Cafeína e oxidação de gordura

Vários estudos sugerem que a cafeína pode ajudar na oxidação (“queima”) de gordura durante o exercício físico. Porém, alguns estudos são contraditórios. Essa meta-análise publicada agora em 2020 avaliou justamente isso. Após avaliar 19 estudos, observou-se que SIM, a ingestão de cafeína de forma aguda ajuda a queimar gordura durante o exercício físico. Porém, para exercer esse efeito, é necessário pelo menos 3,0 g/kg de peso. Além disso, esse efeito é mais significativo em pessoas sedentárias do que em pessoas bem treinadas. De acordo com seu peso, essa dose pode ser alcançada via alimento (ex.: café) ou via suplemento. Porém, um ponto bem importante: sabemos que a cafeína não faz bem para todas as pessoas. Existem polimorfismos relacionados a cafeína que devem ser levados em consideração. Então, antes de sair tomando dose alta de cafeína, procure um bom Nutricionista para orientá-lo melhor.

 

Café e cérebro

O consumo de café tem sido estudado para várias doenças neuropsiquiátricas. Em algumas delas o café parece diminuir o risco de desenvolver a doença. Em outras o café parece aumentar o risco. Nos últimos anos, alguns estudos também estão demostrando efeitos diferentes de acordo com o sexo. E foi sobre isso que essa revisão agora de 2020 abordou. Após analisar vários artigos, os autores separam os efeitos de acordo com o problema neuropsiquiátrico:

            – Acidente vascular cerebral (AVC): ingestão de cafeína é protetora. Maior efeito em mulheres do que em homens.

          – Distúrbios do sono: cafeína aumenta o risco de piora no sono. Efeito parecido entre homens e mulheres.

             – Demência: ingestão de cafeína tem efeito protetor. Maior efeito em mulheres.

            – Doença de Parkinson: ingestão de cafeína tem efeito protetor. Maior efeito em homens.

        – Depressão: na vida adulta, cafeína diminui risco de depressão em mulheres. Na adolescência, cafeína aumenta o risco de depressão, principalmente em homens.

Entretanto, ainda são necessários mais estudos. Além disso, vale destacar que existem polimorfismos envolvidos na metabolização da cafeína e que isso pode influenciar no efeito.  Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Polifenois e RI

A resistência à insulina (RI) é caracterizada pelo prejuízo da responsividade da insulina em alguns tecidos. Essa perda de função da insulina acaba aumentando a glicemia e gerando inflamação e estresse oxidativo. E, por isso, pode predispor à outros problemas, incluindo diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. Vários fatores podem contribuir para a RI, incluindo obesidade, alteração no metabolismo lipídico, disbiose, inflamação crônica, falta de exercício físico, etc. Por outro lado, algumas questões alimentares parecem ajudar a diminuir a RI. Entre elas, os polifenóis estão sendo estudados. Nessa revisão agora de 2020, os autores abordam os principais polifenóis que estão mostrando resultados benéficos na diminuição da RI. Primeiramente os autores comentam de estudos que mostram que o aumento de flavonoides gerais na dieta e ter uma alimentação mais saudável, com mais frutas, verduras, grão integrais, e, por consequência, com mais polifenóis, diminui o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Pensando em polifenóis específicos (consumidos via alimento), os autores colocam estudos trazendo benefício dos seguintes polifenóis: epicatequinas (presentes no cacau), EGCG (chá verde), antocianinas (frutas vermelha / roxas), compostos fenólicos (café e azeite de oliva), estilbenos/resveratrol (uva, mirtilo) e polifenóis das oleaginosas. Porém, ainda existem resultados controversos. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Cafeína e Parkinson

Em maio eu fiz um post falando que o café com cafeína podia ajudar na cognição, você lembra? Recentemente saiu essa meta-análise mostrando associação do consumo de cafeína com a doença de Parkinson. Após analisar vários artigos e fazerem meta-análise, os autores dessa publicação demonstraram que o consumo de cafeína pode ajudar a diminuir o risco de doença de Parkinson e que também parece diminuir a progressão dessa doença neurodegenerativa. Porém, vale lembrar que excesso de cafeína pode trazer alguns problemas para algumas pessoas. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Café e cognição

O café é uma bebida bastante consumida no mundo todo. Vários benefícios estão sendo atribuídos ao consumo de café. Vários estudos epidemiológicos sugerem a associação do consumo de café com a melhora na performance cognitiva. Acredita-se que isso ocorra, em especial, pelo conteúdo de cafeína, que melhora a atenção e vigilância. Mas poucos estudos exploram o efeito do café descafeinado e da ingestão de cafeína do café na melhora da cognição. E foi isso que esse estudo fez. Avaliou idosos acima de 60 anos e investigou a associação entre a ingestão de café total, café descafeinado, café com cafeína e ingestão de cafeína do café com desempenho cognitivo. Após analisar mais de 2500 idosos, foi observado que a ingestão total de café, café com cafeína e cafeína vinda do café estava associada a uma melhora na cognição desses idosos. Porém, nesse estudo, não foi observado associação entre café descafeinado e cognição. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Café e bike

A cafeína é um dos recursos ergogênicos mais estudados. Entretanto, a maioria dos estudos focam na suplementação dessa substância. De modo interessante, esse artigo publicado agora em 2019 avaliou o impacto na ingestão de café na performance de ciclistas durante teste de 5 km. Para isso, eles deram 0,09 g/Kg de café (contendo 3 mg/kg de cafeína) 60 minutos antes do teste de ciclismo. De forma interessante, beber o café melhorou a performance no teste, demonstrando que não é obrigatório trabalhar com a suplementação de cafeína. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Antioxidantes e hipertensão

O aumento da pressão arterial é um problema comum e que pode aumentar o risco de várias outras doenças. Um dos fatores que contribuem para a hipertensão arterial (HAS) é o estresse oxidativo, caracterizado por um desbalanço entre produção de pró-oxidantes e antioxidantes. Antioxidantes são substâncias que inibem a oxidação e neutralizam os efeitos negativos dos radicais livres. Pensando em antioxidantes, temos um papel bem importante da alimentação. Vários alimentos possuem substâncias com capacidade antioxidante, em especial as frutas, vegetais, chocolate amargo, café, chás, especiarias e temperos, etc. Nesse estudo, foram acompanhadas em mais de 40 mil mulheres, acompanhadas por mais de 12 anos e observado 9350 novos casos de HAS ao longo desses anos de acompanhamento. De forma interessante, os autores observaram uma correlação entre a capacidade antioxidante total (TAC) da dieta e o risco de HAS. As mulheres que tinham uma maior TAC, ou seja, consumiam mais alimentos com capacidade antioxidante, tinham um risco 15% menor de desenvolver HAS. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Café e obesidade

O café é uma bebida bem popular e que, além de cafeína, possui outros compostos que podem trazer benefício à saúde, como vários polifenóis e ácido clorogênico. Alguns estudos tem investigado o efeito do consumo de café na obesidade. Mas ainda não existe consenso. Nessa meta-análise publicada agora em 2019, os autores avaliaram o consumo de café no peso e na circunferência de cintura de homens e mulheres. Após análises, foi observado que as pessoas que consumiam mais café tinham um peso menor e menos circunferência da cintura. Porém, esse efeito ocorreu de forma mais significativa apenas no sexo masculino. Vale destacar que ainda são necessários mais estudos e que a inclusão de café tem que ser acompanhada por uma dieta equilibrada. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

 

Cafeína e depressão

A dieta é um fator modificável que pode influenciar na depressão. A cafeína é uma das substâncias que estão sendo estudadas para auxiliar na diminuição dos sintomas depressivos. A cafeína (encontrada no café, chimarrão, chá verde, chocolate amargo) consegue atravessar a barreira hematoencefálica e atingir o cérebro, podendo exercer vários efeitos. Porém, em relação ao seu papel nos sintomas depressivos, os dados ainda são controversos. Nesse estudo publicado em 2019 os autores avaliaram se existe associação entre a ingestão de cafeína e sintomas depressivos em quase 5 mil indivíduos. Após fazer 3 modelos de ajustes metodológicos, em dois deles foi observado uma relação inversa entre o consumo de cafeína e os sintomas depressivos, ou seja, quem ingeriu mais cafeína tinha menos sintomas. Porém, vale destacar que existem vários polimorfismos para a cafeína e que o excesso dessa substância também pode trazer algumas consequências. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Alimentos e doença cardiovascular

A morte por doenças cardiovasculares (DCV) está cada vez mais comum. Por outro lado, fatores de vida, incluindo a nutrição, tem um papel relevante na prevenção e tratamentos das DCV. Nessa revisão de 2018 os autores pontuam que os principais alimentos que parecem ter um efeito cardioprotetor são: oleaginosas e sementes, frutas (romã, cítricos, maçã, berries, uvas) e verduras, peixes e produtos marinhos, chá verde, chocolate amargo, açafrão da terra, alho e café. Mas lembra-se, antes de tornar essa informação um senso comum, procure um bom nutricionista. Ele vai orientar o que é melhor para você!