ótima opção de fruta para inserir na dieta! Aproveite que estamos na época dessa fruta!! Na dúvida, consulte seu nutricionista!

Cerveja e alzheimer

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O excesso de bebida alcóolica pode trazer vários malefícios à saúde. Mas, se consumida com moderação, também pode trazer benefícios, inclusive para o cérebro. Nesse estudo publicado agora em 2016 demonstrou que os consumidores de cerveja tinham uma menor agregação do peptídeo Aβ, que está associado com doença de Alzheimer. Ainda é cedo para podermos afirmar que a cerveja previne essa doença tão temida, mas é um ponto de partida para futuras investigações. Vale destacar que o excesso de bebida alcoólica pode ter efeito contrário. Se você vai poder ou não beber cerveja e a dose por semana que você poderá consumir, somente um profissional adequado saberá responder de acordo com sua idade, funcionamento dos seus órgãos (em especial o fígado), doenças pré-existentes e individualidade bioquímica e genética.