Magnésio e Inflamação

O magnésio (Mg) é um mineral que tem vários efeitos benéficos na saúde humana.   Um mecanismo hipotético que justifica tais efeitos é a ação do Mg nos parâmetros inflamatórios. No entanto, os estudos sobre este tema até o momento têm várias limitações importantes. De modo interessante, os autores desse artigo recém-publicado realizam uma meta-análise englobando 15 estudos para investigar se o Mg tem algum efeito em marcadores inflamatórios. Após análises estatísticas, foi evidenciado que a suplementação com Mg foi capaz de reduzir os níveis séricos de proteína C-reativa (PCR) – um marcador de inflamação. Além disso, a suplementação com Mg também conseguiu aumentar os níveis de óxido nítrico. As doses utilizadas nos estudos variaram de 250 – 500 mg/dia e o tempo de duração da suplementação variou de 4-24 semanas. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele vai avaliar se você precisa de suplementação, qual a dose e por quanto tempo.

Probióticos e H. pylori

Infecção por Helicobacter pylori é comum entre os adultos e é considerada a principal causa para o desenvolvimento de gastrite crônica ativa, úlceras gastroduodenais e outras doenças que afetam o estômago. Dentre os tratamentos médicos, se utiliza antibióticos e inibidores de bomba de prótons. Por outro lado, diversos estudos têm demostrado a importância dos probióticos para a saúde do trato gastrointestinal. De modo interesse, esse estudo clínico, conduzido com 741 pessoas com H. pylori, avaliou o efeito da suplementação com probióticos (junto com o tratamento médico clássico) quando comparado apenas com o uso apenas do medicamento. O estudo utilizou 4 cepas probióticos: Lactobacillus acidophilus (1,7 bilhões UFC/cápsula), Lactiplantibacillus plantarum (0,5 bilhão UFC/cápsula), Bifidobacterium lactis (1,7 bilhões UFC/cápsula), Saccharomyces boulardii (1,5 bilhões UFC/cápsula). Os probióticos foram suplementados 2x ao dia, 2 horas após a refeição, por 15 dias. Após análises estatísticas foi evidenciado que as pessoas que usaram o medicamento e os probióticos tiveram maior taxa de erradicação da H. pylori e menos efeitos colaterais do que as pessoas que só utilizaram o medicamento. O que sugere que o uso de probióticos pode ser um aliado para o tratamento da H. pylori.

SOP e Q10

Inúmeras estratégias nutricionais podem ser interessantes para mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP). Nos últimos anos, têm se intensificado os estudos que avaliam o impacto da função mitocondrial na SOP. Nesse contexto, uma das estratégias nutricionais que poderia ser pensada é o uso de coenzima Q10. Nesse estudo, foi avaliado a suplementação de coenzima Q10 (100 mg/dia) ou placebo por 12 semanas em parâmetros metabólicos e de saúde mental nas mulheres com SOP. Após análises, foi evidenciado que o uso de coenzima Q10 diminuiu sintomas de depressão e ansiedade, diminuiu PCR (marcador de inflamação), testosterona total, DHEAS, MDA (marcador de estresse oxidativo) e hirsutismo. Além disso, foi observado um aumento no SHBG e na capacidade antioxidante total. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

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TDAH e alergias

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é considerada uma desordem do neurodesenvolvimento e possui como características a hiperatividade, impulsividade e/ou intenção. Embora possa ter fatores genéticos envolvidos na etiologia, fatores ambientais também possuem grande importância. De modo interessante, esse estudo englobando quase 200 mil pessoas avaliou a prevalência de TDAH em crianças e adolescentes com alergia alimentar, alergia respiratória e alergia de pele. Após análise estatísticas, foi revelado que TDAH era 72% mais prevalente em pessoas com alergia alimentar, 50% mais prevalente em pessoas com alergia respiratória e 65% mais prevalente nas pessoas com alergia de pele. Vale a pena destacar que é foi um estudo de associação e não de causalidade. Mas sim, vale a pena estarmos atentos para o risco dessas comorbidades.

Selênio e trauma

Injúrias traumáticas são responsáveis por muitas mortes pelo mundo. Respostas inflamatórias e distúrbios metabólicos graves normalmente são observados após grandes traumas. Por outro lado, o selênio é um elemento-chave na regulação das respostas imunes e inflamatórias e um micronutriente necessário para mais de 25 proteínas no corpo. Nesse contexto, essa meta-análise publicada agora em 2022 avaliou o efeito da suplementação de selênio em pacientes internados por traumas. Após incluir dados de 7 artigos, foi evidenciado que a suplementação de selênio diminui a taxa de mortalidade e o tempo de permanência na UTI em pacientes que sofreram grandes traumas.

 

Frutas, vegetais e síndrome metabólica

A síndrome metabólica (SM) representa um conjunto de fatores de risco estabelecidos, caracterizados por obesidade abdominal, pressão arterial elevada, hiperglicemia e perfil lipídico sanguíneo alterado. Das inúmeras estratégias nutricionais que podem auxiliar na prevenção e tratamento da SM, esse artigo publicado agora em 2022 destacou o papel no consumo de frutas e vegetais. O artigo foi realizado com 252 idosos e foi investigado a relação entre o número de porções consumidas de frutas e vegetais ao dia e o risco de SM. Após análises estatísticas, foi evidenciado que um menor consumo de frutas e vegetais (≤ 2 porções/dia) aumentou o risco de SM. Porém, vale a pena destacar que o consumo ideal diário de frutas e vegetais é de em torno de 5 porções por dia. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Nutrição e dor crônica

A dor crônica é definida como qualquer dor persistente que dura mais de três meses. É uma condição debilitante com prevalência aumentada em idosos. A patogênese e progressão da dor crônica parece ser influenciada por uma combinação de fatores fisiológicos, psicossociais e de estilo de vida. De modo interessante, alguns desses fatores, incluindo padrões nutricionais, são passíveis de intervenções clínicas. Uma das estratégias nutricionais que pode beneficiar quem tem dor crônica é o consumo de alimentos e suplementos com ação anti-inflamatória, já que o aumento de inflamação pode piorar a dor. Neste estudo publicado agora em 2022, realizado com 318 pessoas com dor crônica e 82 pessoas sem dor, foi avaliado se os níveis de vitamina D e a razão entre ácidos graxo ômega-6 e ácidos graxos ômega-3 influenciavam nos níveis de proteína C reativa (PCR – marcador de inflamação) em pessoas com dor crônica. Após análises estatísticas, foi observado que deficiência de vitamina D (< 20 ng/mL) e relação ômega-6:ômega-3 maior do que 5 foram associados com níveis maiores de PCR, sugerindo mais inflamação. Ou seja, ajustar os níveis e vitamina D e a ingestão alimentar para propiciar uma melhor relação entre w6 e w3 pode ser interessante para quem possuiu dores crônicas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Ultraprocessados e mortalidade

Vamos aproveitar que um novo ano começou e estabelecer algumas metas pensando em melhorar a sua saúde? E que tal começar por diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados? Já fiz vários posts mostrando artigos que falam do impacto negativo do consumo de ultraprocessados para a saúde. O mais recente eu publiquei em dezembro do ano passado, mostrando que o consumo de ultraprocessados aumentava o risco de diabetes. Hoje, trago essa meta-análise publicada agora em 2022 que avaliou o consumo de ultraprocessados e o risco de morte em mais de 200 mil pessoas. Após análises estatísticas, foi demostrando que um maior consumo de alimentos ultraprocessados aumentou o risco de mortalidade por todas as causas, de mortalidade por doenças cardiovasculares e de mortalidade por doenças cardíacas. Além disso, para cada 10% de aumento calórico através do consumo de ultraprocessados foi observado um aumento de 15% no risco de mortalidade por todas as causas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta do mediterraneo e diabetes

Ter um padrão alimentar saudável é muito importante para prevenção e para o tratamento de várias doenças. A dieta do mediterrâneo, baseada em um alto consumo de frutas, verduras, grãos integrais, peixes e azeite de oliva tem demostrado ser benéfica para várias doenças, incluindo o diabetes. A maior parte dos estudos com dieta do mediterrâneo e diabetes é com a diabetes tipo 2. De modo interessante, esse estudo recém-publicado, investigou o efeito da dieta do mediterrâneo em crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 (DM1). Após analisar dados de 65 pessoas com DM1 foi observado que uma baixa aderência à dieta do mediterrâneo foi associada a um aumento no risco de obesidade. Por outro lado, uma alta aderência à dieta do mediterrâneo foi associada a um menor risco de hiperglicemia. Além disso, o hábito de realizar um café da manhã saudável foi associado a um melhor controle glicêmico e metabólico nas crianças e adolescentes com DM1. Por outro lado, um alto consumo de alimentos ultraprocessados, piorou o controle metabólico desses indivíduos. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Vitamina C e depressão

A alimentação tem muita relação com sintomas depressivos. Uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras e grãos integrais está associada com menos sintomas depressivos. Por outro lado, uma alimentação rica em açúcar, gordura trans, gordura saturada e alimentos industrializados e ultraprocessados aumentam o risco de sintomas depressivos. Nesse estudo, avaliando quase 26 mil pessoas, avaliaram a relação entre a ingestão de vitamina C na dieta e de vitamina C vinda de vegetais e sintomas depressivos. Após análises estatística foi observado que uma maior ingestão de ingestão de vitamina C na dieta e maior ingestão de vitamina C derivada de vegetais foram associadas a menos sintomas depressivos. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!