Carotenoides e pele

Esse período do ano é um momento que várias pessoas gostam de ir para a praia e pegar um sol. Porém, o sol em excesso pode trazer vários malefícios para a pele. Por outro lado, alguns compostos presentes em alimentos podem ajudar a proteger e melhorar a pele. Com destaque para os carotenoides, em especial para o beta-caroteno, licopeno, luteína, zeaxantina e astaxantina. Diversos estudos mostram que aumentar o consumo desses carotenoides (alimentação e/ou suplementação) pode ajudar a proteger a pele dos efeitos maléficos induzidos pelo sol, além de melhorar a hidratação, diminuir rugas, melhorar a elasticidade, entre outros benefícios. Não sabe onde tem ou como incluir os carotenoides na sua alimentação? Procure um nutricionista. Ele vai te ajudar!

 

Licopeno, chocolate e intestino

Modular o intestino é muito importante. E a microbiota intestinal sofre influência da alimentação. Alguns alimentos são considerados prebióticos, que vão servir de alimentos para as “bactérias boas”, aumentando sua quantidade no intestino. De modo interessante, esse estudo avaliou o impacto do consumo de licopeno e de chocolate amargo na microbiota de indivíduos adultos com obesidade moderada. Foram administradas 2 doses diferentes de licopeno (7 ou 30 mg) e 10 g de chocolate amargo (70% cacau). Após análises, foi observado que o grupo que recebeu licopeno, aumentou Bifidobacterium adolescentis e Bifidobacterium longum. Já o grupo que recebeu chocolate amargo, aumentou Lactobacillus. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Carotenoides e fígado

 Os carotenoides incluem vários compostos, entre eles: licopeno, β-caroteno, luteína, zeaxantina, and β-cryptoxanthina. Eles são encontrados em vários alimentos, incluindo vegetais alaranjados, vegetais verdes escuros, tomate, entre outros. Os carotenoides parecem trazer benefícios para vários órgãos do nosso corpo. E essa revisão de 2019, apontou os principais benefícios dos carotenoides para o fígado. No fígado, os carotenoides parecem exercer seus efeitos por: diminuir o estresse oxidativo; diminuir a inflamação; diminuir o acúmulo de gordura hepática; diminuir a resistência à insulina. Dessa forma, ele é uma das estratégias para diminuir o risco de esteatose hepática não alcoólica. Quer saber como incluir carotenoides na sua dieta? Procure um nutricionista!

Carotenoides e esteatose

A esteatose hepática não alcoólica é uma doença bem prevalente entre adultos. Mudanças no estilo de vida, em especial na alimentação, pode ajudar na prevenção dessa doença. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram o efeito da ingestão dietética e dos níveis séricos de carotenoides no risco de ter ou não esteatose hepática não alcoólica. Após análises, foi observado que a ingestão dietética de todos os carotenoides, com exceção do licopeno, foi menor nas pessoas com esteatose hepática não alcoólica. Em relação aos níveis séricos, ter níveis mais alto de todos os carotenoides (α-caroteno, β-caroteno, β-criptoxantina, luteína / zeaxantina e licopeno) foi associado a uma redução significativa no risco de esteatose hepática não alcóolica. Você conhece as fontes alimentares dos carotenoides? Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Beta-caroteno e câncer de mama

O outubro rosa é destinado a prevenção do câncer de mama. Vários estudos investigam o papel da alimentação na prevenção e no tratamento do câncer de mama. Essa meta-análise publicada em agosto desse ano avaliou a ingestão de beta-caroteno ou de vitamina A na sobrevivência do câncer de mama. Após análises, foi demonstrado que uma maior ingestão dietética de beta-caroteno aumentou a sobrevivência de mulheres com câncer de mama. Por outro lado, quando se avaliou a ingestão de vitamina A, não foi encontrado correlação. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Antioxidantes e neurodegeneração

Várias evidências sugerem que o estresse oxidativo desempenha um papel relevante no desenvolvimento e/ou piora de doenças neurodegenerativas como doença de Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose lateral amiotrófica. Esse estresse oxidativo ocorre quando temos um aumento de radicais livre e/ou diminuição de antioxidantes. Dessa forma, aumentar a ingestão de antioxidantes via dieta pode ser uma estratégia importante para ajudar a diminuir o estresse oxidativo. Nessa revisão publicada agora em 2018, os autores discutem sobre a importância de antioxidantes lipídicos nas doenças neurodegenerativas. Observa-se que os níveis sanguíneos de vitamina A, beta-caroteno, alfa-caroteno, licopeno, luteína, vitamina E e coenzima Q10 estão diminuídos em doenças neurodegenerativas. Entretanto, ainda não é claro se a suplementação com esses nutrientes traria benefício. Ou seja, o que se sabe é que é importante uma adequação na alimentação para equilibrar os níveis plasmáticos desses antioxidantes no sangue. Se será ou não necessário um complemento com suplementação, isso deverá ser analisado individualmente. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

 

Nutracêuticos e pele

A pele é o maior órgão do corpo humano. Cuidar da pele vai muito além de pensar em beleza. É pele é importante para a proteção contra micro-organismos, contra raios ultravioleta, é importante para a síntese de vitamina D, entre outras funções. Nessa revisão publica em 2018 os autores discutem sobre os principais nutrientes para manter uma pele saudável. Dentre os nutrientes, se destacam: Peptídeos bioativos do colágeno; carotenoides, vitamina E e C; zinco e selênio; ômega-3; coenzima Q10; extratos botânicos (em especial Pinus pinaster e Polypodium leucotomus); e galacto-oligossacarídeo (GOS). Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Astaxantina e Pele

A astaxantina é um carotenoide encontrado principalmente em crustáceos e outros frutos do mar, como camarão, lagosta, salmão, etc. Inúmeros estudos mostram os benefícios da astaxantina para a saúde. Nessa revisão publicada em 2018 os autores investigaram o papel da astaxantina em alguns parâmetros da pele. De forma interessante, a astaxantina tem a capacidade de diminuir as rugas, diminuir a inflamação e o estresse oxidativo da pele (o que diminuiria riscos de doenças de pele e de câncer) e melhorar a hidratação e a elasticidade da pele. Para obter esses efeitos, a dose utilizada nos estudos variam de 2-12 mg/dia por 4 a 12 semanas. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!