Dieta e sono em gestante

Estima-se que quase 50% das gestantes têm piora na qualidade do sono, em especial no terceiro trimestre. Uma baixa qualidade do sono, além de trazer cansaço, pode estar aumentar o risco de outros problemas, incluindo maior risco de nascimento prematuro. Enquanto que uma boa qualidade do sono está associado a um melhor score Apgar (que serve para avaliar a vitalidade de recém-nascidos no primeiro e no quinto minuto de vida). Se você me acompanha por aqui, com certeza já sabe que a alimentação pode impactar na qualidade do sono. De modo bem interessante, esse artigo de 2020 avaliou a qualidade do sono de gestantes na 16ª semana e na 34ª semana de gestação e analisou o impacto de uma aderência à dieta do mediterrâneo e de alguns alimentos específicos. Após análises, foi observado que um maior consumo de frutas melhorou a qualidade do sono na 16ª semana. Além disso, um maior consumo de azeite de oliva extra virgem e uma maior aderência à dieta do mediterrâneo foram capazes de melhorar a qualidade do sono tanto na 16ª semana quanto na 34ª semana de gestação. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para uma orientação mais individualizada.

Polifenois e RI

A resistência à insulina (RI) é caracterizada pelo prejuízo da responsividade da insulina em alguns tecidos. Essa perda de função da insulina acaba aumentando a glicemia e gerando inflamação e estresse oxidativo. E, por isso, pode predispor à outros problemas, incluindo diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. Vários fatores podem contribuir para a RI, incluindo obesidade, alteração no metabolismo lipídico, disbiose, inflamação crônica, falta de exercício físico, etc. Por outro lado, algumas questões alimentares parecem ajudar a diminuir a RI. Entre elas, os polifenóis estão sendo estudados. Nessa revisão agora de 2020, os autores abordam os principais polifenóis que estão mostrando resultados benéficos na diminuição da RI. Primeiramente os autores comentam de estudos que mostram que o aumento de flavonoides gerais na dieta e ter uma alimentação mais saudável, com mais frutas, verduras, grão integrais, e, por consequência, com mais polifenóis, diminui o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Pensando em polifenóis específicos (consumidos via alimento), os autores colocam estudos trazendo benefício dos seguintes polifenóis: epicatequinas (presentes no cacau), EGCG (chá verde), antocianinas (frutas vermelha / roxas), compostos fenólicos (café e azeite de oliva), estilbenos/resveratrol (uva, mirtilo) e polifenóis das oleaginosas. Porém, ainda existem resultados controversos. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Fibromialgia e nutrição

A fibromialgia é uma síndrome multifatorial de etiologia desconhecida, caracterizada por dor crônica generalizada e várias manifestações somáticas e psicológicas. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar combinando estratégias farmacológicas e não farmacológicas. Das estratégias não farmacológicas, evidências recentes sugerem um benefício da nutrição. Embora ainda não podemos afirmar 100% alguma coisa, das principais estratégias suplementares que poderiam trazer benefício para a fibromialgia, os autores colocam a vitamina D, o magnésio, o ferro e o uso dos probióticos. Pensando em alimentação, incluir o azeite de oliva, ter uma dieta vegetariana ou seguir um estilo de dieta mediterrânea ou uma dieta baixo em FODMAP parecem aliviar os sintomas de fibromialgia. Além disso, também temos alguns estudos com dieta sem glúten, dieta sem aspartame e dieta sem glutamato monossódico. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Azeite de oliva e pressão

Em março eu postei um artigo falando dos benefícios do azeite de oliva para o colesterol. Mas os efeitos desse alimento pensando em saúde cardiovascular vai muito além. Nesse artigo agora de 2020, os autores mostram vários estudos epidemiológicos e estudos clínicos que demonstram que o consumo de azeite de oliva pode estar associado com melhor controle de pressão arterial. Pensando em mecanismos de ação, o que a literatura vem propondo é que o consumo de azeite de oliva ajuda a diminuir inflamação estresse oxidativo, angiotensina II e ajuda a aumentar a enzima eNOS, aumentando a produção de óxido nítrico. Mas vale destacar que a escolha de um bom azeite de oliva é super importante. Além disso, outras questões alimentares estão associadas com o controle de pressão arterial. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Azeite de oliva e colesterol

Em novembro do ano passado fiz um poste sobre azeite de oliva podendo auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares. Uma das situações que aumenta o risco dessas doenças é o aumento no colesterol total, em especial do LDL-colesterol. Nessa revisão publicada agora em 2020, os autores abordam o impacto do azeite de oliva nos níveis de LDL-c, e na capacidade antioxidante e anti-inflamatória da HDL-c. Após analisar vários artigos, os autores colocam que temos evidências de que o azeite de oliva extra virgem ajuda a diminuir a aterogenicidade da LDL e a aumentar o efluxo de colesterol pelos macrófagos (ou seja, aumentar a HDL). Além disso, o azeite de oliva e seus constituintes parecem também melhorar a ação antioxidante e anti-inflamatória da HDL. Porém, mais estudos ainda são necessários. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Ele vai te orientar sobre qual deve ser o consumo de azeite de oliva.

Azeite de oliva e DCV

O azeite de oliva extra virgem é um alimento que está ganhando destaque nos últimos anos. Ele possui ácido oleico (um ácido graxo monoinsaturado), além de vitamina E, polifenóis (como tirosol, hidroxitirosol e oleuropein) e esqualeno. Várias pesquisas estão avaliando os possíveis benefícios desse alimento para a saúde humana. Nessa revisão de 2019, os autores revisaram dados sobre o azeite de oliva e doenças cardiovasculares (DCV). Os autores colocam que, embora ainda sejam necessários mais estudos em humanos, existe sugestões de que o azeite de oliva pode auxiliar a diminuir o risco de DCV, em especial por diminuir a inflamação e o estresse oxidativo (que são duas situações associadas com a DCV). Porém, para um benefício do azeite de oliva, é importante que ele seja de boa qualidade e que tenha boas condições de armazenamento. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Alimentação e cognição

Com o passar da idade, a capacidade cognitiva e a memória das pessoas vai piorando. Essa alteração na cognição pode estar associada à vários fatores. Mas você sabia que a alimentação pode ajudar na melhora da memória e cognição? Foi sobre isso que palestrei semana passado no XV Congresso Internacional de Nutrição Funcional. Nos próximos dois postes, vou colocar dois dos vários estudos que mostrei na palestra. Esse estudo publicado em 2019 avaliou a alimentação de quase 17 mil pessoas ao longo de aproximadamente 20 anos através de 5 escores diferentes para avaliação de alimentação saudável. Depois de 20 anos, 2443 pessoas desenvolveram prejuízo cognitivo. Após análises, foi observado que aqueles que tinham uma alimentação mais saudável (com mais frutas, verduras, azeite de oliva e menos carnes vermelhas, industrializados e alimentos açucarados) tinham menor risco de ter prejuízo cognitivo. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista.

Azeite de oliva

O Nutrir com Ciência já mostrou um estudo de revisão que investigou o papel neuroprotetor do azeite de oliva extra virgem, cujos compostos fenólicos conferem efeito protetor no cérebro por diminuir estresse oxidativo e inflamação. Não obstante, aprendemos sobre especiarias que possuem efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e antidiabéticos.

Uma indicação bem difundida da presença destes na alimentação, são por combinarem perfeitamente com saladas.

Mas podemos ainda juntá-los adicionando mais sabor, de uma maneira prática, englobando-os em outras preparações culinárias de nosso cotidiano, como base de qualquer receita salgada preparada na panela ou simplesmente passando direito em torradas e pães, em substituição aos industrializados ofertados em mercados, repletos de sódio e conservantes.

Sendo assim, faça a devida combinação de acordo com seu paladar e monte, com muita praticidade, seus cubos aromáticos:

Ingredientes: alecrim, tomilho, louro, salsa, pimenta-do-reino, orégano e azeite de oliva extra-virgem.

Modo de preparo: Separe as folhas dos talos e misture todos os ingredientes já picados, dispondo-os em forminhas de gelo. Acrescente o azeite de oliva extra virgem  até completar os cubinhos da forma. Cubra com filme plástico coloque no freezer até virar um lindo cubo aromático a ser utilizado em diversas preparações.

Vale lembrar que quanto mais fresca as ervas aromáticas, mais intenso será seu sabor, embora também possam ser utilizadas as desidratadas.

Por: Bruna Deolindo Izidro.

Azeite e cérebro

Doenças neurológicas como AVC, Alzheimer e Parkison estão associadas com alta morbidade e mortalidade. Mas existem poucas ou nenhuma opções efetivas de tratamento. Assim, a prevenção é sempre a melhor opção. Esse estudo de revisão investigou o papel neuroportetor do azeite de oliva extra virgem. O azeite de oliva extra virgem possui mais de 200 compostos químicos diferentes, incluindo os compostos fenólicos. Os principais compostos estudados como tendo um papel na neurodegenaração são: oleuropeina, hidroxitirosol, oleocantal e tirosol. Acredita-se que essas substâncias podem conferir esse efeito protetor no cérebro por diminuir estresse oxidativo e inflamação e diminuir as vias fisiopatologicas envolvidas no desenvolvimentos das doenças neurológicas, como diminuição da beta amiloide (envolvida na doença de Alzheimer) e proteçao contra a 6(oh)dopamina (envolvida na doença de Parkinson). Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Café da manhã e síndrome metabólica

Dados recentes mostram que 25% da população mundial possui Síndrome Metabólica (SM), e esta alteração de saúde está relacionada com o desenvolvimento de outras doenças, como as doenças cardiovasculares. Modificações no estilo de vida podem contribuir para a reversão deste quadro, uma vez que essa alteração tem relação estreita com os hábitos alimentares. Sabendo disso, essa publicação de 2017 decidiu testar dois padrões de café da manhã, e avaliar marcadores inflamatórios e clínicos relacionados com a SM. Os autores avaliaram 80 indivíduos com sobrepeso e que cumpriam os critérios de diagnóstico da SM. Os participantes receberam 2 tipos de café da manhã isocalórico (4 semanas de cada um dos tipos de café da manhã), intercalados por 2 semanas de washout (período sem seguir nenhum dieta específica). O padrão de café da manhã que os autores chamaram de “café da manhã brasileiro” foi enriquecido com gordura saturada, e o “café da manhã modificado” foi composto por gordura insaturada e fibras provenientes de azeite de oliva e castanhas. Ao final do estudo os autores observaram um aumento de pressão arterial, circunferência da cintura, glicemia e marcadores inflamatórios no grupo que consumiu o “café da manhã brasileiro”, concluindo que uma intervenção dietética não saudável, mesmo que por um curto período de tempo, já é suficiente para trazer prejuízos à saúde! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.