Sono e criança

Uma alimentação adequada em crianças é de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento adequados. Outro ponto bem importante é ter um sono adequado, em quantidade (número de horas) e qualidade. E essas duas questões parecem estar relacionadas. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram o sono de crianças de 6-9 anos e a relação desse sono com ingestão calórica e de macronutrientes. Após análises, foi observado que as crianças que dormiam menos (< 7h por noite) tinham uma maior ingestão calórica, maior ingestão de gordura e maior ingestão de proteína. E isso a longo prazo poderia ser um fator de risco para obesidade. Por isso, melhorar a qualidade do sono e ajustar a alimentação são fatores bem importantes. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Azeite de oliva e DCV

O azeite de oliva extra virgem é um alimento que está ganhando destaque nos últimos anos. Ele possui ácido oleico (um ácido graxo monoinsaturado), além de vitamina E, polifenóis (como tirosol, hidroxitirosol e oleuropein) e esqualeno. Várias pesquisas estão avaliando os possíveis benefícios desse alimento para a saúde humana. Nessa revisão de 2019, os autores revisaram dados sobre o azeite de oliva e doenças cardiovasculares (DCV). Os autores colocam que, embora ainda sejam necessários mais estudos em humanos, existe sugestões de que o azeite de oliva pode auxiliar a diminuir o risco de DCV, em especial por diminuir a inflamação e o estresse oxidativo (que são duas situações associadas com a DCV). Porém, para um benefício do azeite de oliva, é importante que ele seja de boa qualidade e que tenha boas condições de armazenamento. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Vitex e mastalgia

A mastalgia cíclica é uma dor mamária bilateral e difusa que ocorre no período pré-menstrual. O Vitex agnus castus é um fitoterápico que tem sido estudado para melhorar vários sintomas de TPM. Nessa meta análise publicada em 2019 avaliou a efetividade do Vitex agnus castus em melhorar os sintomas de mastalgia. De forma interessante, foi demonstrado que o Vitex agnus castus é seguro e eficaz para auxiliar no alívio da mastalgia cíclica. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Asma e vitamina D

A asma é um distúrbio inflamatório comum das passagens aéreas. Ela envolve muitos elementos celulares, como mastócitos, eosinófilos e linfócitos T auxiliares. Por outro lado, alguns autores têm investigado o papel da vitamina D na asma e no funcionamento pulmonar. Mas será que ela realmente ajuda? Foi isso que essa meta-análise publicada em 2019 resolveu investigar. Após incluir 27 estudos nas análises, foi demonstrado uma correlação positiva entre níveis de vitamina D e a função pulmonar de pacientes com asma. Ou seja, quanto mais vitamina D, melhor era a função pulmonar. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Café e bike

A cafeína é um dos recursos ergogênicos mais estudados. Entretanto, a maioria dos estudos focam na suplementação dessa substância. De modo interessante, esse artigo publicado agora em 2019 avaliou o impacto na ingestão de café na performance de ciclistas durante teste de 5 km. Para isso, eles deram 0,09 g/Kg de café (contendo 3 mg/kg de cafeína) 60 minutos antes do teste de ciclismo. De forma interessante, beber o café melhorou a performance no teste, demonstrando que não é obrigatório trabalhar com a suplementação de cafeína. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Curcumina e depressão

A curcumina é o principal curcuminoide presente no açafrão da terra (Curcuma longa). Devido sua capacidade antioxidante e anti-inflamatória, a curcumina tem sido estuda para auxiliar no tratamento de várias doenças, incluindo diabetes, artrite reumatoide, doenças intestinais, e doenças envolvendo o cérebro. Nesse ponto, temos um destaque para o papel da curcumina na depressão. Nessa última meta-análise, publicada agora em 2019, analisando dados de 10 artigos, foi observado que a curcumina consegue diminuir sintomas depressivos e de ansiedade em pacientes com depressão diagnosticada. Desses estudos, a maioria utiliza dose alta de curcumina (1000 mg/dia) por 4 a 12 semanas. Porém, é importante destacar que nos estudos a única estratégia feita é o uso de crucumina. Na prática clínica, sempre vamos atuar de diversas maneiras, obtendo efeito sinérgico das condutas e, por isso, não necessariamente precisamos trabalhar com essa dosagem. Por isso, procure por um bom nutricionista para orientá-lo melhor.

Exercício e microbiota

A relação entre exercício físico e microbiota intestinal é complexa. Tanto o exercício pode influenciar na microbiota, quanto a função intestinal pode influenciar na saúde do atleta e na performance esportiva. Dessa forma, estudos investigando o papel da modulação da microbiota intestinal em atletas tem aumentado nos últimos anos. Essa revisão publicada esse ano discute justamente sobre isso. Os autores colocam que diferentes tipos de exercícios podem impactar na quantidade e variedade das bactérias intestinais. No caso de atletas, com alto grau de treinamento, existe risco maior de inflamação e disfunção na permeabilidade intestinal. Por outro lado, alguns estudos já demonstram que o uso de probióticos pode ajudar a diminuir esses sintomas, contribuindo para a saúde do atleta. Porém, ainda são necessários mais estudos para propor alguma dose ideal de probiótico e para estipular se existe alguma cepa mais importante do que outra. Mas uma coisa já se sabe, modular o intestino, direta ou indiretamente, vai trazer benefícios para atletas. E existem várias estratégias para fazer essa modulação intestinal. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Carboidrato e SOP

Já discuti algumas vezes sobre a síndrome do ovário policístico (SOP) por aqui. A SOP é a endocrinopatologia mais comum nas mulheres em idade reprodutora. Algumas características que essa mulher pode apresentar são: irregularidades menstruais, aumento de hormônios androgênicos (ex: testosterona) e cisto no ovário. Além disso, é muito comum ela ter resistência à insulina. Por esse motivo, tem sido proposto que, ajustar os carboidratos na alimentação, dando preferência aos de baixo índice glicêmico (IG), é uma das estratégias para auxiliar na melhora da SOP. Nesse estudo publicado agora em 2019, os autores avaliaram os efeitos de uma intervenção dietética por 24 semanas. A dieta tinha restrição calórica de 500 kcal, tinha 50% de carboidrato, 20% de proteína e 30% de gordura. Porém, os carboidratos eram todos de baixo a médio IG. Após 24 semanas, as mulheres com SOP tiveram diminuição dos níveis de testosterona total, diminuição do índice de androgênio livre (FAI) e aumento de SHBG (proteína que transporta os hormônios sexuais, deixando-os menos livre no sangue). Ou seja, melhorou o perfil hormonal das mulheres com SOP. Além disso, essa intervenção dietética também melhorou as irregularidades menstruais, mostrando que auxiliou na regulação do ciclo menstrual. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Chá verde e cognição

Mês passado já mostrei estudos de questões alimentares influenciando na melhora da cognição, você lembra? Outro alimento que parece trazer benefícios é o chá verde (Camellia sinensis). Essa planta possui polifenóis (em especial catequinas), teanina (um aminoácido) e cafeína, que juntas, parecem ser os responsáveis pelos benefícios do chá verde no cérebro. Essa revisão sistemática publicada esse ano, englobando 8 artigos com mais de 37 mil pessoas avaliou o impacto do consumo de chá verde na diminuição de risco de problemas cognitivos. Embora ainda sejam necessários mais estudos para uma real certeza no efeito, existe sim uma sugestão de que o consumo de chá verde parece diminuir o risco de demências, de prejuízo cognitivo e de doença de Alzheimer. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta vegetariana e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune, inflamatória e crônica. As articulações das mãos, pulsos e joelhos são as mais afetadas. Doenças infecciosas, cigarro e alteração na microbiota intestinal são alguns dos fatores associados com a progressão dessa doença. Além disso, mudanças alimentares podem influenciar na artrite reumatoide. Nessa revisão de 2019 os autores discutem sobre o papel de uma dieta mais baseada em plantas e com menos produtos de origem animal para artrite reumatoide. Embora ainda sejam necessários mais estudos para termos uma real certeza do efeito de uma dieta vegetariana para artrite reumatoide, já existem alguns dados sugerindo que excesso de carnes vermelhas, leite e derivados podem exacerbar os sintomas da artrite reumatoide por conta do efeito inflamatório desses alimentos. Por outro lado, dieta baseada em plantas (frutas, verduras) vão ter vários fitoquímicos e fibras, que vão ajudar a diminuir a inflamação e a modular a microbiota intestinal. Assim, diminuir produtos de origem animal e aumentar produtos de origem vegetal parece ser uma estratégia interessante para auxiliar no tratamento da artrite reumatoide. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!