Alimentação e cognição

O assunto cognição é um assunto bem recorrente por aqui. Já fiz vários postes mostrando que alguns alimentos podem ajudar a melhorar a cognição. Mas não basta consumir um alimento específico. A qualidade da dieta como um todo é muito importante. Nesse estudo agora de 2020, os autores analisaram a dieta de pacientes saudáveis e de pacientes com doença de Alzheimer e observaram correlação dessa dieta com a cognição dos pacientes. Em pacientes saudáveis, foi observado que uma menor ingestão de vegetais foi associado com piora em vários aspectos da cognição. Em pacientes com Alzheimer, uma baixa aderência a uma alimentação saudável, baixa ingestão de vegetais, alto consumo de bebida alcoólica e gordura trans também foram associados com piora cognitiva. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.

Polifenol e HDL

Polifenóis são moléculas derivadas de plantas caracterizadas pela presença de um ou mais anéis aromáticos e ligados a grupos hidroxilas. Essa característica confere benefícios a saúde do indivíduo, em especial pelo efeito antioxidante e anti-inflamatório. Nesse estudo publicado em 2020, os autores investigaram o impacto na ingestão de polifenóis alimentares e o efeito em pacientes com síndrome metabólica. Após análises, foi observado que uma maior ingestão de polifenol estava associada com aumento do HDL-colesterol (conhecido como “colesterol bom”). E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.

Frutas e sarcopenia

A sarcopenia, caracterizada por uma progressiva perda de massa muscular, é uma situação preocupante em idosos. Um dos fatores que pode ajudar a diminuir o risco de desenvolvimento de sarcopenia é ajustar a alimentação. Nesse estudo publicado em 2020, após analisar o consumo de frutas e verduras, foi observado que o consumo de 4 ou mais frutas por dia diminuiu 40% o risco de sarcopenia em idosos. Mas outros fatores alimentares também precisam ser ajustados. Por isso, procure um Nutricionista. Ele é o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação.

 

 

Cálculo renal e dieta

A nefrolitíase, também conhecida como cálculo renal ou pedra nos rins é uma condição bem comum na população. O tipo de “pedra” mais comum é de oxalato de cálcio. Esse problema é influenciado por múltiplos fatores ambientais, incluindo a alimentação. E é justamente sobre isso que essa revisão aborda. Como principais estratégias para diminuir o risco de cálculo renal, os autores colocam: diminuir consumo de carnes vermelhas, de alimentos ricos em cálcio (em especial leite e derivados) e de alimentos ricos em sódio (em especial os industrializados). Por outro lado, é importante aumentar o consumo de água, frutas e verduras. Além disso, os autores colocam que uma dieta vegetariana é o tipo de alimentação que mais está associada com menor risco de cálculo renal. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.

Whey e saciedade

O controle da fome e saciedade é algo bem estudado e discutido. Inúmeros fatores podem influenciar nisso. Dos macronutrientes, temos um destaque especial para as proteínas. E dentre elas, alguns estudos investigam o papel do whey protein. Nesse estudo, publicado agora em 2020, os autores compararam o efeito do whey protein isolado e da maltodextrina (carboidrato) no efeito da fome e saciedade de 8 pacientes obesos. Os pacientes receberam a mesma quantidade calórica vinda que whey protein ou maltodextrina e avaliaram fome e saciedade 1h e 2h após ingestão. Uma hora após ingestão, o consumo de whey protein aumentou mais a saciedade e diminuiu mais a fome. Porém, 2h após, o resultado no controle de fome e saciedade foi similar para as duas estratégias. Entretanto, o consumo de whey protein também conseguiu aumentar os níveis de GLP-1 (peptídeo que ajuda a dar saciedade), enquanto que a maltodextrina não teve esse efeito. Vale destacar que o número de pessoas que realizou o estudo foi pequeno. Por isso, não saia usando suplemento sem orientação de um profissional. Procure seu nutricionista primeiro.

 

Q10 e rugas

Mês passado, falei sobre a importância de alguns antioxidantes para melhorar a pele e diminuir o envelhecimento. Hoje, trago para vocês esse estudo realizado com mulheres de 40 a 65 anos de idade, no qual foi administrado placebo ou um suplemento contendo coenzima Q10 (50 mg), colágeno hidrolisado (4 g), vitamina C (80 mg), vitamina A (920 mcg) e biotina (150 mcg) por 12 semanas. Depois desse período, foram feitas análises que demonstraram que o suplemento diminui as rugas, aumentou a quantidade de colágeno na derme e melhorou a maciez da pele. Entretanto não foram observadas melhoras significativas na hidratação e nem na viscoelasticidade da pele. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada no seu caso!

Alimentação e câncer de mama

O papel da alimentação na prevenção de câncer de mama não é novidade. No guideline de alimentação para câncer de mama se fala, em especial, de aumento na ingestão de grãos integrais, frutas, verduras, leguminosas e diminuição de industrializados, carnes vermelhas, açúcares, grãos refinados, gordura e bebida alcoólica. De modo bem interessante, essa meta-análise demonstrou que 25% de casos de câncer de mama que ocorrem por uma baixa-moderada adesão à essas recomendações alimentares. Por outro lado, uma alta adesão diminui o risco desse tipo de câncer. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Azeite de oliva e colesterol

Em novembro do ano passado fiz um poste sobre azeite de oliva podendo auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares. Uma das situações que aumenta o risco dessas doenças é o aumento no colesterol total, em especial do LDL-colesterol. Nessa revisão publicada agora em 2020, os autores abordam o impacto do azeite de oliva nos níveis de LDL-c, e na capacidade antioxidante e anti-inflamatória da HDL-c. Após analisar vários artigos, os autores colocam que temos evidências de que o azeite de oliva extra virgem ajuda a diminuir a aterogenicidade da LDL e a aumentar o efluxo de colesterol pelos macrófagos (ou seja, aumentar a HDL). Além disso, o azeite de oliva e seus constituintes parecem também melhorar a ação antioxidante e anti-inflamatória da HDL. Porém, mais estudos ainda são necessários. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Ele vai te orientar sobre qual deve ser o consumo de azeite de oliva.

Sono e alimentos ultraprocessados

Ter uma boa noite de sono é essencial para a saúde. Mas isso pode sofrer influência de diversas questões, incluindo questões nutricionais. Nesse estudo realizado aqui no Brasil, por pesquisadores de São Luís (Maranhão), foi avaliado a qualidade do sono de quase 2500 adolescentes e demonstrado associações entre hábitos alimentares e qualidade do sono. Primeiro, foi observado que 57,1% dos adolescentes tinham uma baixa qualidade do sono. Segundo, após análises estatísticas, foi visto que os adolescentes que consumiam mais alimentos ultraprocessados, tinham um risco maior de ter uma baixa qualidade do sono. Por outro lado, aqueles que consumiam mais alimentos frescos ou minimamente processados, tinham um menor risco de ter alteração no sono. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

 

Fadiga em idoso

É muito comum idosos sentirem fadiga / cansaço. E isso pode ser ocasionado por diversas questões, incluindo deficiências nutricionais. E essa revisão fala justamente disso, de nutrientes importantes para ajudar na melhora da fadiga. Os autores colocam sobre a importância de ajustar na alimentação a quantidade de proteína e de ácidos graxos essenciais. Além disso, deficiências de algumas vitaminas, minerais e eletrólitos poderiam piorar a fadiga, por isso, é importante avaliar, em especial, vitamina C e as vitaminas do complexo B, sódio, magnésio e zinco. Por fim, os autores também colocam que carnitina, triptofano e coenzima Q10 também poderiam ser interessantes. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! A conduta sempre deve ser feita de forma individualizada.