Suplementos e diabetes gestacional

Essa semana estou falando sobre o diabetes gestacional. Terça-feira mostrei um estudo falando do impacto de bebidas no risco de desenvolver diabetes durante a gestação. O estudo que trago hoje é uma meta-análise que investigou o papel de vários suplementos nutricionais na capacidade de diminuir o estresse oxidativo em mulheres com diabetes gestacional. O diabetes gestacional pode piorar o estresse oxidativo nas mulheres grávidas, o que pode trazer várias consequências. Por isso, pensar em estratégias para diminuir esse estresse oxidativo é bem interessante. E essa meta-análise agora de 2021 demonstrou que vários suplementos conseguem fazer isso, que foram: vitamina D, vitamina D + cálcio, ômega-3 + vitamina E, magnésio + zinco + cálcio e probióticos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista. Ele vai avaliar o seu caso e identificar o que você deve ou não suplementar.  Por fim, vale a pena destacar que suplementar não elimina a necessidade de fazer ajustes na alimentação. A alimentação continua tendo o papel mais importante quanto falamos de diabetes gestacional.

Cálcio e DCV

Cálcio é um nutriente importante para a saúde óssea. Mulheres na pós-menopausa tem risco aumentado de osteoporose. Nesse âmbito, vários estudos começaram a investigar o efeito do aumento da ingestão de cálcio ou a suplementação com esse mineral no que tange saúde óssea. Porém, alguns estudos observaram um problema, que foi o aumento no risco de doenças cardiovasculares (DCV). De modo interessante, essa meta-análise publicada agora em 2021 avaliou a ingestão alimentar e a suplementação de cálcio e se tinham correlação com o risco de DCV. O primeiro resultado da meta-análise é que a suplementação de cálcio foi associada à 15% mais risco de DCV e 16% mais risco de doença coronariana. Depois disso, os autores fizerem análises de subgrupos e observaram que as doses que aumenta o risco desses problemas são doses de cálcio via alimentar de 700-1000 mg por dia e suplementação de cálcio de 1000 mg por dia. Ou seja, talvez chegar as recomendações de cálcio de 1000 mg (dose que normalmente é recomendada) não seja tão interessante. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Eletrólitos e pressão arterial

Um aumento da pressão arterial aumenta o risco de aterosclerose, problemas renais e problemas cardiovasculares. Dos vários fatores dietéticos que podem influenciar na pressão, tem-se um destaque para eletrólitos como sódio, potássio, magnésio e cálcio. Nesse estudo publicado em 2019, os autores revisaram 32 meta-análises que investigaram o papel desses 4 eletrólitos nos valores de pressão arterial. De maneira geral, a maioria dos estudos demonstram o benefício do aumento de magnésio e potássio e de uma menor ingestão de sódio/sal nos níveis de pressão arterial sistólica e diastólica. Além disso, uma ingestão adequada de cálcio parece reduzir o risco de hipertensão durante a gestação. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele irá ajustar a sua dieta de acordo com suas necessidades.

Prebiótico e osso

Mês passado falamos do intestino para a melhora do fígado. Mas os estudos mostrando os benefícios de modular o intestino não param. Nesse estudo de revisão publicado em 2018 os autores colocam o papel dos prebióticos (que funcionam como os “alimentos” para as bactérias do nosso intestino) no metabolismo ósseo. Os autores colocam que o uso de prebióticos pode melhorar o funcionamento intestinal, melhorar a microbiota e diminuir a permeabilidade intestinal e, tudo isso, contribui para diminuir a inflamação e melhorar o metabolismo ósseo. Além disso, os prebióticos ajudam a melhorar o metabolismo do cálcio, melhorando a absorção desse nutriente que é importante para a saúde óssea. Não sabe como adicionar probióticos no seu dia-a-dia?! Procure o seu nutricionista!

Cálcio e câncer de próstata

O novembro azul é destinado a prevenção do câncer de próstata. Pensando em nutrição, a ingestão de cálcio é um dos assuntos estudados na literatura. Essa meta-análise publicada esse ano investigou se a alta ingestão de cálcio aumenta ou não o risco de câncer de próstata. Após analisar 12 estudos, com mais de 905 mil homens, os resultados da meta-análise demonstraram que uma alta ingestão de cálcio (acima de 750 mg/dia) foi associada com mais risco de câncer de próstata. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Cálcio e mortalidade

O risco de mortalidade associado com a alta ingestão de cálcio é discutido na ciência. Nesse estudo com mais de 34 mil indivíduos, foi avaliado se a ingestão de mais de 1400 mg/dia de cálcio estava associada ao risco de mortalidade em homens e mulheres. Após análises, foi demonstrado que, em mulheres, não houve associação. Porém, em homens, a ingestão de mais 1400 mg/dia aumentou 42% o risco de mortalidade por todas as causas. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista.

Cálcio e TPM

Muitas mulheres sofrem de TPM! Estima-se que 70-90% das mulheres em idade reprodutiva possuem algum sintoma de TPM. Mas você sabia que existem várias estratégias nutricionais para ajudar a aliviar os sintomas? Nesse estudo publicado em 2017 foi avaliado o efeito da suplementação de cálcio nos sintomas da TPM. Terminaram o estudo 64 mulheres. Elas receberam, por 2 meses, a suplementação com 500 mg/dia de cálcio ou placebo. Após o término do estudo, observou-se que o grupo que recebeu a suplementação com cálcio melhorou mais os sintomas de ansiedade, depressão, mudanças emocionais, retenção de líquido e mudanças somáticas! Ou seja, a suplementação com cálcio pode ser uma das estratégias para auxiliar na redução dos sintomas de TPM. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!