Carnitina, cromo e SOP

A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma doença multifatorial que afeta vários órgãos endócrinos. Algumas das alterações que as mulheres com SOP podem ter são: alteração no ciclo menstrual, hirsutismo (aumento de pelos), aumento de inflamação e estresse oxidativo, alteração em sintomas mentais, etc. Por outro lado, várias estratégias nutricionais estão sendo estudadas para tentar melhorar esses sintomas e a própria SOP em si. Vários estudos investigam o papel isolado da carnitina e do cromo na SOP. Esse estudo de 2019, resolveu avaliar os efeitos da co-suplementação dessas duas estratégias. Para isso, os autores suplementaram placebo OU 1000 mg de carnitina com 200 mcg de cromo por 12 semanas em 54 mulheres com SOP. Após esse período, as mulheres que receberam a co-suplementação melhoraram mais dos sintomas de humor, melhorou os parâmetros hormonais (diminui testosterona total e hirsutismo), diminui PCR (marcador de inflamação) e MDA (marcador de estresse oxidativo) e aumentou a capacidade antioxidante total. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Cafeína e depressão

A dieta é um fator modificável que pode influenciar na depressão. A cafeína é uma das substâncias que estão sendo estudadas para auxiliar na diminuição dos sintomas depressivos. A cafeína (encontrada no café, chimarrão, chá verde, chocolate amargo) consegue atravessar a barreira hematoencefálica e atingir o cérebro, podendo exercer vários efeitos. Porém, em relação ao seu papel nos sintomas depressivos, os dados ainda são controversos. Nesse estudo publicado em 2019 os autores avaliaram se existe associação entre a ingestão de cafeína e sintomas depressivos em quase 5 mil indivíduos. Após fazer 3 modelos de ajustes metodológicos, em dois deles foi observado uma relação inversa entre o consumo de cafeína e os sintomas depressivos, ou seja, quem ingeriu mais cafeína tinha menos sintomas. Porém, vale destacar que existem vários polimorfismos para a cafeína e que o excesso dessa substância também pode trazer algumas consequências. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Brássicas e tireoide

O sulforafano é uma sustância presente nas brássicas (ex.: brócolis, couve, couve de bruxelhas, couve-flor, nabo, rabanete). Esses alimentos demonstram uma capacidade antioxidante bem interessante, tendo a capacidade de ativar uma fator de transcrição chamado Nrf2. Porém, alguns estudos sugerem que, dependendo da dose, o sulforafano também poderia ocasionar problemas de tireoide. Nesse estudo, os autores deram suco feito com o broto do brócolis (contando 40 µmol de sulforafano e 600 µmol do precursor glucorafanin) por 12 semanas para 137 pessoas, enquanto que 130 receberam suco placebo. Para avaliar o funcionamento da tireoide, entraram nas análises 45 mulheres. Após as análises, não foi observado nenhuma alteração nos ní­veis de TSH, T4 livre, tireoglobulina e nem nos autoanticorpos contra a tireoide (anti-TG e anti-TPO). Ou seja, o suco com brócolis se mostrou seguro, não causando nenhum problema para a tireoide. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

Dieta e esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória autoimune incurável que leva à desmielinização no sistema nervoso central. Essa doença afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. A maior parte das pessoas começarão com uma esclerose múltipla do tipo remitente-recorrente, onde as recaídas ou exacerbações são seguidas por perí­odos de recuperação. Em alguns casos, a doença segue um curso progressivo desde o início, sem momentos de recuperação. Como não tem cura, o tratamento farmacológico é baseado em sintomas e costuma ter vários efeitos colaterais. E ai entra a Nutrição. Algumas estratégias alimentares parecem melhorar a qualidade de vida desses pacientes, na tentativa de não evoluir a doença tão rápido. Embora ainda sejam necessários mais estudos, essa revisão de 2019 aborda os principais alimentos que devem ser evitados e aqueles que devem ser incluídos na alimentação. Após revisar 32 estudos, os autores colocam que os principais alimentos que devem ser diminuídos da dieta são: alimentos com gordura saturada, açúcar, leite e glúten. Por outro lado, deve-se aumentar o consumo de frutas, verduras, alimentos ricos em fibras, ômega-3 e vitamina D. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure um para orientá-lo melhor e analisar seu caso individualmente.

 

Dieta e qualidade do esperma

Problemas de fertilidade acometem muitos casais. Em torno de 30% dos casos, o problema é com a fertilidade masculina. Mas você sabia que o estilo de alimentação pode impactar na qualidade do sêmen?! Nesse estudo publicado agora em 2019, os autores avaliaram 309 homens italianos (com idade de 27-60 anos) e associaram a aderência a uma dieta estilo mediterrânea com paramentos do sêmen. Desses homens, 19,3% tinham alteração no volume do sêmen (<1,5 mL), 30,5% tinham baixa concentração de espermatozoides (<15 milhões/mL), e 32,1% tinham baixa contagem de espermatozoide (<39 milhões). Correlacionando com a aderência a uma dieta estilo mediterrânea, foi demonstrado que uma alta aderência a esse estilo de dieta foi associada com uma normal contagem e concentração dos espermatozoides. Porém, não deu diferença em relação ao volume. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Outras questões nutricionais também são importantes pensando em fertilidade.

 

Lipídeos séricos e depressão

Se você me acompanha, sabe que várias questões podem estar correlacionada com sintomas depressivos. Nesse estudo publicado esse ano, os autores avaliaram os níveis de lipídeos séricos (LDL colesterol, HDL colesterol, triglicerídeos, relação LDL/HDL) em pacientes com depressão e pacientes saudáveis. Após análises, um maior nível de LDL (152,5 vs. 134,0 mg/dl,) e uma maior relação LDL/HDL (2,82 vs. 2,21) foram observados em pacientes com episódios depressivos. Além disso, foi observado que quanto maiores os níveis de triglicerídeos, colesterol total, LDL colesterol e da relação LDL/HDL, mais grave são os sintomas depressivos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Micotoxina e leite materno

O leite materno pode conter poluentes como resultado da exposição materna. E isso pode acarretar em alguns problemas para o bebê. Nesse estudo publicado em 2019 os autores avaliaram a presença de micotoxinas no leite materno e a principal fonte de contaminação. Após análises, os autores observaram a presença de várias micotoxinas no leite materno. Zearalenona e deoxinivalenol estavam presentes em mais de 59% dos leites. Dos contaminantes, o que mais impactou nos níveis de micotoxinas no leite foi o cigarro. Vale destacar que alguns alimentos também podem conter micotoxinas. Por isso, procure um Nutricionista, ele é o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação.

 

Sono e Alzheimer

Cerca de 60% dos pacientes com doença de Alzheimer tem problemas no sono. Mas ai vem um questionamento: problemas no sono é uma das consequências das alterações do Alzheimer ou o problema no sono é um fator de risco para a doença de Alzheimer? É isso que os autores desse estudo publicado em 2019 revisam. Eles colocam que, por um lado, a progressão da doença de Alzheimer pode influenciar em regiões cerebrais que controlam o ciclo sono-vigília, podendo influenciar negativamente no sono. Por outro lado, vários estudos também demonstram que ter alteração prévia no sono pode predispor a um maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Ou seja, embora ainda se tenha dúvidas se o problema de sono é causa ou consequência, melhorar a qualidade do sono é muito importante. E a nutrição pode ajudar nisso. Procure o seu nutricionista para orientá-lo melhor.

Cólica e plantas

 A dismenorreia, mais conhecida como cólica menstrual, é uma dor uterina ocasionada pelo endométrio descamando. Ela pode aparecer 48 horas antes da menstruação e persistir por até 72 horas. Mas você sabia que existem várias estratégias nutricionais para ajudar a aliviar essa cólica? Essa revisão de 2019 aborda alguns fitoterápicos que podem auxiliar na melhora desse sintoma. Dentre os fitoterápicos que os autores comentam, dois deles são bem comuns no Brasil e fácil de adicionar na alimentação, na forma de infusão, que são a camomila (Matricaria recutita) e o funcho (Foeniculum vulgare). Porém, as doses dos estudos variam. Por isso, para saber detalhes e de outras estratégias nutricionais que também vão ajudar a aliviar as cólicas, procure um bom Nutricionista.

Minerais e alopecia

A alopecia areata é um tipo de alopecia não cicatricial e, embora seja considerada uma doença autoimune, o estresse oxidativo desempenha um papel bem importante na fisiopatologia desse tipo de queda de cabelo. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram os níveis séricos de vários minerais e metais pesados (zinco, manganês, ferro, cadmio, magnésio, chumbo, cobalto e cobre) em 30 pacientes com alopecia areata e compararam com 31 pacientes saudáveis. Após análises, foi visto que os pacientes com alopecia areata tinham níveis diminuídos de zinco e manganês (que possuem atividade antioxidantes) e níveis aumentados de cadmio, ferro, magnésio, chumbo, cobalto e cobre. Porém, vale destacar que o estudo foi pequeno e que mais estudos são necessários. Por isso, lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!