Micronutrientes e DMG

O diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma das complicações metabólicas mais comuns durante a gravidez. Durante a gestação, a demanda por insulina é aumentada devido à resistência progressiva à insulina para assegurar o crescimento e desenvolvimento fetal adequado. Por outro lado, vários micronutrientes são importantes para assegurar um metabolismo da glicose de forma adequada. Nesse estudo publicado em 2019, os autores investigaram a adequação de micronutrientes pré-gestacional e o risco de desenvolver DMG. Após analisar mais de 6 mil grávidas, foi observado que aquelas que tinham uma maior adequação de micronutrientes antes de engravidar tinham 39% menos risco de desenvolver DMG quando comparado com as mulheres com uma baixa adequação nutricional de micronutrientes. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Dieta, microbiota e humor

Situações como estresse, ansiedade e depressão estão cada vez mais frequentes na população. Se você me acompanha por aqui, já sabe que várias questões nutricionais podem influenciar nesses problemas. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram a presença de sintomas de depressão, ansiedade e estresse (através da escala DASS-42) em indivíduos adultos e associaram com a microbiota intestinal e com a dieta. Após análises, foi encontrado uma associação entre a escala DASS42 e 28 bactérias, incluindo uma relação inversa entre ansiedade e Bifidobacterium em mulheres e uma relação inversa entre depressão e Lactobacillus em homens. Já em relação à dieta, foi observado uma relação inversa entre o consumo de frutas e sintomas depressivos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Bisfenol e fertilidade

A exposição a contaminantes ambientais é uma das causas de infertilidade. Dentre esses contaminantes, um dos mais estudados é o bisfenol A, muito encontrado em plásticos, incluindo em embalagem de alimentos. Nessa revisão de 2019 os autores expõem as principais evidências que demonstram o impacto negativo do bisfenol A na fertilidade masculina. De forma resumida, o bisfenol A tem ação estrogênica e antiandrogênica, sendo capaz de alterar o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal e alterar vias epigenéticas, o que culminam em várias consequências ao sistema reprodutor. Vários estudos em humanos demonstram que homens com maior bisfenol A (seminal, urinário e/ou plasmático) têm alterações em hormônios sexuais e uma piora na qualidade do espermograma, podendo diminuir número e concentração de espermatozoide, diminuir a motilidade e a vitalidade dos espermatozoides. Ou seja, quanto menos exposição à disruptores endócrinos, melhor! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Goji berry

As goji berries são frutas originárias da Ásia, mas que se hoje encontramos em vários países, inclusive no Brasil. Essa fruta possui polissacarídeos, fibras, carotenoides (em especial a zeaxantina) e vários compostos fenólicos, como ácido cafeico, ácido clorogênico, quercetina, kaempferol, rutina, entre outros. Nessa revisão publicada em 2019, os autores expõem as principais propriedades farmacológicas das goji berries. Dentre as principais, é mencionado suas propriedades antioxidantes, efeito protetor na visão, diminuição de lipídeos séricos, efeitos hipoglicemiante, neuroprotetor e cardioprotetor, além de estar sendo estudado seu efeito anticâncer e antienvelhecimento. Dos efeitos adversos, alguns pacientes podem apresentar reações alérgicas e pode interagir com o medicamento warfarina. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina D e esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença autoimune caracterizada por desmielinização crônica. Vários estudos sugerem que baixos níveis de vitamina D no sangue parece estar associado à patogênese da esclerose múltipla. Porém, a dose de suplementação de vitamina D ainda é questionada. Nesse estudo publicado em 2019, os autores colocam que a maioria dos artigos mencionam a dosagem sanguínea de 25(OH)D deveria estar entre 30-50 ng/dL (ou 75-125 nmol/l) em pacientes com esclerose múltipla. Quanto a suplementação, doses baixas de vitamina D parecem trazer benefícios para a esclerose múltipla. Já doses altas de vitamina D ainda tem estudos controversos, alguns inclusive mostrando que doses muito elevadas pode não ser tão interessante. Porém, ainda faltam estudos para ter uma total clareza sobre o assunto. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista para avaliar seu caso individualmente.

Dieta e Refluxo

A doença do refluxo gastroesofágico é uma doença comum caracterizada pelo refluxo do conteúdo estomacal para o esôfago, sendo muito comum sintomas de “queimação”. Mas você sabia que o refluxo pode piorar ou melhorar de acordo com sua alimentação? Nesse estudo publicado em 2019, os autores colocam que o que mais pode piorar o refluxo são: café, refrigerantes ou outras bebidas carbonadas, bebida alcoólica, alimentos fritos, pimentas, chocolate, etc. Por outro lado, aumentar a ingestão de alimentos com vitamina A, vitaminas do complexo B, cálcio e ferro podem ajudar a diminuir refluxo. Porém, individualidade é muito importante, nem todas as pessoas respondem da mesma forma aos mesmos alimentos. Por isso, o mais importante é você procurar um Nutricionista para avaliar seu caso individualmente e orientá-lo(a) da melhor forma.

Autismo e disruptor endócrino

Algumas evidências sugerem que a exposição aos poluentes ambientais pode estar associada aos distúrbios do neurodesenvolvimento, como o transtorno de espectro autista (TEA). Dentre esses poluentes ambientais, destacam-se os disruptores endócrinos, que estão presentes em produtos de limpeza, embalagens plásticas (inclusive de alimentos), alimentos com pesticidas/agrotóxicos, etc. Esses disruptores endócrinos podem alterar eixos endócrinos hormonais e isso pode estar associado com vários problemas de saúde. Nesse estudo, os autores avaliaram se esses disruptores endócrinos passam pela placenta da grávida, chegando ao bebê e se isso está associado com o risco de TEA. Após análises, foi observado a presença de metais pesados e alguns disruptores endócrinos no fluido amniótico, demonstrando que eles podem atravessar a placenta e chegar no bebê. Além disso, foi visto que ter menos disruptor endócrino estava associado com menor risco de TEA. Vale destacar que a suscetibilidade genética pode influenciar nas respostas aos tóxicos ambientais e contribuir para aumentar as vulnerabilidades da doença. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Alecrim

O Rosmarinus officinalis, conhecido popularmente como alecrim, é uma planta amplamente espalhada pelo mundo, com uso culinário e medicinal. Ele possui vários fitoquímicos, incluindo: ácido cafeico, ácido ursólico, ácido clorogênico, ácido rosmarínico, carnosol, ácido oleanólico, entre outros. Vários estudos investigam os possíveis efeitos terapêuticos do alecrim para a saúde humana. Nessa revisão publicada em 2019, os autores revisão sobre as possíveis ações do alecrim e colocam que ele parece ter ações: antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiproliferativa, neuroprotetora, antinociceptiva, melhora de dislipidemia e controle de peso, entre outras. Porém, ainda são necessários mais estudos clínicos para entender melhor o efeito e analisar dosagens do alecrim. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Glúten e sintomas gastrointestinais

Os distúrbios gastrointestinais funcionais são caracterizados por sintomas gastrintestinais crônicos / recorrentes não relacionados a distúrbios orgânicos. Uma das estratégias que vem sendo feita nesses casos é a eliminação de alimentos com glúten (presente no trigo, centeio e cevada). Mas será que essa eliminação traz mesmo benefícios? Foi isso que essa revisão publicada em 2019 avaliou! Após analisar 11 estudos sobre o assunto, os autores colocam que embora existam dados controversos, a maioria dos estudos mostram uma melhora dos sintomas gastrointestinais quando o indivíduo adota uma dieta sem glúten, em especial se a pessoa tem síndrome do intestino irritável. Porém, vale a pena destacar que dietas de exclusão devem ser acompanhadas por um Nutricionista, para evitar deficiências nutricionais e ajustar o que se deve comer no lugar dos alimentos excluídos. E lembre-se, individualidade é MUITO importante, nem sempre a exclusão do glúten será a estratégia mais eficiente. Procure o seu Nutricionista!

Resveratrol e triglicerídeos

É comum pacientes com diabetes tipo 2 terem alterações nos lipídeos séricos, como aumento de triglicerídeo, colesterol, LDL-c e/ou diminuição de HDL-c. Essa meta-análise publicada em 2019 avaliou se o resveratrol tem algum efeito benéfico no perfil dos lipídeos séricos de pacientes diabéticos. Após análises, foi demonstrado que o tratamento a longo prazo (≥ 6 meses) com resveratrol diminui os triglicerídeos dos pacientes. Porém, pode ocorrer um aumento nos níveis de colesterol total nos pacientes obesos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele avaliará a melhor estratégia para o seu caso.