Low carb e tubo neural

Dietas low carb estão cada vez mais populares. Mas será que todas as pessoas podem fazer esse tipo de dieta?? Esse estudo publicado em 2018 avaliou o consumo de dieta low carb em mulheres com o risco ter bebês com defeitos no tubo neural. Após analisar mais de 10 mil mulheres e seus bebês, os autores demonstraram que fazer uma dieta bem restrita em carboidrato (≤ ao percentil 5, o que corresponde a cerca de 95 g de carboidrato por dia) aumenta em cerca de 30% o risco dos bebês nascer com defeitos do tubo neural. Além disso, eles observaram que as mulheres fazendo esse tipo de dieta tinham uma ingestão menor de ácido fólico, que é uma vitamina fortificada nas farinhas e que está associada com menor risco de defeitos do tubo neural. Porém, não se tem como afirmar se o problema é apenas pela deficiência de ácido fólico ou não. Ou seja, mais estudos ainda são necessários, mas é importante avaliar a conduta e se existe a necessidade de suplementação. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Autista, alimentação e osso

É muito comum ver crianças com transtorno de espectro autista (TEA) se alimentando de forma inadequada. O problema é que essa alimentação ruim, além de causar deficiências nutricionais, também pode trazer outras consequências à saúde dessas crianças. Nesse estudo, os autores analisaram a adequação de calorias e macronutrientes da alimentação de crianças com TEA e viram que essas crianças tinham uma ingestão 16% menor nas calorias totais da dieta e 37% e 20% menor na ingestão de proteína e gordura, respectivamente. Ou seja, crianças com TEA se alimentavam, em especial, de maior quantidade de carboidratos. Além disso, os autores também fizeram análise de densidade mineral óssea e observaram que as crianças com TEA tinham uma menor densidade mineral óssea, sugerindo uma piora no osso dessas crianças. Embora não se posso ter certeza absoluta do motivo, o que se acredita é que essa piora no osso seja uma das consequências da alimentação inadequada dessas crianças. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Acne e carboidrato

A incidência de acne tem aumentado nos últimos anos. E não apenas em adolescentes, mas também em adultos. Alguns estudos tem investigado o papel do carboidrato nesse problema de pele. Esse estudo publicado em setembro desse ano, com 64 pessoas, investigou um pouco essa relação. Após as análises, foi demonstrado que os indivíduos que tinham acne moderada/severa consumiam mais carboidrato (em quantidade total em gramas), consumiam mais carboidrato biodisponível (carboidrato total menos fibras) e o percentual de carboidrato da dieta também era maior (quem tinha acne consumia 51% do valor calórico total vindo de carboidrato enquanto os que não tinham acne consumiam 45%). Além disso, a carga glicêmica da dieta de quem tinha acne também era maior. Essas alterações repercutiram em exames bioquímicos: pacientes com acne tinham mais insulina sérica e maior HOMA-IR (mesmo dentro do valor de normalidade). Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Antes de alterar a sua dieta, procure um nutricionista!

Alimentação dos bebês

A qualidade da alimentação dos bebês é de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento adequados. Mas será que os bebês consomem as quantidades necessárias de carboidrato e gordura? Após avaliar 1.275 crianças de 8-12 meses, essa publicação de 2017 revelou que 95% dos bebês consomem as quantidades adequadas de carboidrato. Porém, menos de 5% consomem a quantidade necessária de gordura. Você tem filho pequeno e está com dificuldade na alimentação? Não sabe que tipo de gordura adicionar? Procure um nutricionista para ajudá-lo! Ele é o profissional mais bem habilitado para isso!

Câncer e açúcar

O consumo de carboidratos tem aumentado nas últimas décadas nos países ocidentais. De acordo com o tipo de carboidrato, quantidade, método de processamento e a presença de outros nutrientes, o alimento pode ser considerado de alto ou baixo índice glicêmico e alta ou baixa carga glicêmica. O índice glicêmico varia de acordo com a capacidade do alimento em aumentar os níveis de glicose no sangue. Já a classificação da carga glicêmica, avalia o aumento dos níveis de glicose no sangue levando em consideração o índice glicêmico e a quantidade de alimento consumido. O consumo de alimentou com alto índice glicêmico e/ou alta carga glicêmica tem sido associado com várias doenças, incluindo o câncer. Nessa meta-análise publicada em 2017, os autores mostraram que o consumo de alimentou com alto índice glicêmico ou alta carga glicêmica aumenta o risco de 3 tipos de câncer:

  • Alto índice glicêmico aumenta o risco de câncer de colorretal.
  • Alta carga glicêmica aumenta o risco de câncer de mama e câncer de endométrio.

Para melhor orientá-lo, procure um Nutricionista!

Carboidrato ou proteína?

 A discussão para saber o que é melhor para o treinamento resistido (ex: musculação), carboidrato e/ou proteína, é longa e acirrada. E a busca por uma suplementação ideal não se limita somente ao desempenho durante a atividade, mas a manutenção da saúde do atleta, como a modulação da imunidade. Sabendo disso, os autores dessa publicação de fevereiro de 2017 decidiram observar o impacto da ingestão de 20g de proteína de carne hidrolisada, 20g de whey protein ou 20g de carboidrato, todos diluídos em suco de laranja, em 42 indivíduos fisicamente ativos, ingerido 1x por dia, imediatamente após o treino, ou junto do café da manhã nos dias em que os participantes não treinavam, durante 8 semanas. Ao final da intervenção, após analisarem as 27 pessoas que concluíram o estudo, os autores observaram que o uso de carboidrato associado com proteína (proteína de carne hidrolisada + suco de laranja ou whey protein + suco de laranja) foi melhor para o desempenho durante o treino comparado com quem usou apenas carboidrato (carboidrato + suco de laranja). Porém, houve um pequena modulação negativa em um marcador de imunidade no grupo que consumiu proteína de carne hidrolisada, enquanto que quem consumiu o whey protein ou apenas carboidrato não influenciou nesse marcador. Mas lembre-se da individualidade de cada praticante de atividade e de cada tipo de treinamento antes sair por aí aplicando essa informação como verdade absoluta!!! Além disso, vale lembrar que essa quantidade de proteína utilizada no estudo também pode ser obtida via alimento! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor e analisar o que se adequa melhor ao seu caso.