Diabetes tipo 2 e doença de Parkinson

Diabetes tipo 2 x Doença de (Post para Instagram)

O diabetes mellitus tipo 2 é uma doença crônica que pode aumentar o risco de várias complicações e doenças ao longo da vida, incluindo problemas neurológicos como as doenças neurodegenerativas.

Hoje compartilho uma revisão publicada agora em abril que aborda os links entre diabetes tipo 2 e Parkinson. Nessa revisão os autores discutem sobre como o diabetes tipo 2 pode contribuir para a iniciação ou progressão da doença de Parkinson.

Caso você queira saber mais sobre o assunto, segue a referência: Ribaric, S. Int J Mol Sci., 25(8):4358, 2024. Doi. 10.3390/ijms25084358

E lembre-se que a nutrição tem um papel essencial no controle do diabetes!!

Alimentação e declínio cognitivo

Alimentação e declínio cognitivo - Luana Manosso

O número de pessoas com declínio cognitivo vem crescendo nos últimos anos e, a estimativa é que nos próximo 30 anos, o número triplique, chegando a cerca de 130-150 milhões de pessoas. Embora o declínio cognitivo esteja associado a várias questões ambientais e genéticas, cada vez mais estudos investiga o papel da alimentação, em especial da dieta estilo mediterrânea.

Esse estilo de dieta tende a estar associado a diminuição no risco de desenvolver declínio cognitivo (em especial doença de Alzheimer), bem como de atrasar a progressão, (caso a doença já esteja instalada).

Se você quiser ler um artigo atualizado sobre o tema, segue uma dica de leitura: Maggi, S.;et al. Exp Gerontol., 173:112110, Mar 2023. doi: 10.1016/j.exger.2023.112110.

E quando pensamos em nutrição e envelhecimento cerebral, uma das frases que mais gosto e que faz muito sentido para mim é: “O quanto antes começar a mudar os hábitos melhor. Mas nunca é tarde demais”.

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Vitamina D e Alzheimer

A vitamina D tem inúmeros papéis para o organismo humano. No cérebro, a vitamina D influencia em muitos processos celulares envolvendo neurônios e as células da glia. Além de exercer efeito anti-inflamatório, reduzir estresse oxidativo e ter um efeito neuroprotetor, a vitamina D também parece influenciar no clearance (limpeza) da placa beta-amiloide (um dos achados da fisiopatologia da doença de Alzheimer). Por esse motivo, a vitamina D está sendo estudada para a doença de Alzheimer. Nessa revisão publicada agora em 2021, os autores colocam algumas evidências que sugerem que baixos níveis de vitamina D podem estar associados com o início e a progressão do Alzheimer. Porém, ainda existem dados controversos e por isso, segundo os autores, ainda não podemos afirmar que isso seja verdadeiro ou estabelecer algum valor para a vitamina D. Mas uma coisa é certa, como ela possui tantas funções, é importante não estar com deficiência de vitamina D. E lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina K e Alzheimer

Quando pensamos em funções da vitamina K, normalmente pensamos em função óssea e na coagulação sanguínea. Porém, a vitamina K está sendo estudada para outras funções, incluindo no cérebro. E essa revisão aborda algumas funções da vitamina K2 (uma das formas da vitamina K) pensando em prevenção e tratamento da doença de Alzheimer. Uma das funções da vitamina K é em diminuir a neuroinflamação, em especial pelo fato de modular a proteína Gas6 (que é uma carboxilase dependente de vitamina K). Além disso, a vitamina K parece diminuir estresse oxidativo e a apoptose de neurônios induzida pela beta-amiloide (uma proteína que se acumula na doença de Alzheimer). Outra possível função é através do eixo microbiota-intestino-cérebro, já que a vitamina K2 pode ser produzida pela microbiota intestinal. Porém, a maior parte dos estudos ainda são pré-clínicos, existindo a necessidade de mais estudos clínicos para avaliar doses e tempo de uso, bem como o efeito clínico. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Ômega-3 e Alzheimer

A expectativa de vida da população está aumentando cada vez mais. Porém, nem todo envelhecimento é saudável. Muitos idosos acabam desenvolvendo demência ou até doença de Alzheimer. Dessa forma, pensar em prevenção de demência e doença de Alzheimer é bem importante. De modo interessante, esse estudo de corte prospectivo avaliou as concentrações de vários ácidos graxos, incluindo ômega-3, no sangue de idosos e o risco de desenvolver demência e doença de Alzheimer. Após análises estatísticas, foi observado que os idosos que tinham uma maior concentração de EPA no sangue (um dos tipos de ômega-3 de origem animal) tinham menor risco de desenvolver doença de Alzheimer. Além disso, a maior concentração de EPA também foi associada à menor risco de demências por todas as causas e de Alzheimer nos indivíduos que não tinham o polimorfismo para a APOE4 (o principal polimorfismo que aumenta o risco de desenvolver doença de Alzheimer), mas não entre os que tinham o polimorfismo. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Alimentação e cognição

O assunto cognição é um assunto bem recorrente por aqui. Já fiz vários postes mostrando que alguns alimentos podem ajudar a melhorar a cognição. Mas não basta consumir um alimento específico. A qualidade da dieta como um todo é muito importante. Nesse estudo agora de 2020, os autores analisaram a dieta de pacientes saudáveis e de pacientes com doença de Alzheimer e observaram correlação dessa dieta com a cognição dos pacientes. Em pacientes saudáveis, foi observado que uma menor ingestão de vegetais foi associado com piora em vários aspectos da cognição. Em pacientes com Alzheimer, uma baixa aderência a uma alimentação saudável, baixa ingestão de vegetais, alto consumo de bebida alcoólica e gordura trans também foram associados com piora cognitiva. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.

Chá verde e cognição

Mês passado já mostrei estudos de questões alimentares influenciando na melhora da cognição, você lembra? Outro alimento que parece trazer benefícios é o chá verde (Camellia sinensis). Essa planta possui polifenóis (em especial catequinas), teanina (um aminoácido) e cafeína, que juntas, parecem ser os responsáveis pelos benefícios do chá verde no cérebro. Essa revisão sistemática publicada esse ano, englobando 8 artigos com mais de 37 mil pessoas avaliou o impacto do consumo de chá verde na diminuição de risco de problemas cognitivos. Embora ainda sejam necessários mais estudos para uma real certeza no efeito, existe sim uma sugestão de que o consumo de chá verde parece diminuir o risco de demências, de prejuízo cognitivo e de doença de Alzheimer. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Sono e Alzheimer

Cerca de 60% dos pacientes com doença de Alzheimer tem problemas no sono. Mas ai vem um questionamento: problemas no sono é uma das consequências das alterações do Alzheimer ou o problema no sono é um fator de risco para a doença de Alzheimer? É isso que os autores desse estudo publicado em 2019 revisam. Eles colocam que, por um lado, a progressão da doença de Alzheimer pode influenciar em regiões cerebrais que controlam o ciclo sono-vigília, podendo influenciar negativamente no sono. Por outro lado, vários estudos também demonstram que ter alteração prévia no sono pode predispor a um maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Ou seja, embora ainda se tenha dúvidas se o problema de sono é causa ou consequência, melhorar a qualidade do sono é muito importante. E a nutrição pode ajudar nisso. Procure o seu nutricionista para orientá-lo melhor.

Creatina e cérebro

Creatina é um suplemento ergogênico com efeitos comprovados no esporte. Mas você sabia que a creatina também está sendo utilizada para benefícios cerebrais? Essa publicação desse ano faz uma revisão do que já temos publicado. Após analisar dados da literatura, os autores colocam que a suplementação de creatina parece trazer benefícios principalmente em situações em que ocorre uma depleção do conteúdo de creatina cerebral, como estresse, depressão, esquizofrenia e envelhecimento. Além disso, os autores colocam que fazer uma suplementação de creatina de forma preventiva pode proteger as funções cerebrais em eventos de estresse agudo, como depleção de sono, exercício exaustivo, hipóxia ou injúria cerebral traumática. Porém, o que ainda é incerto é a dose necessária para que a creatina exerça esses efeitos. Mas acredita-se que seja necessária dosagem maior e/ou mais prolongada do que as doses de creatina utilizadas tradicionalmente no esporte. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Antioxidantes e neurodegeneração

Várias evidências sugerem que o estresse oxidativo desempenha um papel relevante no desenvolvimento e/ou piora de doenças neurodegenerativas como doença de Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose lateral amiotrófica. Esse estresse oxidativo ocorre quando temos um aumento de radicais livre e/ou diminuição de antioxidantes. Dessa forma, aumentar a ingestão de antioxidantes via dieta pode ser uma estratégia importante para ajudar a diminuir o estresse oxidativo. Nessa revisão publicada agora em 2018, os autores discutem sobre a importância de antioxidantes lipídicos nas doenças neurodegenerativas. Observa-se que os níveis sanguíneos de vitamina A, beta-caroteno, alfa-caroteno, licopeno, luteína, vitamina E e coenzima Q10 estão diminuídos em doenças neurodegenerativas. Entretanto, ainda não é claro se a suplementação com esses nutrientes traria benefício. Ou seja, o que se sabe é que é importante uma adequação na alimentação para equilibrar os níveis plasmáticos desses antioxidantes no sangue. Se será ou não necessário um complemento com suplementação, isso deverá ser analisado individualmente. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.