Micronutrientes e gestante

Os micronutrientes são importantes para a saúde da gestante e do bebê. Ajustar micronutrientes pode ajudar a reduzir o risco de morbimortalidade materna e infantil e diminuir as complicações relacionadas à gravidez. Mas excesso de micronutrientes também não é interessante. Nesse estudo publicado em 2020, os autores avaliaram o status de selênio, zinco e manganês e o risco de complicações maternas e para o bebê. Após análises foi observado que baixo status de selênio e zinco e excesso de manganês estão associados a mais risco de complicações maternas e nos bebês. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Alimentação e psicose

A esquizofrenia é uma doença neuropsiquiátrica grave, que acomete mais de 20 milhões de pessoas no mundo. O que algumas pessoas não sabem, é que hábitos alimentares podem influenciar nessa doença. Os autores dessa publicação revisão vários artigos e colocam os principais pontos a serem levados em consideração quando pensamos em alimentação e esquizofrenia. Alguns estudos demonstram uma conexão entre psicoses e uma má alimentação, dieta rica em carboidrato refinado e gordura e dieta pobre em fibra, ômega-3, ômega-6, vegetais, frutas, vitaminas e minerais. Das vitaminas e minerais, o que tem mais de estudo são com vitamina B12, vitamina B6, folato, vitamina C, zinco e selênio. Também temos estudos mostrando benefícios de alguns aminoácidos, como serina, lisina, glicina e triptofano. Por outro lado, alergia alimentar parece influenciar de forma negativa na esquizofrenia. Mas vale destacar que ainda não necessários mais estudos. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Café e cognição

O café é uma bebida bastante consumida no mundo todo. Vários benefícios estão sendo atribuídos ao consumo de café. Vários estudos epidemiológicos sugerem a associação do consumo de café com a melhora na performance cognitiva. Acredita-se que isso ocorra, em especial, pelo conteúdo de cafeína, que melhora a atenção e vigilância. Mas poucos estudos exploram o efeito do café descafeinado e da ingestão de cafeína do café na melhora da cognição. E foi isso que esse estudo fez. Avaliou idosos acima de 60 anos e investigou a associação entre a ingestão de café total, café descafeinado, café com cafeína e ingestão de cafeína do café com desempenho cognitivo. Após analisar mais de 2500 idosos, foi observado que a ingestão total de café, café com cafeína e cafeína vinda do café estava associada a uma melhora na cognição desses idosos. Porém, nesse estudo, não foi observado associação entre café descafeinado e cognição. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Resveratrol e menopausa

 Depois que a mulher entra na menopausa, existe um risco aumentado de vários problemas. Uma das alterações que é comum na menopausa é na função cerebrovascular, que pode contribuir para piora cognitiva. Nesse estudo clínico publicado agora em 2020, foi suplementado resveratrol para mulheres na menopausa e avaliado o efeito dessa suplementação na função cerebrovascular e na função cognitiva. Para isso, 129 mulheres foram separadas em dois grupos e receberam placebo ou resveratrol (75 mg, 2 x ao dia) por 12 meses. Após 1 ano de tratamento, foi observado que aquelas mulheres que receberam o resveratrol melhoraram a função cerebrovascular e melhoraram a cognição. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Frutose e cérebro

Vários produtos industrializados vêm com açúcar de adição e/ou frutose. Um excesso dessa frutose, ocasionada por uma alimentação rica em industrializados, pode trazer vários problemas a saúde do indivíduo. Dados emergentes, tem sugerido que esse excesso de frutose pode alterar o hipocampo, região cerebral associada com memória, aprendizado, humor, etc. Nesse estudo publicado agora em 2020, os autores avaliaram a ingestão de frutose em crianças de 7-11 anos e viram o efeito disso em questões cerebrais. Após análises, foi demonstrado que as crianças que tinham uma maior ingestão de frutose tinham um aumento do volume das regiões CA2/3 do hipocampo direito e aumento da difusividade média nas conexões pré-frontais direita. Esses achados são consistentes com a ideia de que o aumento do consumo de frutose durante a infância pode estar associado a um processo inflamatório e pode diminuir ou atrasar a mielinização e/ou a poda neuronal. Porém, ainda são necessários mais estudos. Mas de qualquer forma, ajustar a alimentação das crianças é super importante. Por isso, procure um Nutricionista.

Pele e alimentação

O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo, que sofre influência de fatores internos e externos. Enquanto alguns hábitos alimentares contribuem para melhorar a saúde da pele, outros podem estimular o envelhecimento. E é sobre isso que essa revisão aborda. Os autores colocam que para melhorar a pele, é importante ajustar a quantidade de água ingerida, bem como a quantidade de proteínas. Dos micronutrientes, os autores citam, em especial, zinco, cobre, ferro, selênio, vitaminas A, B, C, D e E. Além disso, o artigo aborda a importância de consumir alimentos risco em polifenóis, ômega-3 e tomar cuidado com o excesso de gordura, açúcar, álcool e cigarro. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Vitamina C e diabetes

O diabetes é uma doença crônica e que está associada com várias outras comorbidades. Uma situação comum que também afeta diabéticos é periodontite, que é uma inflamação e infecção dos ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes. Além de higiene bucal adequada, algumas questões nutricionais podem estar relacionadas. Essa revisão de 2020 investiga o papel da vitamina C em periodontite de pacientes diabéticos. Os autores colocam que diversos estudos já demonstram que pacientes diabéticos e com periodontite possuem níveis mais baixos de vitamina C. Existem também estudos suplementando vitamina C nesses pacientes, porém, os resultados ainda são inconclusivos. Mas de fato, a deficiência de vitamina C pode piorar a periodontite, por isso, é importante ajustar a ingestão alimentar dessa vitamina. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.

Oleaginosas e exercício

O VO₂ max, ou volume de oxigênio máximo, é a capacidade máxima de transportar e metabolizar oxigênio durante um exercício físico. Assim, quanto maior o VO₂ max, melhor. Nesse estudo publicado em 2020, com estudantes universitários, foi observado que jovens com menor valor de VO2 max tinham maior IMC e circunferência da cintura. Por outro lado, aqueles que tinham maior VO2 max consumiam mais oleaginosas (pelo menos 3 porções por semana). Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Beta-glucana e colesterol

A  ingestão de fibras é importante para o controle de colesterol e glicemia. Pensando nisso, este estudo publicado em 2020 avaliou o efeito de 3g de beta-glucana vindo da aveia nos níveis de colesterol e glicemia de pacientes com hipercolesterolemia leve. Para isso, os pacientes foram divididos em dois grupos, que receberam os dois tratamentos, separados por um período de washout de 4 semanas. O tratamento foi 8 semanas de consumo de aveia (15 g/dia, contendo 3 g de beta-glucana) ou placebo. Após análises, foi observado que quando os pacientes ingeriam aveia com beta-glucana eles tinham uma diminuição no colesterol total e no colesterol não-HDL. Porém, não observou-se mudança na glicemia. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina D, ômega-3 e TEA

O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um distúrbio complexo do neurodesenvolvimento com apresentação clínica e etiologia heterogêneas. Um crescente número de evidências demonstra que a inflamação é uma situação bem comum em crianças com TEA. Pensando nisso, esses autores avaliaram o impacto da suplementação (por 12 meses) com vitamina D (2000 UI/dia) isolada, ômega-3 (772 mg de DHA/dia) isolado, da associação de vitamina D + ômega-3 ou placebo em crianças com TEA (de 2,5 – 8 anos). Quando todas as crianças foram incluídas nas análises, quem recebeu ômega-3 ou a associação de ômega-3 + vitamina D melhorou apenas um dos sintomas avaliados (consciência). Por outro lado, quando apenas as crianças com mais inflamação foram avaliadas, observou-se vários resultados interessantes: ômega-3 sozinho melhorou a escala de sintomas gerais e melhorou o funcionamento comunicativo social e a consciência; vitamina D sozinha melhorou a consciência; e a associação de ômega-3 + vitamina D melhorou a consciência. Ou seja, crianças com mais inflamação se beneficiaram do uso de suplemento com ômega-3 e vitamina D. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! A conduta deve ser feita sempre de forma individualizada.