Triptofano e humor

Ter sintomas de depressão e ansiedade é algo relativamente comum. Ainda mais nesses tempos de pandemia que estamos passando. Por outro lado, algumas estratégias nutricionais podem nos ajudar a melhorar o humor e diminuir a ansiedade. Nessa revisão sistemática publicada agora esse ano, os autores avaliaram os efeitos do triptofano para melhorar sintomas de depressão e ansiedade em pacientes saudáveis (ou seja, que possuem sintomas mas não tem a doença diagnosticada). Após revisar vários artigos, os autores colocam que o triptofano pode diminuir sintomas de depressão e de ansiedade em pacientes saudáveis. As doses dos estudos variam de 0,14 até 3 g/dia. Aqui, vale a pena destacar, que as doses mais baixas podem ser alcançadas via alimentação (principalmente através das leguminosas e oleaginosas). Mas, dependendo da gravidade dos sintomas, também podemos pensar em suplementação. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Alimentação e ansiedade

Ansiedade é um problema bem comum entre a população. E vários fatores de estilo de vida podem influenciar no risco de ter ansiedade. Com um destaque especial para a alimentação. Nesse estudo realizado com adultos acima de 50 anos foi o investigado o papel da alimentação no risco de ter ansiedade. Após análises, foi evidenciado que o consumo aumentado de gordura saturada e de açúcar de adição aumentava o risco de ansiedade na população estudada. Na prática, cada paciente deve ser avaliado individualmente. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta, microbiota e humor

Situações como estresse, ansiedade e depressão estão cada vez mais frequentes na população. Se você me acompanha por aqui, já sabe que várias questões nutricionais podem influenciar nesses problemas. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram a presença de sintomas de depressão, ansiedade e estresse (através da escala DASS-42) em indivíduos adultos e associaram com a microbiota intestinal e com a dieta. Após análises, foi encontrado uma associação entre a escala DASS42 e 28 bactérias, incluindo uma relação inversa entre ansiedade e Bifidobacterium em mulheres e uma relação inversa entre depressão e Lactobacillus em homens. Já em relação à dieta, foi observado uma relação inversa entre o consumo de frutas e sintomas depressivos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina D e ansiedade

Transtornos psiquiátricos como a ansiedade são bem comuns entre as crianças e adolescentes com problemas renais. Nesse estudo pulicado e 2018 com crianças e adolescentes que estavam realizando diálise peritoneal ou hemodiálise foi observado que níveis baixos de 25(OH)vitamina D (≤ 15 ng/mL) foi associado com um maior risco (4,65 vezes) dessas crianças e adolescentes apresentarem ansiedade. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Neofobia alimentar e ansiedade

Muitas crianças e adolescentes tem neofobia alimentar, que é o medo de provar alimentar novos. Além disso poder causar deficiências nutricionais, também pode trazer outras consequências, incluindo neurológicas. Nesse estudo, após avaliar mais de 800 pessoas de 8 a 16 anos, os autores demonstraram que as pessoas que tinham neofobia alimentar tinham mais sintomas de ansiedade. Ou seja, variar a alimentar é importante em vários aspectos!!! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Açafrão e doenças neurológicas

A depressão e a ansiedade são dois problemas bem comuns e com grande impacto econômico, social e pessoal. Dessa forma, estratégias nutricionais para melhorar esses problemas tem ganhado importância nos últimos anos. Uma dessas estratégias é o uso do açafrão verdadeiro (Crocus sativus). Vários estudos demonstram que esse fitoterápico, que também pode ser usado na alimentação ajuda a diminuir sintomas depressivos e a ansiedade. As doses utilizadas na maioria dos estudos é de 30 mg/dia (padronizado a 3,5% de safranal). Dentre seus mecanismos de ação, os autores dessa publicação agora de 2018 destacam o papel do Crocus sativus na diminuição da inflamação e do estresse oxidativo, sua função neuroprotetora e sua modulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Mas lembre-se, individualidade é muito importante. Procure seu nutricionista para orientá-lo melhor.

Padrão alimentar, depressão e ansiedade

A depressão e a ansiedade são dois problemas que afetam inúmeras pessoas pelo mundo. Um dos fatores que pode aumentar o risco de desenvolver depressão e ansiedade é uma alimentação inadequada. As escolhas alimentares podem aumentar ou diminuir o risco de ter esses problemas. E foi exatamente isso que esse estudo publicado em 2017 avaliou. Os autores compararam dois tipos de padrão alimentar em indivíduos com mais de 65 anos: um padrão de dieta menos saudável (aumento no consumo de chocolates, doces, massas, salsichas, refrigerantes sem açúcar e açucarados, leite integral e pão branco) e um padrão de dieta mais saudável (aumento no consumo de frutas, legumes, batatas, oleaginosas, pão integral e água). Após análise estatística foi demonstrado que aqueles indivíduos com um padrão alimentar mais saudável tinham menos sintomas de depressão e ansiedade!!! Já os indivíduos com um padrão alimentar menos saudável, tinham mais chance de ter sintomas de depressão e ansiedade. Isso está de acordo com vários outros estudos que também demonstram essa relação entre alimentação e saúde mental! É importante lembrar que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o nutricionista!

Microbiota e Cérebro

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A microbiota intestinal é composta por microorganismos suficientes para representar 10x mais o número de células presentes no corpo humano, e um genoma 150x maior que o genoma humano! E esta microbiota é relacionada com a modulação da saúde humana, participando principalmente na manutenção de alterações relacionadas à Síndrome Metabólica, e recentemente aceita como um potencial modulador do comportamento humano. Nesta publicação de 2016, os autores esclareceram esta relação a partir da capacidade de modulação do eixo HPA (Hipotálamo-hipófise-adrenal) e de neurotransmissores (como adrenalina, serotonina e GABA), além da modulação da expressão gênica de proteínas que modificam padrões comportamentais (BDNF, receptores NMDA e receptores de serotonina). Sabendo disso, torna-se essencial a manutenção de uma microbiota saudável, sendo que, conforme os resultados dessa publicação, existe relação direta e indireta com a modulação de distúrbios como depressão, ansiedade e transtorno de personalidade! Vale destacar que outros mecanismos sobre como o intestino e o cérebro se correlacionam também tem sido estudados. Ressalta-se que, como já mencionado aqui no Nutrir com Ciência, a dieta pode influenciar na microbiota intestinal. Procure um nutricionista para melhor lhe orientar.