Azeite de oliva e seus benefícios em pessoas com declínio cognitivo

azeite

 

A barreira hematoencefálica (BHE) é uma barreira que envolve o cérebro e “escolhe” o que pode ou não entrar no cérebro e o que deve ou não sair do cérebro.
Dessa forma, manter uma BHE íntegra é importante para o funcionamento cerebral em geral.

Um estudo publicado dia 01 de dezembro desse ano avaliou o efeito de 30 mL/dia de azeite de oliva por 6 meses em pacientes que já tinha algum declínio cognitivo.
Após 6 meses, foi observado que o uso de azeite de oliva melhorou a integridade e função da BHE e melhorou a eliminação da beta-amiloide do cérebro, o que é importante para diminuir a progressão do declínio cognitivo para o Alzheimer.

Referência: Kaddoumi, A.; et al. Nutrients., 14:5102, 2022. Doi:10.3390/nu14235102

Azeite de oliva e sarcopenia

👉🏻A sarcopenia, definida como o declínio associado à idade na massa e função do músculo esquelético, representa um fator de risco bem estabelecido para a maioria das condições e eventos relacionados à saúde, incluindo fragilidade, fraturas e morte.

👉🏻Dessa forma, pensar em prevenção de sarcopenia é bem importante no idoso. E nesse ponto, várias questões nutricionais são importantes, com destaque para a ingestão proteica. Porém, os cuidados nutricionais devem ir além disso.

👉🏻Em uma revisão publicada em setembro desse ano, os autores abordam a importância da ingestão de azeite de oliva extravirgem na prevenção de sarcopenia.

👉🏻O azeite de oliva extravirgem possui ácidos graxos monoinsaturados (os que devem ser consumidos em maior quantidade), além de vários fitoquímicos como oleuropein e hidroxitirosol. Esses compostos possuem capacidade antioxidante e anti-inflamatória, que poderia auxiliar na prevenção da sarcopenia.

👉🏻Além disso, o azeite de oliva pode ajudar a modular o IGF-1 e a PGC1α e melhorar o funcionamento de células satélites. Esses três pontos, aliados a ação anti-inflamatória e antioxidante, podem ajudar na prevenção ou a diminuir a progressão da sarcopenia em idosos.

📚Referência: Saluccim S.; et al. Nutrients., 14, 3567, 2022. Doi: 10.3390/nu14173567 💚

Manteiga de azeite de Oliva

Trago uma #receitadanutri, aproveitando o gancho do ultimo post.  Vou passar para vocês o preparo para fazer uma espécie de manteiga de azeite de oliva com temperinhos. Ela pode ser consumida com torradinhas ou, por exemplo, junto a uma batata assada. 😍

👉🏻Ingredientes:

• Alecrim;
• Tomilho;
• Azeite de oliva.

As ervas devem ser higienizadas, despetaladas e estarem bem sequinhas para a receita. Você também vai precisar de uma forma de silicone para levar a manteiga à geladeira. 😉

Você pode escolher os temperinhos do seu gosto, estas são só algumas sugestões.

Assista ao vídeo completo no instagram https://www.instagram.com/p/Cck0R-nDnkV/

Vamos iniciar a terça-feira com um #dicadanutri 😉

Vamos iniciar a terça-feira com um #dicadanutri 😉

👉🏻Separei algumas dicas valiosas para quem quer escolher um bom azeite de oliva. Confira:

• Opte pelo azeite de oliva extravirgem e sem misturas com outros óleos. Observe a lista de ingredientes;
• Escolha um azeite cuja embalagem seja de vidro e de cor âmbar;
• Na hora da compra, opte por pegar os vidros que ficam no fundo da prateleira, armazenados longe da iluminação;
• Quanto menor a acidez, mais compostos fenólicos e, assim, maior o número de benefícios;
• Observe a data de fabricação. Quanto mais jovem o azeite de oliva, melhor;
• Opte por azeite que foi envazado no mesmo local de origem. Quando o azeite de oliva vem de um país (ex: Portugal), mas é envasado no Brasil, existe mais risco de ocorrer alguma adulteração no produto, como mistura com outros óleos.

Ainda sobre o azeite de oliva, teremos um #receitadanutri, com uma sugestão super deliciosa! 😍

Azeite de oliva e saúde da mulher

O azeite de oliva é um alimento cujas propriedades vêm sendo estudadas desde o século VII a.C. Ele é um dos alimentos mais estimulados na “dieta do mediterrâneo”, já que cerca de 70% de todo o azeite de oliva é produzido pelos países do mediterrâneo.  O azeite de oliva é constituído predominantemente de ácido oleico (considerado um ácido graxo monoinsaturado – que deveria ser o principal ácido graxo consumido na dieta). Além disso, o azeite de oliva extravirgem possui inúmeros polifenóis, incluindo hidroxitirosol, oleuropeína. O azeite de oliva e seus polifenóis estão sendo estudados para vários benefícios à saúde. De modo interessante, esse estudo de 2021 investigou o papel desse alimento na saúde da mulher. Os autores colocam vários estudos em animais e humanos que investigam o papel do azeite de oliva e/ou de seus polifenóis no câncer de mama, câncer de ovário, osteoporose pós-menopausa e para controle de glicemia e dislipidemia nas mulheres pós-menopausa. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para avaliar a quantidade de azeite de oliva que é interessante usar para o seu caso.

Azeite de oliva e depressão

Ter um bom padrão alimentar é essencial para pacientes com depressão. Um dos alimentos que parece ser interessante é o azeite de oliva extra virgem. Nesse estudo clínico publicado agora de 2021, os autores avaliaram o impacto do consumo de 25 mL de azeite de oliva ou óleo de girassol (controle) por 52 dias em pacientes com depressão. Após análises estatísticas, foi observado que o consumo de azeite de oliva diminuía os sintomas depressivos em casos graves de depressão, mas não em casos leves ou moderados. Isso sugere que o uso de azeite de oliva pode ser uma das estratégias a serem pensadas para depressão. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Azeite de oliva e função vascular

A hiperglicemia pós-prandial pode ser um dos fatores que contribui para a manifestação de aterosclerose precoce em pacientes com diabetes tipo 1 (DM1). Uma das formas de diminuir essa hiperglicemia é adicionando gordura, proteína ou fibra na refeição. Porém, dependendo do alimento, o impacto pode ser diferente. Nesse estudo, os autores avaliaram o efeito de adicionar azeite de oliva extravirgem ou manteiga em uma refeição com alto índice glicêmico em parâmetros de função endotelial em pacientes com DM1. Após análises, foi observado que a adição de azeite de oliva extravirgem melhorou a função endotelial quando comparado com quem usou manteiga. Porém, vale a pena destacar que o ideal é ajustar a refeição por inteiro e não apenas adicionar azeite de oliva. Por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Azeite de oliva e tireoide

Tanto o azeite de oliva extravirgem quanto o extrato da folha da oliveira têm sido estudados para vários benefícios à saúde. Ambos os produtos possuem inúmeros fitoquímicos, que são responsáveis, pelo menos em parte, pelos benefícios atribuídos a esses alimentos. Temos vários estudos avaliando o efeito desses alimentos no câncer, doença cardíaca coronária, hipertensão, doença neurodegenerativa, entre outras. Nessa revisão de 2021, os autores abordam o papel do azeite de oliva e das folhas da oliveira no funcionamento da tireoide. Após selecionar os estudos que avaliam o azeite de oliva ou as folhas de oliveira no funcionamento da tireoide os autores colocam que esses alimentos parecem auxiliar no funcionamento dessa glândula, porém, os estudos ainda são todos em animais. Dessa forma, ainda não podemos afirmar que a ingestão desses alimentos também irá beneficiar a tireoide de humanos. Porém, já sabemos de vários outros benefícios do azeite de oliva em humanos, sem contar que a gordura contida nele é a gordura que devemos ingerir em maior quantidade. Não sabe o quanto usar de azeite de oliva? Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Polifenóis e diabetes

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença muito comum na população. E não é nenhuma novidade que a alimentação tem um papel muito importante na prevenção e tratamento dessa doença. Inúmeros fatores alimentares podem influenciar, mas, nesse artigo de 2021, os autores abordam o papel de polifenóis da dieta na prevenção de DM2. Polifenóis são compostos derivados de plantas que trazem vários benefícios para a saúde, incluindo diminuição de inflamação e de estresse oxidativo, que podem estar associados à várias questões da fisiopatologia do DM2. Embora ainda precisamos de mais estudos para podermos afirmar que um determinado alimento vai diminuir o risco de DM2, os autores citam alguns alimentos que estão sendo estudados, como por exemplo grãos integrais, frutas (em especial as vermelhas e roxas e as frutas cítricas), vegetais (com destaque para o brócolis e cebolas), azeite de oliva, chá verde, café e cacau. Mas lembre-se, o padrão alimentar é muito importante quando se pensa em diabetes. Por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

 

Ácido oleico e cognição

O declínio da função cognitiva aumenta com o envelhecimento. Embora o cérebro vai envelhecer junto com o corpo, a trajetória do envelhecimento cerebral pode mudar de pessoa para pessoa. Um dos fatores que influencia no funcionamento do cérebro é a alimentação. Nesse estudo clínico avaliando idosos Japoneses, os autores avaliaram questões alimentares e correlacionaram com 2 testes para avaliar a cognição. Após análises, foi observado que as pessoas que consumiam mais ácidos graxos monoinsaturados (MUFA), em especial o ácido oleico (presente em maior quantidade no azeite de oliva) tinham melhor desempenho nos 2 testes cognitivos avaliados. Por isso, procure um nutricionista para ajustar sua dose de ácido oleico na dieta.