Você sabia que as calorias durante o ciclo menstrual de uma mulher podem mudar?

Luana Manosso (1080 × 1350 px) (4)

As mulheres possuem tantas oscilações hormonais que nos últimos anos alguns estudos têm avaliado sobre mudanças nas necessidades energéticas durantes as fases do ciclo menstrual.

O que alguns estudos sugerem é que na fase lútea (após ovulação), as mulheres têm necessidades energéticas mais altas do que na fase folicular.

E as mudanças não param por aí… me acompanhe que continuarei falando sobre isso no próximo post.

Calorias e sono

Adolescentes, em especial os que são obesos, têm mais risco de alteração na qualidade do sono. Por outro lado, ajustar a alimentação (qualitativamente e quantitativamente) parece ajudar. Nesse estudo publicado agora em 2021, os autores avaliaram o impacto de duas intervenções em adolescente obesos e com peso normal: ou eles tinham 3 dias de dieta livre (comendo a quantidade calórica que desejassem) ou 3 dias de dieta com controle de calorias (eucalórica). Essa dieta eucalórica tinha 52% de carboidrato, 30% de gordura e 18% de proteína. Em relação as calorias, a distribuição nas refeições foi de: 25% no café da manhã (7:30), 30% no almoço (12:00), 15% no lanche da tarde (17:30) e 30% no jantar (19:00). Vale destacar que todos os participantes fizeram as duas intervenções, separados por 10 dias de washout. Após análises, o primeiro dado observado foi que os obesos, quando estavam nos 3 dias de dieta livre, ingeriam mais calorias. Em obesos, a dieta com controle de calorias foi associada com menor tempo para pegar no sono e menos tempo no sono superficial. Além disso, foi observado algumas correlações interessantes: quanto maior a ingestão calórica, em especial no jantar, pior a eficiência do sono, maior o tempo de latência para iniciar o sono e menor tempo de sono profundo. Porém, vale destacar que foi um estudo pequeno e que mais estudos são necessários. Mas sim, temos evidências sobre a importante em controlar o consumo calórico quando pensamos em qualidade do sono. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta e menarca

A menarca (primeira menstruação) precoce (antes dos 12 – 12,8 anos, dependendo da etnia) pode estar associada a um risco aumentado de algumas doenças, incluindo alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares. Mas você sabia que várias questões ambientais podem aumentar o risco dessa menarca precoce? E uma dessas questões ambientais é a alimentação e a quantidade de alguns macronutrientes. De forma bem interessante, essa meta-análise publicada agora de 2020 observou que alguns macronutrientes aumentam o risco e outros diminuem o risco de menarca precoce. Após análises, foi observado que uma dieta com aumento de calorias, aumento de ingestão proteica (em especial proteína animal) e aumento de PUFAs (ácidos graxos poli-insaturados, que incluem a família do w6 e w3) aumentam o risco de menarca precoce. Por outro lado, aumento de fibras e de MUFAs (ácidos graxos monoinsaturado, que incluem a gordura do azeite de oliva, abacate, etc) diminuem o risco de menarca precoce. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Sono e criança

Uma alimentação adequada em crianças é de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento adequados. Outro ponto bem importante é ter um sono adequado, em quantidade (número de horas) e qualidade. E essas duas questões parecem estar relacionadas. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram o sono de crianças de 6-9 anos e a relação desse sono com ingestão calórica e de macronutrientes. Após análises, foi observado que as crianças que dormiam menos (< 7h por noite) tinham uma maior ingestão calórica, maior ingestão de gordura e maior ingestão de proteína. E isso a longo prazo poderia ser um fator de risco para obesidade. Por isso, melhorar a qualidade do sono e ajustar a alimentação são fatores bem importantes. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!