Açaí e endometriose

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A endometriose é uma doença inflamatória, caracterizada pela presença de endométrio fora da cavidade uterina, e está associada com dor pélvica crônica, infertilidade, e consequentemente redução da qualidade de vida da paciente. Sabendo disso, nesta publicação de novembro de 2016, os autores induziram endometriose experimental em ratas, e trataram-nas com 200 mg/kg de peso corporal de extrato hidroalcóolico de açaí durante 30 dias. Após o tratamento realizaram análise da área de lesão e de fatores de crescimento, e observaram uma redução (atrofia e regressão) do tamanho da lesão, além de uma redução da expressão dos fatores de crescimento envolvidos na evolução da doença! Resultados que sugerem que o tratamento com açaí foi eficiente na estabilização de lesões do endométrio, tornando-o um potencial auxiliar no tratamento dessa doença. Vale destacar que o estudo ainda é em animais e que estudos em humanos precisam ser realizados para confirmar esse efeito do açaí, bem como a dose necessária em humanos. Uma dica prática para você que deseja introduzir o açaí na dieta é optar pelo açaí sem adição de xarope de guaraná!

Alfarroba

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Já vimos aqui no Nutrir com Ciência, um dos vários benefícios relacionados ao consumo do cacau. Em contrapartida, você sabia que há outro alimento, com cor e sabor similar, como alternativa para substituí-lo por algo também saudável?

A alfarroba é a denominação dada à farinha que é extraída após a secagem e moagem de vagens produzidas pela árvore alfarrobeira. Os compostos fenólicos presentes na alfarroba lhe confere alta capacidade antioxidante, prevenindo assim, a formação de radicais livres. Outros benefícios nutricionais incluem um teor inferior de lipídeos e sódio; e superior de micronutrientes e fibra, além de uma isenção de glúten, lactose e qualquer agente alergênico ou estimulante tais como a cafeína, teobromina e feniletilamina, quando comparados ao cacau.

Portanto, com todos esses benefícios, a alfarroba é um substituto indicado para indivíduos acima de 2 anos, podendo ser combinado com outros ingredientes no preparo de pães, biscoitos, bolos e uma infinidade de receitas, só não convém exagerar, como tudo em nossa vida, devemos comer com moderação. Vale destacar que qualquer alimento pode causar alergia, de acordo com a individualidade de cada pessoa, por isso, procure uma nutricionista para melhor orienta-lo!

Por: Bruna Deolindo Izidro

Gengibre e cólica menstrual

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A cólica menstrual está associada com um aumento de citocinas inflamatórias. Ou seja, uma das estratégias para diminuir a cólica é diminuindo a inflamação. E não são apenas medicamentos que podem diminuir essa inflamação, muitos alimentos também possuem propriedades anti-inflamatórias, como por exemplo, o gengibre. Após avaliar vários estudos, essa meta-análise de 2016 demonstrou que o uso de gengibre ajuda a diminuir as cólicas menstruais. Além disso, foi evidenciado que o efeito do gengibre foi similar ao efeito dos anti-inflamatórios (medicamentos utilizados para reduzir a dor das cólicas menstruais). As doses de gengibre nos estudos variaram de 150 a 2000 mg do pó, sendo utilizadas por 3 a 4 dias. Essa dose pode ser ofertada na forma de suplemento alimentar ou via alimentação. Na alimentação, a melhor maneira de aproveitar os compostos do gengibre é na forma de decocção: coloque uma fatia de gengibre (espessura de mais ou menos 2 dedos) junto com 350 ml de água e ferva por aproximadamente 10 minutos. Procure um nutricionista para orientá-la melhor.

Avocado e doença cardiovascular

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As doenças cardiovasculares (DCVs) são a principal causa de morte no mundo!! Como estratégia de prevenção primária para essas doenças, destaca-se a adesão de hábitos alimentares saudáveis. Na última Diretriz sobre mudança do estilo de vida para redução de risco cardiovascular, a American Heart Association sugere uma restrição de 5-6% das calorias provenientes de ácidos graxos saturados. Além disso, recomenda-se a introdução de alimentos fonte de ácidos graxos monoinsaturados, como o avocado. Sabendo disso, este estudo ofertou 136 g de avocado (±13 g de ácido oléico) para pacientes com sobrepeso ou obesidade e observou maior efetividade, quando comparado com a simples restrição de gordura da dieta, em reduzir o número de partículas pequenas e densas de LDL (que são as partículas mais aterogênicas, aumentando o risco de DCVs). Ou seja, existem sim gorduras boas e que devem ser consumidas! Procure o seu nutricionista para uma orientação correta para mudanças de hábitos alimentares, e não somente siga o que é senso comum!

Selênio e Câncer de Próstata

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Estamos no novembro azul!! Mês destinado para conscientizar os homens sobre a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata. Mas você sabia que a nutrição pode influenciar nesse risco?? Essa meta-análise de 2016, incluindo 15 estudos prospectivos, demonstrou que a quantidade de selênio nas unhas foi inversamente associada com o risco de câncer de próstata. Ou seja, quanto maior a concentração de selênio nas unhas, menor o risco de câncer de próstata. Entretanto, o selênio no sangue não mostra essa relação. Os autores acreditam que o selênio nas unhas tenha sido mais efetivo pelo fato de ele ser um marcador mais confiável de exposição ao longo prazo do selênio. Mais uma notícia boa é que conseguimos atingir a necessidade desse mineral através da alimentação. A principal fonte de selênio são as Castanhas do Brasil! Embora o teor de selênio nas castanhas possa variar de acordo com o local onde as castanhas foram produzidas, 1 a 3 castanhas do Brasil por dia normalmente já é suficiente para atingir as necessidades diárias. Vale destacar que o excesso do selênio também pode causar problemas. Então não vale abusar! Para mais detalhes, consulte sua nutricionista.

Chocolate e rugas

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Boa parte da população se preocupada com o aparecimento das RUGAS!!! A exposição solar é uma das principais causas do envelhecimento da pele. Mas você sabia que o consumo de alguns alimentos pode ajudar a diminuir as rugas e prevenir o envelhecimento cutâneo??!! Um desses alimentos é o chocolate! Notícia boa para os chocólatras, não?! Entretanto, o benefício está na presença do cacau! Nesse estudo, publica em 2016, demonstrou que o consumo de 12 g de cacau em pó (contendo 320 mg de flavonoides totais do cacau) por 24 semanas em mulheres com a pele já envelhecida diminuiu as rugas, melhorou a elasticidade da pele e aumentou a dose mínima de raios UVB para causar eritema. Ou seja, protegeu a pele e diminuiu as rugas já formadas. Vale destacar que o consumo de chocolate também está valendo, desde que ele tenha alta concentração de cacau. Prefira chocolates com pelo menos 70% de cacau!! Outra dica bem importante é a quantidade de açúcar presente no chocolate. O açúcar piora o envelhecimento da pele, logo, fique de olho na quantidade de açúcar que o chocolate possui (LEIA O RÓTULO). Quanto a dose que você pode consumir ao dia, procure um nutricionista para lhe orientar melhor de acordo com seu plano alimentar.

Alimentação e cognição

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Que a alimentação é muito importante para a saúde todo mundo sabe. Mas você acredita que um consumo excessivo de gorduras e açúcares pode piorar a cognição, a depressão, a ansiedade, entre outras doenças neurológicas? Essa revisão publicada em outubro desse ano discute justamente isso. Após análise de vários estudos, os autores propõe que um excesso de gordura e/ou açúcares pode influenciar no cérebro via dois mecanismos principais:

1.      O excesso de gordura e açúcar pode influenciar na microbiota intestinal, diminuindo a diversidade dos microorganismos, diminuindo as Bifidobacterias e Bacteroidetes (que normalmente são benéficas ao nosso corpo) e aumentando os Firmicutes (que normalmente trazem malefícios ao nosso corpo). Essa alteração intestinal, por sua vez, aumenta a inflamação, estimula o eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal, piorando uma doenças/transtornos neurológicos como a depressão, ansiedade, esquizofrenia, autismo, além de piorar a cognição e memória.

2.      O excesso de gordura e açúcar também pode influenciar diretamente o cérebro por aumentar inflamação e estresse oxidativo, diminuir neurotrofinas como o BDNF (fator neurotrófico derivado do encéfalo), diminuir a formação de novos neurônios (neurogênese) e influenciar na comunicação entre os neurônios.

Vale destacar que essas alterações cerebrais dependem também de outros fatores. Porém, ter uma alimentação adequada e uma microbiota intestinal benéfica auxiliam no tratamento de várias doenças envolvendo o cérebro! Procure um nutricionista para melhor lhe orientar!

Alimentação infantil

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A inapetência comportamental e orgânica representam as principais queixas maternas no período da infância de seus filhos, e são alterações alimentares que possuem como base, na maioria das vezes, a desestruturação da rotina alimentar da família. Existem algumas abordagens para promover ajustes no comportamento alimentar de crianças, e esta publicação de novembro deste ano ressaltou algumas delas: 1) Mindful eating (Comer consciente): Estimular a criança a perceber o que seu corpo está dizendo. Perceber se está realmente com fome, ou se está comendo por outras razões (Ex: fadiga, estresse, tédio, etc.); 2) Envolver a criança no processo de produção das refeições, pedindo ideias de alimentos saudáveis que ela gosta de comer; 3) Não preparar alimentos exclusivamente para a criança, diferente do perfil de alimentos servidos para o resto da família. Para mais estratégias e maneiras eficientes de evitar a inapetência durante a infância, procure um nutricionista capacitado para esta orientação!!!

Crossfit e carboidrato

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O número de pessoas fazendo Crossfit só aumenta. Associado a isso, vários tipos de dieta estão sugeridas para melhorar o desempenho nos treinos d/ou diminuir o percentual de gordura. Uma dessas estratégias é a dieta low carb – com baixa ingestão de carboidrato (CHO). Mas será que esse tipo de dieta pode ser feita por tempo indeterminado? Será que isso não atrapalha o desempenho do treino? Esse artigo de 2016 demonstrou que um dieta com menos de 6 g CHO/Kg de peso por até 6 dias não piorou o desempenho/performance dos atletas de CROSSFIT. Entretanto, do 6º ao 9º dia, os atletas que aumentaram o consumo de carboidrato para 6-8 g CHO/Kg de peso, aumentaram o número de repetições no 9º dia quando comparado com quem manteve uma ingestão de menos de 6g CHO/Kg de peso. Ou seja, uma dieta low carb pode sim ser realizada, entretanto, com o acompanhamento de um nutricionista para avaliar por quanto tempo o atleta pode manter esse tipo de dieta levando em consideração a individualidade de cada um, bem como a fase de treinamento que a pessoa está.

Creme de couve-flor com alho-poró

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Toda última quarta-feira do mês, nossa colaboradora fixa @brunaizidro nos dará dicas práticas sobre algum dos assuntos que abordamos ao longo do mês. E hoje, temos uma receita de creme de couve-flor com alho-poró.

Em um dos posts desse mês, foi discutido o papel das brássicas em proteger nosso DNA, diminuindo o risco de câncer. Além do brócolis, outro alimento que pertence à família das brássicas é a couve-flor. Esse vegetal possui considerável valor nutricional; contendo 93% de água, sais minerais e vitaminas importantes para o organismo, com destaque para o potássio (256 mg em 100 g) e baixo valor calórico (23 kcal em 100 g). Outro benefício da couve-flor é que ela é super versátil, podendo ser consumida como molho, sopa, creme ou simplesmente como salada (lembrando que o vapor é o melhor método para evitar perda de nutrientes). Como algumas pessoas não gostam muito de consumir a couve-flor como salada, você pode incluí-la em outras preparações a fim de incluí-la na dieta. A receita deste post é de um creme de couve-flor com alho-poró. A receita é simples, fácil de fazer e rende de 3 a 4 porções – depende do tamanho da couve-flor. E o mais interessante, a receita serve como base de molho/creme, principalmente para substituir o tradicional, mas não nutritivo molho branco. Após o preparo desta receita, utilize a porção necessária e congele o restante em organizadores de vidro, devidamente etiquetados com uma pequena descrição e data. Utilize em um mês a fim de não perder o sabor e textura original. Uma dica interessante é que, ao comprar a couve-flor, escolha a que estiver mais firme e compacta, com as folhas tenras e verdes e as flores bem brancas.

Post elaborado pela nossa colaboradora fixa: Bruna Deolindo Izidro.