Selênio e COVID-19

Um grande esforço da ciência está sendo feito nos últimos meses para tentar entender melhor sobre a doença COVID-19. Algumas estratégias nutricionais também estão sendo estudadas, em especial, estratégias que influenciam no sistema imunológico. Um dos nutrientes importantes para o sistema imunológico é o selênio, encontrado, em especial, na castanha do Brasil. Nesse artigo publicado há poucas semanas, os autores investigaram os níveis de selênio sérico em pacientes com o corona vírus e correlacionaram com a taxa de morte ou sobrevivência. Após análises, foi observado que os pacientes que sobreviveram ao COVID-19 tinham níveis maiores de selênio no sangue do que os pacientes que morreram. Porém, ainda não podemos afirmar causalidade. O que foi observado foi correlação. Mas, na dúvida, vale a pena você ajustar a quantidade de selênio na alimentação. Aqui, é importante mencionar que é super fácil conseguir selênio através da alimentação e que não é para “sair por aí” querendo suplementar selênio. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Magnésio e psiquiatria

O magnésio é um mineral com várias funções para o cérebro, incluindo síntese de neurotransmissores, transmissão e transdução de sinais intracelulares. Mas temos estudos em humanos que respaldam a importância do magnésio em transtornos psiquiátricos? Os autores dessa revisão encontraram estudos associando magnésio com depressão, transtornos de ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno e espectro autista, esquizofrenia e transtornos alimentares. Embora ainda existam dados controversos, os autores colocam que, possivelmente, o magnésio pode trazer efeitos terapêuticos para os transtornos psiquiátricos, em especial para a depressão. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Nutrientes e osso

Pacientes com doenças inflamatórias intestinais tem risco aumentado de vários problemas, incluindo mais risco de desenvolver osteoporose. Nessa revisão desse ano, os autores abordam os principais nutrientes que precisamos pensar para tentar prevenir osteoporose nesses pacientes com doenças inflamatórias intestinais. Segundo os autores, os principais nutrientes são: cálcio, vitaminas D, A, K, C, B12, B9, fósforo, magnésio, zinco, cobre, selênio e sódio (que não pode estar nem muito alto e nem muito baixo). Além disso, os autores colocam a importância de ajustar a dieta na quantidade de macronutrientes (carboidrato, proteína e gordura) e de ofertar uma alimentação rica em polifenóis. No entendo, não significa que esses são os únicos pontos que devem ser pensados. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Azeite de oliva e pressão

Em março eu postei um artigo falando dos benefícios do azeite de oliva para o colesterol. Mas os efeitos desse alimento pensando em saúde cardiovascular vai muito além. Nesse artigo agora de 2020, os autores mostram vários estudos epidemiológicos e estudos clínicos que demonstram que o consumo de azeite de oliva pode estar associado com melhor controle de pressão arterial. Pensando em mecanismos de ação, o que a literatura vem propondo é que o consumo de azeite de oliva ajuda a diminuir inflamação estresse oxidativo, angiotensina II e ajuda a aumentar a enzima eNOS, aumentando a produção de óxido nítrico. Mas vale destacar que a escolha de um bom azeite de oliva é super importante. Além disso, outras questões alimentares estão associadas com o controle de pressão arterial. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Água e cognição

Muitas pessoas não bebem a quantidade adequada de água por dia. E isso pode trazer várias consequências maléficas para o corpo, já que manter a hidratação é essencial. De modo interessante, nesse estudo publicado esse ano, os autores aumentaram a ingestão de água em crianças e avaliaram o efeito disso em testes de memória. E adivinhem? Após análise, foi demostrando que aumentar a água durante o colégio já foi suficiente para melhorar a performance nos testes cognitivos. Outra análise do estudo foi que as crianças precisam de um consumo de no mínimo 1000 mL de água para ter o benefício no teste. Porém, não significa que essa seja a quantidade ideal para o funcionamento geral do corpo. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor sobre a quantidade de água necessária para o seu caso.

Sono e alimentação

Mês passado eu postei um artigo falando que alimentos industrializados poderiam piorar a qualidade do sono. Então qual seria o padrão alimentar para melhorar a qualidade do sono? E será que o peso da pessoa pode influenciar nessa qualidade do sono? Nesse estudo feito com pessoas de meia-idade (aproximadamente 50 anos), foi observado que as pessoas que dormiam melhor tinham uma maior aderência a dieta do mediterrâneo. Além disso, foi observado uma correlação entre a qualidade do sono e o IMC e a circunferência da cintura: quanto maior o IMC e maior a circunferência da cintura, pior era a qualidade do sono. Ou seja, a alimentação e o peso podem sim influenciar na qualidade do sono. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Tireoide e intestino

Hoje não temos mais dúvidas de que o funcionamento adequado do intestino e uma microbiota intestinal saudável influenciam no funcionamento de vários órgãos. Mas você sabia que um desses órgãos é a tireoide? Essa revisão de 2020 aborda justamente essa conexão. O primeiro ponto que sugere essa ligação é a coexistência entre doenças intestinais e doenças tireoidianas. Além disso, hoje já temos alguns estudos sugerindo que o uso de probióticos podem trazer benefício para a saúde da tireoide. Dentre os possíveis mecanismos dessa comunicação entre intestino e tireoide, os autores destacam:

(1) o intestino pode influenciar na modulação do sistema imunológico, e isso pode influenciar na tireoide (já que algumas doenças da tireoide são doenças autoimunes);

(2) na presença de disbiose, ocorre aumento de permeabilidade, aumentando inflamação, que pode afetar a tireoide;

(3) o intestino é importante para absorver nutrientes que vão permitir o correto funcionamento da tireoide.

Ou seja, modular o intestino pode sim trazer impactos positivos para a tireoide. E uma das formas mais importante para modularmos o intestino é através da alimentação. Por isso, procure seu nutricionista.

Cafeína e Parkinson

Em maio eu fiz um post falando que o café com cafeína podia ajudar na cognição, você lembra? Recentemente saiu essa meta-análise mostrando associação do consumo de cafeína com a doença de Parkinson. Após analisar vários artigos e fazerem meta-análise, os autores dessa publicação demonstraram que o consumo de cafeína pode ajudar a diminuir o risco de doença de Parkinson e que também parece diminuir a progressão dessa doença neurodegenerativa. Porém, vale lembrar que excesso de cafeína pode trazer alguns problemas para algumas pessoas. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Colina e neurodesenvolvimento

Ter uma nutrição adequada nos primeiros 1000 dias de vida (gestação até os 2 anos) é essencial para a vida do indivíduo. Uma das influências dessa nutrição nos primeiros 1000 dias é para o desenvolvimento cerebral, podendo influenciar, inclusive, no funcionamento cerebral ao longo da vida. E um dos nutrientes que tem recebido bastante atenção é a colina, encontrada em maior quantidade na gema do ovo. Nessa revisão agora desse ano, os autores abordam os principais benefícios de uma dieta rica em colina (durante os primeiros 1000 dias) para o desenvolvimento cerebral, que são: (1) ajuda no desenvolvimento normal do cérebro; (2) protege o cérebro controla insultos durante a gestão, em especial contra a exposição de álcool; (3) melhora o funcionamento neural e cognitivo. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Comer devagar

Comer devagar e mastigar bem os alimentos são de extrema importância. Mas você sabe os benefícios fisiológicos desse hábito? Sabe o que temos de comprovação científica? Esse estudo de revisão publicado esse ano aborda justamente isso. Já temos evidências de que comer devagar aumenta a quantidade de PYY e GLP-1 no trato gastrointestinal. O PYY vai ir até o cérebro e vai diminuir a fome e aumentar a saciedade. O GLP-1, além de agir também no cérebro e contribuir para o controle da fome-saciedade, ele também influencia na liberação de insulina e diminuição na liberação de glucagon, auxiliando no controle glicêmico. Ou seja, comer devagar contribui para comermos menos, controlarmos nossa glicemia e isso ajuda, dentre outros pontos, a controlar o peso. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!