Ácidos graxos e imunidade

Os ácidos graxos (gorduras) derivados da dieta são fontes essenciais de energia e componentes estruturais fundamentais das células. Eles também desempenham papéis importantes na modulação das respostas imunes na saúde e na doença. E é sobre a importância dos ácidos graxos para a imunidade que esse artigo de 2019 discute. Os ácidos graxos saturadas e os insaturados influenciam nas funções das células imunes do sistema inato e adaptativo, alterando a composição e a fluidez da membrana e agindo através de receptores específicos. Um desequilíbrio entre os ácidos graxos saturados e insaturados, bem como um desequilíbrio entre ácidos graxos poli-insaturadas n-6/n-3, tem consequências significativas na homeostase do sistema imunológico, contribuindo para o desenvolvimento de muitas doenças alérgicas, autoimunes e metabólicas. Por isso, procure um nutricionista para te ajudar a ajustar os lipídeos da sua alimentação.

Colina e neuroproteção

Diversos nutrientes são importantes para o desenvolvimento e funcionamento adequado do cérebro. Um dos nutrientes que tem papel relevante é a colina, encontrada em especial nos ovos. Nessa revisão publicada em 2019, o autor aborda os principais mecanismos pelos quais a colina atua para a melhora do cérebro. De forma resumida, a colina é importante como doador de grupo metil (modulando a expressão de genes e neurotransmissores); é importante para a integridade da membrana dos neurônios (por formar a fosfatidilcolina); é importante para formar a acetilcolina (neurotransmissor associado com memória); controla os níveis de homocisteína (que se tivesse em excesso pode piorar o cérebro). Ou seja, temos vários motivos para estimular o consumo de ovos. Mas lembre-se, é sempre bom procurar um nutricionista para avaliar seu caso individualmente.

Dieta inflamatória e intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é uma das desordens gastrointestinais funcionais mais comuns, apresentando sintomas como dor abdominal e mudanças nos hábitos intestinais. A etiologia não é totalmente elucidada, mas sabe-se que alguns fatores podem influenciar, como: suscetibilidade genética, sexo feminino, histórico familiar e fatores alimentares. Nesse estudo publicado agora em 2019, os autores avaliaram o efeito de uma dieta inflamatória no risco de desenvolver síndrome do intestino irritável. Essa dieta inflamatória é caracterizada por um alto consumo de industrializados, farináceos, gordura saturada, gordura trans, açúcares e pobre em fibras, gorduras insaturadas, fitoquímicos e micronutrientes. Após análises, foi observado que as pessoas com maior score de índice inflamatório da dieta possuem 36% mais risco de ter síndrome do intestino irritável. Se considerarmos apenas indivíduos com sobrepeso ou obesidade, aqueles com dieta mais inflamatória tem um risco 64% maior de ter síndrome do intestino irritável. Por isso, ajustar a dieta é muito importante. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Esteatose hepática e microbiota

A esteatose hepática não alcoólica é definida como um acúmulo de gordura no fígado. Questões de estilo de vida tem um papel muito importante nessa doença, incluindo exercício físico e alimentação. Além disso, vários estudos tem sugerido o envolvimento da microbiota intestinal na saúde hepática. Por um lado, a disbiose intestinal parece estar envolvida no desenvolvimento e/ou progressão da esteatose hepática. Por outro lado, diversos estudos utilizando probióticos ou simbióticos (probiótico + prebiótico) demostram benefícios dessas estratégias para o fígado, incluindo diminuição das transaminases, diminuição da inflamação e até mesmo, uma melhora na esteatose hepática. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Magnésio, fibra e SOP

Já falei algumas vezes sobe a importância da alimentação na síndrome do ovário policístico (SOP). Um dos pontos importantes é a modulação no consumo de carboidrato nessas mulheres. Mas esse não é o único ponto a ser pensado. De forma bem interessante, esse artigo publicado em 2019 investigou a associação entre o consumo de fibra e de magnésio (um mineral bem importante para o nosso corpo) e parâmetros envolvidos na fisiopatologia da SOP. Primeiramente, os autores demonstraram que as mulheres com SOP ingeriam menos fibra e menos magnésio na dieta. Depois, foram realizadas análises estatísticas e demonstrado que a ingestão de fibra foi inversamente correlacionada com resistência à insulina, insulina em jejum, testosterona e DHEAS. Já o consumo de magnésio foi inversamente correlacionado com: resistência à insulina, PCR (proteína C-reativa) e testosterona; e positivamente relacionado com HDL-colesterol. Ou seja, aumentar fibra e magnésio tende a trazer benefícios para a SOP. E lembre-se, para ajustar a alimentação, procure o Nutricionista.

Alimentação e depressão

Já falei em vários postes sobre a importância de ter uma alimentação saudável pensando em prevenção de depressão. Mas ainda não tínhamos estudos avaliando o efeito da mudança da alimentação em pacientes que já têm depressão. Mas agora temos!!!! Esse estudo pegou pacientes depressivos que se alimentavam de forma inadequada (dieta não saudável) e que não tinham modificado seu tratamento medicamentoso nas últimas duas semanas e dividiu esses pacientes em dois grupos: um grupo não mudou dieta e outro foi orientado a seguir dieta estilo mediterrânea (com mais frutas, verduras, azeite de oliva, peixes, grãos integrais e menos industrializados, menos carne vermelha e menos açúcar) por 3 semanas. Após análises, o grupo que mudou a dieta diminuiu sintomas depressivos em 3 semanas. De modo interessante, 3 meses depois do término do estudo foi feito perguntas via telefone para esses pacientes e a melhora nos sintomas foi mantida. E você já sabe, mas não custa lembrar, o profissional mais habilitado para falar de alimentação com você é o Nutricionista!

Vitamina D e TPM

 A TPM é um problema comum entre as mulheres em idade reprodutiva. Ela inclui sintomas físicos, comportamentais e emocionais. Por outro lado, várias questões nutricionais podem influenciar nos sintomas da TPM. Esse estudo publicado em 2019 avaliou o efeito da suplementação com vitamina D em sintomas de TPM. Para isso, entraram no estudo 38 estudantes com TPM e deficientes em vitamina D (25(OH)D < 20 ng/mL), que receberam placebo ou 50.000 UI de vitamina D a cada 15 dias por 4 meses. Após esse período, observou-se que o grupo que recebeu vitamina D diminuiu mais os sintomas de TPM, aumentou a capacidade antioxidante total (TAC) do sangue e diminuiu IL-12. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Maçã e glicemia

Estratégias para controlar a glicemia (açúcar no sangue) em jejum e após refeição são super importantes. De modo bem interessante, esse estudo publicado dia 02 de dezembro avaliou o efeito da pré-ingestão de maçã na glicemia após a realização de uma refeição a base de carboidrato. Para isso, os autores fizeram 4 grupos diferentes: (1) ingestão de arroz; (2) co-ingestão de maçã e arroz ao mesmo tempo; (3) pré-ingestão de maçã e depois o consumo de arroz; (4) pré-ingestão de uma solução de açúcar (mesmo perfil que na maçã) e posterior consumo de arroz. Após análises, foi observado que o grupo que ingeriu a maça antes da refeição, aumentou menos a glicemia pós-prandial do que os outros grupos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Aditivo e Intestino

Doenças inflamatórias intestinais são doenças complexas e multifatoriais. Mas a alimentação tem um papel crucial. Enquanto alguns alimentos parecem ser benéficos, outros podem piorar as doenças inflamatórias intestinais. Nessa revisão publicada em 2019, os autores investigam o papel dos aditivos alimentares, presentes na maior parte dos alimentos industrializados, na piora dessas doenças intestinais. Os autores colocam que embora ainda sejam necessários mais estudos epidemiológicos, já existem sugestões de que aditivos alimentares e excesso de sal podem exacerbar a inflamação intestinal, podendo piorar as doenças inflamatórias intestinais. Por isso, ajustar a alimentação é muito importante. E o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre isso é o Nutricionista. Procure o seu.

Sono e síndrome metabólica

Essa é a semana do sono por aqui. Terça falamos de sono em crianças. Hoje, vamos falar do sono em adultos. Dormir pouco aumenta vários problemas/doenças, incluindo a síndrome metabólica. Nesse estudo publicado agora em 2019, após avaliar mais de 2700 pessoas, os autores observaram que dormir cerca de 7 horas por dia está associado com menos risco de síndrome metabólica. Por outro lado, dormir mais ou menos do que esse número pode aumentar o risco de síndrome metabólica. Por isso, pensar em melhoria da qualidade do sono é essencial. E a Nutrição pode te ajudar! Procure um bom Nutricionista!