Curcumina e intestino

A curcumina é o principal curcuminoide presente no rizoma da Curcuma longa, conhecido como açafrão da terra. Vários estudos têm demonstrado que a curcumina pode trazer benefícios a saúde, incluindo reduzir depressão, ansiedade, prevenir doenças neurodegenerativas, diabetes, entre outras. Por outro lado, a curcumina possui baixa biodisponibilidade no intestino, o que de certa forma, poderia nos deixar intrigados da quantidade de efeitos que ela causa no corpo. Porém, o que muitos autores estão sugerindo, é que parte dos efeitos sistêmicos da curcumina pode ser por conta das suas ações no intestino. No intestino, a curcumina possui 3 funções de maior destaque: ela modula a microbiota intestinal, melhora a barreia do intestino e diminui citocinas inflamatórias. Essas três funções, por diversos mecanismos, poderiam influenciar em vários órgãos do nosso corpo, justificando parte das ações na curcumina. OBS: embora a curcumina tenha baixa biodisponibilidade, ela pode sim ser absorvida e também agir de forma direta em outros órgãos do nosso corpo. Procure seu nutricionista para orientá-lo melhor.

Chlorella

A Chlorella é uma alga verde unicelular produzida e distribuída em todo o mundo como suplemento dietético. Os produtos de Chlorella contêm vários nutrientes e vitaminas, incluindo vitamina D e vitamina B12, que estão ausentes em fontes de alimentos derivados de plantas. A maioria das pessoas conhece a Chlorella para melhorar o processo de destoxificação. Mas será que é só para isso que ela funciona? Quais os outros benefícios? Nessa revisão publicada agora em 2020, os autores colocam que além dos efeitos destoxificantes, a Chlorella também parece ter efeitos na imunomodulação, atividade antioxidante e efeitos contra diabetes, hipertensão e hiperlipidemia. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Fibromialgia e nutrição

A fibromialgia é uma síndrome multifatorial de etiologia desconhecida, caracterizada por dor crônica generalizada e várias manifestações somáticas e psicológicas. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar combinando estratégias farmacológicas e não farmacológicas. Das estratégias não farmacológicas, evidências recentes sugerem um benefício da nutrição. Embora ainda não podemos afirmar 100% alguma coisa, das principais estratégias suplementares que poderiam trazer benefício para a fibromialgia, os autores colocam a vitamina D, o magnésio, o ferro e o uso dos probióticos. Pensando em alimentação, incluir o azeite de oliva, ter uma dieta vegetariana ou seguir um estilo de dieta mediterrânea ou uma dieta baixo em FODMAP parecem aliviar os sintomas de fibromialgia. Além disso, também temos alguns estudos com dieta sem glúten, dieta sem aspartame e dieta sem glutamato monossódico. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Ultraprocessados e saúde

Se você me acompanha a mais tempo, sabe que o assunto alimentação saudável é bem recorrente por aqui. E sabe também que, para ter essa alimentação saudável, precisamos ingerir muitos alimentos “de verdade”, em especial frutas e verduras, e poucos alimentos industrializados, em especial, os ultraprocessados. Um grande estudo feito no Brasil demonstrou, por exemplo, que dietas ricas em alimentos ultraprocessados são dietas desequilibradas em nutrientes e perigosa a saúde. E nessa revisão agora desse ano, os autores abordam as principais doenças que podem ocorrer quando sua alimentação possui muito alimento ultraprocessado. Em adultos, o alto consumo desse tipo de alimento pode estar associado ao sobrepeso, obesidade, riscos cardio-metabólicos, câncer, diabetes tipo 2, síndrome do intestino irritável, depressão e mortalidade por todas as causas. Entre crianças e adolescentes, os ultraprocessados podem aumentar riscos cardio-metabólicos e asma. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Luteína e olhos

A luteína é um carotenoide encontrado, em especial, na gema do ovo e nos vegetais verdes escuros. Dentre os vários benefícios que ela pode trazer, um dos que mais se destaca é seu benefício para a visão. E essa revisão aborda justamente isso. Os autores colocam que a luteína exerce efeito antioxidante e anti-inflamatório para os olhos e que, por isso, esse carotenoide pode ser interessante para proteção e alívio de doenças oculares, como degeneração macular relacionada à idade, retinopatia diabética, retinopatia de prematuridade, miopia e catarata. Ou seja, ajustar a alimentação e, dependendo do caso, suplementar luteína, pode ser interessante para a saúde ocular. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

 

Whey em idosos

A deficiência de vitamina B12 é relativamente comum nos pacientes idosos (> 60 anos). Nesse estudo, os autores fizeram intervenção de 1 ano em idosos acima de 65 anos com 3 estratégias contendo quantidades diferentes de B12: whey protein (3,1 mcg de B12), colágeno (1,3 mcg de B12) ou maltodextrina (0,3 mcg de B12). De forma interessante, os idoso que receberam o whey protein por 1 ano tiveram seus níveis de B12 e de holotranscobalamina aumentados. Mas lembre-se, nenhuma estratégia é boa para todo o mundo. A conduta nutricional sempre deve ser feita de forma individualizada. Por isso, procure um Nutricionista.

Magnésio e dor

As dores crônicas são um problema de saúde pública e diminuem muito a qualidade de vida da pessoa. Alguns medicamentos ajudam no alívio das dores, mas vários deles possuem efeitos colaterais e risco de dependência. Por outro lado, temos algumas estratégias nutricionais que podem auxiliar no alívio de dores e sem dar tanto efeito colateral. Uma dessas estratégias é o magnésio. Esse estudo com mais de 13 mil pessoas avaliou a relação entre a ingestão diária de magnésio e as dores crônicas. Após análise estatística, foi demonstrando uma associação entre dor crônica e menor ingestão de magnésio. Separando por gênero, as mulheres tinham uma correlação mais forte do que os homens. Não sabe como ajustar magnésio na alimentação? Procure um nutricionista.

 

Vitamina D e cérebro

Já valei dos benefícios da vitamina D para várias doenças neurológicas, incluindo depressão e ansiedade. Os autores desse artigo de 2020 avaliaram a relação entre os níveis de vitamina D no sangue (25(OH)D) com sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Analisando todos os indivíduos, foi observado que níveis menores de vitamina D estão associados a mais risco de sintomas de depressão, ansiedade e estresse. De modo interessante, quando os autores fizeram sub-análises para ver se tinha diferença entre homens e mulheres, eles observaram que essa relação só existia nas mulheres. Que nos homens, a vitamina D não influenciava nesses sintomas. Porém, vale destacar que esse foi o primeiro estudo que observou isso e que mais estudos ainda são necessários. E claro, a vitamina D tem várias outras funções para o corpo. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina K e osso

Quando você pensa em saúde óssea, qual o nutriente você lembra primeiro? Acredito que deve ser cálcio ou vitamina D? Acertei? Esses nutrientes são sim importantes para o osso. Mas para termos uma boa saúde óssea, são necessários também outros nutrientes, incluindo a vitamina K. A vitamina K é encontrada em especial nos vegetais verdes e também pode ser sintetizada pela nossa microbiota intestinal. Dentre suas principais funções no metabolismo ósseo, se destaca sua capacidade de fazer a gamma carboxilação de proteínas envolvidas na saúde óssea, em especial a proteína GLA de matriz e a osteocalcina. Os autores dessa revisão também colocam vários estudos que demonstram a associação entre a deficiência de vitamina K aumentando o risco de fraturas. Porém, em relação aos estudos com suplementação de vitamina K, os dados ainda são controversos. Ou seja, o mais importante parece ser ajustar a vitamina K na alimentação para não ter deficiência dessa vitamina. E você já sabe que o profissional mais capacitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista.

 

Cacau e microbiota

Se você me acompanha, deve lembrar que eu já coloquei vários estudos mostrando benefícios do cacau. O cacau tem sido estudado para benefícios para o cérebro, coração, pele, entre outros. Mas você sabia que o cacau parece conseguir modular a microbiota do intestino? Nessa revisão publicada agora em 2020 os autores colocam vários artigos pré-clínicos e clínicos que sugerem benefícios do cacau a nível de intestino. Um dos efeitos do cacau é modular algumas bactérias intestinais. Vários estudos demostram sua capacidade em aumentar os Lactobacillus e Bifidobacterium, que são gêneros que bactérias que costumam trazer benefícios para a saúde. Além disso, o cacau parece diminuir cepas patogênicas como a Clostridium. Vale destacar também que a microbiota intestinal consegue metabolizar os flavonoides do cacau, formando substâncias mais bioativas, o que pode contribuir para os efeitos sistêmicos do cacau. Não sabe como e quanto introduzir de cacau na dieta? Procure seu Nutricionista.