Café da manhã e síndrome metabólica

Dados recentes mostram que 25% da população mundial possui Síndrome Metabólica (SM), e esta alteração de saúde está relacionada com o desenvolvimento de outras doenças, como as doenças cardiovasculares. Modificações no estilo de vida podem contribuir para a reversão deste quadro, uma vez que essa alteração tem relação estreita com os hábitos alimentares. Sabendo disso, essa publicação de 2017 decidiu testar dois padrões de café da manhã, e avaliar marcadores inflamatórios e clínicos relacionados com a SM. Os autores avaliaram 80 indivíduos com sobrepeso e que cumpriam os critérios de diagnóstico da SM. Os participantes receberam 2 tipos de café da manhã isocalórico (4 semanas de cada um dos tipos de café da manhã), intercalados por 2 semanas de washout (período sem seguir nenhum dieta específica). O padrão de café da manhã que os autores chamaram de “café da manhã brasileiro” foi enriquecido com gordura saturada, e o “café da manhã modificado” foi composto por gordura insaturada e fibras provenientes de azeite de oliva e castanhas. Ao final do estudo os autores observaram um aumento de pressão arterial, circunferência da cintura, glicemia e marcadores inflamatórios no grupo que consumiu o “café da manhã brasileiro”, concluindo que uma intervenção dietética não saudável, mesmo que por um curto período de tempo, já é suficiente para trazer prejuízos à saúde! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Azeite de oliva vs manteiga

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O controle da glicemia (glicose/açúcar no sangue) é de extrema importância para a saúde. O aumento da glicemia aumenta o risco de diabetes, de doenças cardiovasculares, entre outras doenças. O aumento da glicemia ocorre, principalmente, pelo consumo de alimentos com carboidratos. Mas estratégias nutricionais podem ajudar a controlar o aumento da glicose induzido pelo carboidrato. Uma dessas estratégias é a utilização de gorduras junto com a refeição. Entretanto, esses dois artigos publicados nesse ano mostraram que o tipo de gordura influencia no controle da glicemia. O primeiro estudo, publicado por Bozzetto e colaboradores, mostrou que quando pacientes com diabetes mellitus tipo 1 consumiam uma refeição com alto índice glicêmico (que aumenta bastante a glicemia) associada com 37 g de azeite de oliva extra virgem, o aumento da glicemia nos primeiros 180 minutos foi menor do que nos pacientes que consumiam a refeição com 43 g de manteiga. Ou seja, o azeite de oliva extra virgem controlou melhor a glicemia do que a manteiga. Mas por que será que isso acontece? No segundo estudo, publicado por Carnevale e colaboradores, foi demonstrado que, em pacientes com glicemia em jejum alterada, a adição de 10 g de azeite de oliva extra virgem junto com a refeição conseguiu diminuir em 20% a glicemia. Além disso, o azeite de oliva extra virgem conseguiu aumentar os níveis de GLP-1, que é uma incretina importante para o controle da glicemia, além de diminuir o apetite e ter efeitos cardioprotetores. Ou seja, adicionar azeite de oliva extra virgem nas principais refeições pode ser uma estratégia interessante para o controle glicêmico e aumento de GLP-1. Vale lembrar que o excesso nunca é interessante. Dessa forma, procure um nutricionista para saber qual a quantidade de azeite ideal para você e como fazer para escolher um bom azeite de oliva.