Q10 e exercício

A prática de atividade física é bem importante para a saúde. Porém, exercícios extenuantes podem estar associados com mais risco de lesão, mais inflamação, estresse oxidativo e alterações em parâmetros hematológicos. Saber como modular e o momento de modular essas alterações trará benefícios para o indivíduo. Nesse estudo publicado esse ano, os autores avaliaram o efeito da suplementação com 200 mg de ubiquinol (coenzima Q10) ou placebo por 2 semanas em exercício extenuante em 100 indivíduos bem treinados. Após 2 semanas, o grupo que usou a coenzima Q10 aumentou parâmetros hematológicos e diminuiu citocinas inflamatórias. Mas lembre-se que dependendo da fase de treinamento que a pessoa se encontra, os objetivos podem ser diferentes. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Zinco e TPM

A tensão pré-menstrual (TPM) é uma ampla gama de sintomas físicos e psicológicos cíclicos que muitas mulheres experimentam durante a idade reprodutiva. Nós mulheres sofremos e, os homens, indiretamente, também sofrem (hehe). Existem várias estratégias nutricionais que podem ajudar a aliviar os sintomas da TPM. Uma delas é o zinco!! Nesse estudo publicado agora esse ano, os autores avaliaram os efeitos da suplementação de zinco em vários aspectos associados à TPM. Para isso, foi suplementado 30 mg de zinco ou placebo por 12 semanas. Após esse período, as mulheres que receberam zinco melhoraram os sintomas físicos e psicológicos da TPM, além de aumentarem a TAC (capacidade antioxidante total) e os níveis de BDNF (fator neurotrófico derivado do encéfalo) – que está diminuído em pacientes com TPM. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Anemia na gestação

Uma gestação normal consome cerca de 500-800 mg de ferro da mãe. É comum uma anemia fisiológica durante a gestação. Mas isso tem que ser avaliado com cautela, já que uma anemia pode contribuir para comorbidade e mortalidade da mãe e do bebê. Por outro lado, estudos demonstram que a suplementação de ferro pode ajudar a diminuir a frequência da anemia, diminuir o risco do bebê nascer com baixo peso e nascer prematuro. Porém, a suplementação deve ser feita de forma individual e bem criteriosa. Por isso, se você estiver grávida, procure por um nutricionista para orientá-la melhor.

 

Ômega-6, ômega-3 e depressão

Que o ômega-3 é importante para ajudar na depressão não temos mais dúvida. Vários estudos e meta-análises mostram a importância desse ácido graxo nos transtornos de humor. Mas, de modo bem interessante, esse artigo de 2020 conseguiu estipular a quantidade mais efetiva de ômega-3, ômega-6 e a relação entre w6:w3 pensando em depressão. Em relação ao ômega-3, foi observado que a ingestão que mais diminui risco de depressão é na quantidade de 1,1 mg/Kcal/dia. Porém, acima de 1,8 mg/Kcal/dia, não se observa mais benefício. Em relação ao ômega-6, o menor risco de depressão observa-se com a ingestão de 8,8 mg/Kcal/dia. E acima de 11,9 mg/Kcal/dia não se observa mais benefício. Por fim, os autores também observaram que quanto mais a relação entre ômega-6 e ômega-3 (w6:w3), maior o risco de depressão. Ou seja, precisamos ajustar na dieta a quantidade isolada de ômega-3 e ômega-6 e, ter uma relação adequada entre esses dois ácidos graxos poli-insaturados. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Enxaqueca e emagrecimento

As dores de cabeça estão associadas com várias questões fisiopatológicas. Duas delas bem importantes são a inflamação e estresse oxidativo. Uma situação que aumenta inflamação e estresse oxidativo é a obesidade. Estudos já comprovam que pacientes obesos podem ter uma piora das dores de cabeça. Mas será que emagrecer melhora a dor de cabeça? E foi isso que essa meta-análise publicada em 2020 avaliou. Após avaliar 10 estudos, foi demonstrado que o emagrecimento (tanto por estratégias cirúrgicas ou não cirúrgicas) está associado com melhora das dores de cabeça. Emagrecer diminui a frequência, a severidade da dor, e a duração da dor de cabeça. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação e ajuda-lo a emagrecer é o Nutricionista!

Antioxidante e pele

Conforme os anos passam, nossa pele vai se modificando. Vários fatores contribuem para a piora da pele, deixando ela mais seca, com menos elasticidade, menos firmeza, mais rugas, etc. Uma das coisas de mais piora esse quadro de envelhecimento é o estresse oxidativo. Por outro lado, apostar em uma dieta antioxidante pode ajudar.  Em alguns casos, suplementos também podem ser interessantes. Nesse estudo publicado em 2020, os autores fizeram um suplemento antioxidante a avaliaram vários parâmetros relacionados com a pele. O suplemento tinha vitamina C, E, D, A, selênio, licopeno, luteína, extrato de Camellia sinensis (chá verde), extrato de Polipodium leucotomus e extrato de Vitis vinifera (uva). Esse suplemento foi administrado por 12 semanas em pessoas com 40-65 anos de idade. Após o período, foi observado que o suplementou aumentou a capacidade antioxidante da pele e melhorou a hidratação, o brilho e a elasticidade da pele. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Silimarina e isotretinoína

Um dos tratamentos para acne severa é o uso de isotretinoína/roacutan. Porém, esse medicamento causa alguns efeitos colaterais. Um deles é o aumento de enzimas hepáticas, como a AST e ALT. Por outro lado, sabemos que a silimarina, encontrada na planta Silybum marianum (conhecida como cardo mariano), é um excelente protetor hepático. Nesse estudo publicado em 2020, os autores avaliaram o efeito da suplementação de silimarina em pacientes usando isotretinoína e o impacto disso nas enzimas hepáticas. Para isso, 74 pacientes usando isotretinoína receberam placebo OU 140 mg de silimarina por 30 dias. Após os 30 dias, foi observado que aqueles que receberam silimarina tiveram os níveis de AST e ALT mais baixos, sugerindo que a silimarina pode ser usada para impedir as alterações hepáticas induzidas pela isotretinoína. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Mel e DCV

Recentes estudos têm indicado um papel benéfico do mel para a saúde humana. O mel tem mais de 180 compostos. Porém, a composição química do mel é influenciada por sua origem botânica, modo de processamento, estações do ano e condições ambientais. A maior parte dos benefícios do mel é atribuída a seus constituintes polifenólicos e flavonoides. Nessa revisão de 2020, o autor aborda o papel do mel e seus componentes nas doenças cardiovasculares. In vitro e em animais, já existem vários estudos mostrando efeitos antioxidantes, antitrombóticos, antiplaquetários e antidislipidêmicos do mel. Além disso, temos vários estudos com os fitoquímicos que estão presentes no mel. Porém, os estudos em humanos ainda são limitados. A conclusão do autor é que o mel possui compostos fenólicos que podem ajudar na proteção contra doenças cardiovasculares, mas mais estudos em humanos ainda são necessários. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Óleo de coco, EGCG e esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença autoimune, de caráter inflamatório, que deteriora a bainha de mielina dos neurônios. Devido à inflamação, também se aumenta o risco de outros problemas, como ansiedade, fadiga e incapacidade funcional. Por outro lado, algumas estratégias nutricionais podem ajudar a combater a inflamação e esses outros sintomas. Nesse estudo recém publicado, foi avaliado o impacto da associação de 60 mL óleo de coco com 800 mg EGCG (fitoquímico presente no chá verde) na inflamação, ansiedade e incapacidade funcional de pacientes com esclerose múltipla. O óleo de coco extravirgem foi administrado 2 vezes ao dia (30 mL no café da manhã e 30 mL no almoço). Já o EGCG foi administrado 400 mg de manhã e 400 mg de tarde, por um período de 4 meses. Um outro grupo recebeu placebo. Todos foram orientados a seguir uma dieta isocalórica, com 5 refeições ao dia, baseada na dieta do mediterrâneo. Após análises, o grupo que recebeu óleo de coco e EGCG melhorou os sintomas de ansiedade e a incapacidade funcional. Ambos os grupos diminuíram os níveis de IL-6 (marcador inflamatório). Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Mindful eating

Mindful eating ou comer consciente consiste em trazer consciência para tudo o que envolve o comer (quando, porque, onde, etc). Além de estimular a atenção plena na hora de comer, o Mindful eating acaba também estimulando mudanças no comportamento alimentar. E isso pode influenciar em outras questões importantes, como compulsão alimentar e alteração de humor. E foi isso que esse artigo publicado agora em 2020 avaliou. A relação do Mindful eating com compulsão alimentar e alteração de humor em estudantes universitários. Após análises, foi observado que o comer consciente foi inversamente associado com compulsão alimentar e com alteração de humor. Ou seja, quem comia com atenção plena, tinha menos compulsão alimentar e menos alteração de humor. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!