Colina e neuroproteção

Diversos nutrientes são importantes para o desenvolvimento e funcionamento adequado do cérebro. Um dos nutrientes que tem papel relevante é a colina, encontrada em especial nos ovos. Nessa revisão publicada em 2019, o autor aborda os principais mecanismos pelos quais a colina atua para a melhora do cérebro. De forma resumida, a colina é importante como doador de grupo metil (modulando a expressão de genes e neurotransmissores); é importante para a integridade da membrana dos neurônios (por formar a fosfatidilcolina); é importante para formar a acetilcolina (neurotransmissor associado com memória); controla os níveis de homocisteína (que se tivesse em excesso pode piorar o cérebro). Ou seja, temos vários motivos para estimular o consumo de ovos. Mas lembre-se, é sempre bom procurar um nutricionista para avaliar seu caso individualmente.

Chá verde e cognição

Mês passado já mostrei estudos de questões alimentares influenciando na melhora da cognição, você lembra? Outro alimento que parece trazer benefícios é o chá verde (Camellia sinensis). Essa planta possui polifenóis (em especial catequinas), teanina (um aminoácido) e cafeína, que juntas, parecem ser os responsáveis pelos benefícios do chá verde no cérebro. Essa revisão sistemática publicada esse ano, englobando 8 artigos com mais de 37 mil pessoas avaliou o impacto do consumo de chá verde na diminuição de risco de problemas cognitivos. Embora ainda sejam necessários mais estudos para uma real certeza no efeito, existe sim uma sugestão de que o consumo de chá verde parece diminuir o risco de demências, de prejuízo cognitivo e de doença de Alzheimer. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vegetais e cognição

Continuando com os posts sobre alimentos para melhorar a cognição… temos um impacto bem importante do consumo de vegetais. Já sabemos que aumentar vegetais melhora a cognição. Mas será que a variedade desses vegetais pode influenciar? Esse estudo de 2019 avaliou justamente isso. Após analisar mais de 400 pessoas com mais de 65 anos, os autores demonstraram que uma maior variedade de vegetais estava associada a um menor risco de declínio cognitivo. Ou seja, quando mais tipos e mais coloridos esses vegetais na dieta, melhor. E você já sabe, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista.

Transtorno de neurodesenvolvimento

A nutrição materna é super importante para o desenvolvimento cerebral do bebê. E isso ocorre tanto no período pré-concepção quanto durante a gestação. Por outro lado, alterações nesses períodos podem predispor a um risco de transtornos de neurodesenvolvimento, como o transtorno de espectro autista. Após uma varredura de mais de 2000 estudos, essa meta-análise avaliou 20 estudos associando a nutrição materna com o riso de transtorno de espectro autista. Após análises, foi observado que as mulheres que tinham mais ácido fólico e faziam o uso de suplementos multivitamínicos, tinham menos risco do bebê desenvolver transtorno de espectro autista. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Alimentação e ansiedade

Ansiedade é um problema bem comum entre a população. E vários fatores de estilo de vida podem influenciar no risco de ter ansiedade. Com um destaque especial para a alimentação. Nesse estudo realizado com adultos acima de 50 anos foi o investigado o papel da alimentação no risco de ter ansiedade. Após análises, foi evidenciado que o consumo aumentado de gordura saturada e de açúcar de adição aumentava o risco de ansiedade na população estudada. Na prática, cada paciente deve ser avaliado individualmente. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Panax quinquefolium

O Panax quinquefolium, conhecido como ginseng americano, é um fitoterápico muito utilizado na América do Norte e na Ásia. Mas encontramos também aqui no Brasil. Esse fitoterápico possui diversos ginsenosídeos, que são os responsáveis pelos seus efeitos terapêuticos. Dentre os estudos com o Panax quinquefolium, ele parece exercer efeitos benéficos no cérebro, melhorando função cognitiva, diminuindo ansiedade e tendo efeito neuroprotetor. Além disso ele diminui estresse oxidativo e parece ter efeito na melhora do diabetes, resistência à insulina e obesidade. Porém, a maior parte dos estudos ainda são em animais, sendo necessário estudos clínicos para investigar melhor as ações desse fitoterápico. Por isso, procure um Nutricionista, ele saberá te orientar.

Rhodiola rosea

A Rhodiola é um fitoterápico muito usado da China, Europa e América do Norte. Existem 96 espécies de Rhodiola, sendo que no Brasil a mais fácil de encontrar é a Rhodiola rosea. Ela é uma planta adaptógena (modula o estresse) e cada vez mais estudos estão sendo feitos para analisar o efeito da Rhodiola em doenças relacionadas ao envelhecimento. Nessa revisão publicada esse ano, os autores expõem alguns estudos relacionando a Rhodiola ou seus princípios ativos, em especial os salidrosídeos, para auxiliar em doenças neurodegenerativas (ex.: doença de Alzheimer, Parkinson, Huntington), doença cardiovascular (DCV), diabetes, hipertensão pulmonar, alguns tipos de câncer, etc. Porém, a maioria dos estudos ainda são em animais, sendo necessário mais estudos em humanos para uma melhor compreensão dos efeitos. Por isso lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta e cognição

O comprometimento cognitivo está associado ao aumento do risco de mortalidade, incapacidade e demência no final da vida, além de altos custos de assistência médica. Dentre os vários fatores que podem influenciar na cognição, diversos estudos têm investigado o papel da alimentação. De forma interessante, esse estudo publicado em 2019 avaliou o efeito da alimentação no início da vida adulta (de 25 até 45 anos) na performance cognitiva na meia idade (50 e 55 anos). Após análises, foi demonstrado que seguir uma dieta estilo mediterrânea e ter uma maior ingestão de alimentos saudáveis (em especial frutas, verduras e legumes) dos 25 aos 45 anos foi associado à melhor cognição com 50 e com 55 anos de idade. E lembra-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para orientá-lo  melhor.

 

Sono e Alzheimer

Cerca de 60% dos pacientes com doença de Alzheimer tem problemas no sono. Mas ai vem um questionamento: problemas no sono é uma das consequências das alterações do Alzheimer ou o problema no sono é um fator de risco para a doença de Alzheimer? É isso que os autores desse estudo publicado em 2019 revisam. Eles colocam que, por um lado, a progressão da doença de Alzheimer pode influenciar em regiões cerebrais que controlam o ciclo sono-vigília, podendo influenciar negativamente no sono. Por outro lado, vários estudos também demonstram que ter alteração prévia no sono pode predispor a um maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Ou seja, embora ainda se tenha dúvidas se o problema de sono é causa ou consequência, melhorar a qualidade do sono é muito importante. E a nutrição pode ajudar nisso. Procure o seu nutricionista para orientá-lo melhor.

Creatina e cérebro

Creatina é um suplemento ergogênico com efeitos comprovados no esporte. Mas você sabia que a creatina também está sendo utilizada para benefícios cerebrais? Essa publicação desse ano faz uma revisão do que já temos publicado. Após analisar dados da literatura, os autores colocam que a suplementação de creatina parece trazer benefícios principalmente em situações em que ocorre uma depleção do conteúdo de creatina cerebral, como estresse, depressão, esquizofrenia e envelhecimento. Além disso, os autores colocam que fazer uma suplementação de creatina de forma preventiva pode proteger as funções cerebrais em eventos de estresse agudo, como depleção de sono, exercício exaustivo, hipóxia ou injúria cerebral traumática. Porém, o que ainda é incerto é a dose necessária para que a creatina exerça esses efeitos. Mas acredita-se que seja necessária dosagem maior e/ou mais prolongada do que as doses de creatina utilizadas tradicionalmente no esporte. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!