Rhodiola rosea

A Rhodiola é um fitoterápico muito usado da China, Europa e América do Norte. Existem 96 espécies de Rhodiola, sendo que no Brasil a mais fácil de encontrar é a Rhodiola rosea. Ela é uma planta adaptógena (modula o estresse) e cada vez mais estudos estão sendo feitos para analisar o efeito da Rhodiola em doenças relacionadas ao envelhecimento. Nessa revisão publicada esse ano, os autores expõem alguns estudos relacionando a Rhodiola ou seus princípios ativos, em especial os salidrosídeos, para auxiliar em doenças neurodegenerativas (ex.: doença de Alzheimer, Parkinson, Huntington), doença cardiovascular (DCV), diabetes, hipertensão pulmonar, alguns tipos de câncer, etc. Porém, a maioria dos estudos ainda são em animais, sendo necessário mais estudos em humanos para uma melhor compreensão dos efeitos. Por isso lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Simbiótico e SOP

Se você me acompanha já sabe que a alimentação pode influenciar na síndrome do ovário policístico (SOP). Além da alimentação, a microbiota intestinal também é muito importante. Nesse estudo publicado em 2019, os autores resolveram comparar 4 estratégias nutricionais em mulheres com SOP: 1) suco de romã + simbiótico; 2) suco de romã; 3) bebida simbiótica; 4) suco controle. Vale destacar que o simbiótico tinha: 3 cepas de probióticos com 108 UFC/mL e 20 g inulina/L. Cada grupo ingeriu 2 litros da bebida por semana, durante 8 semanas. Após esse período, os autores analisaram os efeitos das bebidas em vários parâmetros relacionados com a SOP. O que deu diferença significativa foi na melhora da resistência à insulina, diminuição da testosterona total, do peso e da circunferência da cincutura em dois grupos: no grupo que associou suco de romã com o simbiótico e no grupo que tomou apenas a bebida simbiótica. Ou seja, a modulação do intestino com probiótico e prebiótico já foi suficiente para melhorar alguns dos parâmetros envolvidos na SOP. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Microbiota e autismo

Nós últimos anos tem surgido alguns estudos que sugerem que uma alteração na microbiota intestinal pode ser um dos fatores envolvidos no desenvolvimento do transtorno de espectro autista (TEA). Além disso, vários estudos mostram uma associação entre alteração da microbiota intestinal e sintomas neurocomportamentais em crianças com TEA. Pensando nisso, estudos tem investigado o papel da utilização de probióticos nessas crianças. Nessa revisão de 2019 os autores abordam a presença de disbiose em crianças com TEA e colocam que dentre vários mecanismos que podem estar associados com essa relação entre o intestino e o cérebro, o papel da inflamação, alteração na via da serotonina e alteração na formação de ácidos graxos de cadeia curta, que ocorre em situações de disbiose intestinal, são uns dos principais responsáveis por gerar alteração no cérebro de crianças com TEA. Além disso, os autores colocam que o uso de probióticos, em especial múltiplas cepas (incluindo Lactobacillus, Bifidobacterium e Coccus), pode ser uma estratégia interessante para auxiliar na melhora dos sintomas neurocomportamentais e alterações intestinais nas crianças com TEA. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Minerais e atletas

Minerais são micronutrientes essenciais, sendo necessária a ingestão através da alimentação. Os minerais exercem diversas funções no organismo e, quando estão deficientes, podem prejudicar a performance de atletas. Nessa revisão de 2019, os autores analisaram 128 estudos correlacionando minerais com marcadores de performance atlética. Após análises, os autores colocam que o ferro e o magnésio são os dois minerais com maior evidência científica de envolvimento na performance atlética. Porém, isso não significa que os outros minerais não são importantes. As necessidades nutricionais podem sofrer influência de diversos fatores e, por isso, as recomendações nutricionais devem ser ajustadas para cada pessoa em específico. Por isso, procure seu Nutricionista para orientá-lo melhor.

 

Vitamina A e gestação

A gravidez é um período de necessidades nutricionais específicas para manter a saúde da mãe e do bebê. A vitamina A desempenha um papel importante na função ocular e no desenvolvimento ósseo. Além disso tem um efeito protetor na pele e mucosa, desempenha um papel vital na capacidade funcional órgãos reprodutivos, participa no fortalecimento do sistema imunológico, está relacionado ao desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial e é essencial para o normal desenvolvimento do embrião. Durante a gestação há um aumento na demanda por vitamina A, particularmente no terceiro trimestre por causa do desenvolvimento fetal acelerado nesta fase. Doses de retinol sérico abaixo de 0,70 µmol/L já sugere deficiência de vitamina A. As necessidades de vitamina A em gestantes é de cerca de 2.600 UI por dia. Mas o excesso também pode ocasionar problemas. Doses acima de 10.000 UI de vitamina A por dia está associado com risco de teratogenicidade, em especial nos primeiros 60 dias após concepção. Porém, recomenda-se evitar suplementação acima de 5.000 UI de vitamina A para grávidas. Mas lembre-se, esses valores de vitamina A tem que considerar alimentação e suplementação. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Ovos

O consumo de ovos na alimentação já gerou e gera ainda bastante polêmica. É o vilão? É o mocinho? Mas você sabe todos os nutrientes que o ovo tem? Entender os aspectos nutricionais dos ovos pode te ajudar a definir o quanto adicionar esse alimento na sua dieta. Essa revisão de 2019 aborda os principais aspectos nutricionais dos ovos.

Em relação aos macronutrientes, a clara do ovo tem aproximadamente 87,8% de água, 10,9% de proteína, 0,9% de carboidrato e 0,2% de gordura. Já a gema do ovo tem aproximadamente 55% de água, 15,5% de proteína, 1,1% de carboidrato e 26,7% de gordura. Se considerarmos 100 g de ovo, ele contem uma média de 12,5 g de proteína (100 g de gema tem em torno de 15,9 g e 100 g de clara tem em torno de 10,9 g de proteína). A quantidade de lipídeo total varia de 8,7 a 11,2 g por 100 g de ovo, sendo que a quantidade de ácidos graxos monoinsaturados é maior do que a de ácidos graxos saturados.

Além de macronutrientes, o ovo é cheio de micronutrientes, em especial na gema do ovo. A gema do ovo contém praticamente todas as vitaminas, exceto vitamina C. Vale a pena destacar a quantidade de colina, que é de cerca de 680 mg em 100 g de gema. Já a clara do ovo contém um pouco de vitaminas do complexo B, em especial B2, B3 e B5. A vitamina B3 é a única vitamina que tem mais na clara do que na gema do ovo. Em relação aos minerais e elementos traços, os ovos possuem cálcio, cobre, iodo, ferro, magnésio, manganês, fósforo, potássio, selênio, sódio e zinco. Desses, a maioria está presente na gema. A clara por sua vez, tem um pouco mais de magnésio, potássio e sódio.

Os ovos também possuem proteínas com ação antimicrobiana e imunomodulatórias. Ou seja, o ovo tem vários nutrientes importantes para a saúde. Mas lembre-se, o profissional mais habilitado para saber o quanto você deve ingerir de ovo é o nutricionista. Procure o seu.

Abacate e peso corporal

Quando pensamos em ganho de peso corporal logo nos vem a cabeça alta ingestão de alimentos calóricos e gordurosos. Porém, de acordo com o alimento que estamos falando, o impacto na saúde será diferente. O abacate tem sim bastante caloria e gordura. Porém, o tipo de gordura é diferente da gordura de um fast-food, por exemplo. Além disso, ele possui nutrientes e fitoquímicos que trazem vários benefícios à saúde. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram se o consumo de abacate influenciava o risco de ganho de peso ao longo dos anos, comparando pessoas que consumiam menos de 32 g/dia com pessoas que consumiam mais de 32 g/dia desse alimento. Após análises, foi observado que as pessoas que consumiam mais de 32 g de abacate por dia ganhavam menos peso ao longo dos anos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta e cognição

O comprometimento cognitivo está associado ao aumento do risco de mortalidade, incapacidade e demência no final da vida, além de altos custos de assistência médica. Dentre os vários fatores que podem influenciar na cognição, diversos estudos têm investigado o papel da alimentação. De forma interessante, esse estudo publicado em 2019 avaliou o efeito da alimentação no início da vida adulta (de 25 até 45 anos) na performance cognitiva na meia idade (50 e 55 anos). Após análises, foi demonstrado que seguir uma dieta estilo mediterrânea e ter uma maior ingestão de alimentos saudáveis (em especial frutas, verduras e legumes) dos 25 aos 45 anos foi associado à melhor cognição com 50 e com 55 anos de idade. E lembra-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para orientá-lo  melhor.

 

Dieta DASH e coração

A doença arterial coronariana (DAC) é o subtipo de doença cardiovascular mais prevalente, acometendo milhões de pessoas. Evidências epidemiológicas sugerem que uma dieta saudável pode auxiliar na prevenção de DAC. Dentre essas dietas, alguns estudos investigam o papel da dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension). A dieta DASH foi originalmente proposta para diminuir a pressão arterial e é caracterizada por aumento na ingestão de frutas, legumes, cereais integrais, produtos lácteos com baixo teor de gordura e nozes, e um baixo consumo de sódio, bebidas açucaradas e carne vermelha e processada. Porém, o efeito da dieta DASH na DAC ainda é discutido. Mas essa meta-análise publicada em 2019 avaliou justamente isso. De mais de 3 mil estudos, entraram nas análises 7 estudos, envolvendo mais de 370 mil pessoas. Após análises, foi observado que em comparação com quem tinha uma menor adesão, quem tinha maior adesão à dieta DASH teve diminuição no risco de DAC. E isso foi observado de forma dose-resposta linear: cada aumento de 4 pontos na escala de dieta DASH poderia reduzir o risco de DAC em 5%. Mas nunca se esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

Tocotrienol e osso

A osteoporose é uma doença esquelética caracterizada pela diminuição da massa óssea, deterioração da microarquitetura e comprometimento da força óssea, podendo afetar homens e mulheres. Diversos estudos demonstram o benefício de estratégias nutricionais para melhorar a qualidade do osso e diminuir o risco de osteoporose. Nessa revisão publicada em 2019, os autores abordam o possível papel do tocotrienol (uma das formas da vitamina E – presente em óleos vegetais, vegetais verdes escuros, abacate, sementes, oleaginosas, farelo de arroz, etc) na prevenção da osteoporose. Pelo menos em animais, o tocotrienol mostra-se eficaz em prevenir a perda de massa óssea ocasionada por diversos modelos animais diferentes. Em relação aos possíveis mecanismos, se destaca o papel do tocotrienol em diminuir inflamação e estresse oxidativo e regular a via do mevalonato (que forma substâncias envolvidas no remodelamento ósseo). Isso tudo iria ajudar a diminuir a ação do osteoclasto (células que faz a desmineralização óssea). Porém, os próprios autores colocam que ainda é necessário mais estudos em humanos para analisar melhor os efeitos e as doses que seriam necessárias. Por isso, lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!