Aditivo alimentar e intestino

Já falei várias vezes sobre a importância de ter um intestino funcionando bem e uma microbiota adequada. Mas você sabia que os aditivos alimentares (presentes na maioria dos produtos industrializados) podem influenciar no intestino? Essa revisão de 2018 aborta justamente isso. Os autores colocam que os aditivos alimentares, em especial os espessantes, podem piorar a microbiota intestinal, aumentar a inflamação e aumentar a permeabilidade intestinal. E, com o intestino alterado, pode-se piorar várias funções do organismo e aumentar o risco de vários sintomas, como compulsão alimentar. Sobre esse ponto, alguns estudos já sugerem que o alto consumo de aditivos alimentares podem alterar peptídeos cerebrais relacionados com o controle da fome e saciedade. Ou seja, quanto mais alimento in natura você consumir e menos industrializado, melhor. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Cólica menstrual e alimentação

A prevalência de cólica menstrual entre as mulheres é bem alta. Se você me acompanha, sabe que eu já mostrei artigos falando que alguns alimentos podem ajudar a diminuir as cólicas, como o gengibre. Por outro lado, esse artigo publicado em 2018, mostrou que alguns alimentos podem aumentar o risco de ter cólicas menstruais. Após analisar 258 estudantes universitárias, os autores demonstraram que consumir refrigerantes a base de cola nos primeiros dias do ciclo menstrual e ter um alto consumo de carnes vermelhas aumentam o risco de ter cólica menstrual. Nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para orientá-lo melhor.

Vitamina D e enxaqueca

O verão chegou e as pessoas tendem a pegar mais sol. Embora o excesso de sol possa trazer prejuízos à saúde, em quantidade adequadas ele é importante para a síntese de vitamina D. Essa vitamina tem várias funções importantes do corpo e, sua deficiência, pode estar correlacionada com vários problemas. Nesse recente estudo foi avaliado os níveis de vitamina D em pacientes com enxaqueca. Após análises, foi observado que pacientes com enxaqueca tinham níveis menores de vitamina D do que pacientes controle. Porém, ainda faltam estudos avaliando se suplementar vitamina D e/ou aumentar a exposição solar podem trazer benefícios do tratamento da enxaqueca.

 

Carboidrato e diabetes gestacional

O diabetes gestacional é uma das complicações metabólicas mais comuns da gestação. E pode causar riscos para a mãe e para o bebê. Mas você sabia que a alimentação antes de engravidar já pode influenciar no risco de diabetes durante a gestação? Pois é, esse artigo avaliou a qualidade do carboidrato ingerido antes de engravidar com o risco ou não de ter diabetes gestacional. E vejam que interessante, mulheres que tinham uma maior ingestão de fibras, frutas ou suco de frutas tinham menos risco de desenvolver diabetes gestacional. Por outro lado, mulheres que ingeriam mais cereais tinham mais risco de desenvolver diabetes durante a gestação. Nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure um!

Alimentos e depressão

Se você acompanha meus postes já sabe que vários nutrientes são importantes para diminuir e/ou ajudar no tratamento da depressão. Para conseguir todos esses nutrientes, precisamos de uma alimentação adequada e equilibrada. Esse artigo de 2018 elege os principais alimentos de origem vegetal e os principais de origem animal pensando nesses nutrientes importantes para a depressão. Os autores colocam que dos alimentos vegetais, destacam-se as folhas verdes, pimentas e as brássicas (ex.: brócolis, couve, couve-flor, nabo, rabanete, couve de Bruxelas, etc.). Já os principais destaques dos alimentos de origem animal são os frutos do mar em geral e as carnes orgânicas. Porém, vale a pena lembrar que já falamos de vários outros alimentos importantes e que uma alimentação desse ser individualizada. Por isso, o mais importante é você procurar um nutricionista para orientá-lo melhor.

Prebiótico e osso

Mês passado falamos do intestino para a melhora do fígado. Mas os estudos mostrando os benefícios de modular o intestino não param. Nesse estudo de revisão publicado em 2018 os autores colocam o papel dos prebióticos (que funcionam como os “alimentos” para as bactérias do nosso intestino) no metabolismo ósseo. Os autores colocam que o uso de prebióticos pode melhorar o funcionamento intestinal, melhorar a microbiota e diminuir a permeabilidade intestinal e, tudo isso, contribui para diminuir a inflamação e melhorar o metabolismo ósseo. Além disso, os prebióticos ajudam a melhorar o metabolismo do cálcio, melhorando a absorção desse nutriente que é importante para a saúde óssea. Não sabe como adicionar probióticos no seu dia-a-dia?! Procure o seu nutricionista!

Melasma e zinco

Melasma é uma hipermelanose adquirida comumente na pele exposta ao sol, particularmente na face, que se apresenta como máculas e manchas simétricas, de cor clara-cinza-acastanhada. Por outro lado, sabe-se que o zinco é importante para várias questões envolvendo a pele. Mas não existia estudos relacionando o zinco com melasma. Mas agora esse ano, foi publicado esse artigo avaliando justamente isso. E sabe o que os autores observaram? Que pessoas com melasma tinham níveis séricos de zinco menores do que as pessoas sem melasma. Mas isso não quer dizer que o baixo nível de zinco é que causa o melasma e nem que todos os pacientes vão ter deficiência desse mineral. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente, fazer ajustes na dieta e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.

Low carb e tubo neural

Dietas low carb estão cada vez mais populares. Mas será que todas as pessoas podem fazer esse tipo de dieta?? Esse estudo publicado em 2018 avaliou o consumo de dieta low carb em mulheres com o risco ter bebês com defeitos no tubo neural. Após analisar mais de 10 mil mulheres e seus bebês, os autores demonstraram que fazer uma dieta bem restrita em carboidrato (≤ ao percentil 5, o que corresponde a cerca de 95 g de carboidrato por dia) aumenta em cerca de 30% o risco dos bebês nascer com defeitos do tubo neural. Além disso, eles observaram que as mulheres fazendo esse tipo de dieta tinham uma ingestão menor de ácido fólico, que é uma vitamina fortificada nas farinhas e que está associada com menor risco de defeitos do tubo neural. Porém, não se tem como afirmar se o problema é apenas pela deficiência de ácido fólico ou não. Ou seja, mais estudos ainda são necessários, mas é importante avaliar a conduta e se existe a necessidade de suplementação. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Curcumina e intestino

Com frequência o tema curcumina aparece por aqui, não é mesmo. E de fato, esse composto presente no açafrão da terra tem diversos efeitos benéficos para a saúde. Mas você sabia que existe uma relação entre microbiota e curcumina? Nessa revisão publicada esse ano os autores abordam essa associação bidirecional entre curcumina e microbiota intestinal. Por um lado, a curcumina pode ajudar a modular de forma benéfica a microbiota intestinal, além de diminuir a inflamação do intestinal. Por outro lado, a microbiota intestinal pode influenciar na biodisponibilidade da curcumina. Quer saber como utilizar e a melhor forma de aproveitar os benefícios desse composto? Procure um nutricionista! Ele é o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação!

Centella asiatica e estria

Muitas mulheres quando estão grávidas desenvolvem estrias. Para o tratamento, normalmente se utiliza produtos tópicos. Porém, esse estudo avaliou a ingestão oral do extrato seco de Centella asiatica (225 mg, 3x/dia por 6 semanas) em mulheres no pós parto (pelo menos 6 meses após o parto) e sua eficácia para as estrias de gestação. Após as 6 semanas de uso, a ingestão desse fitoterápico melhorou a espessura da pele no geral e no centro da estria, aumentou componentes do colágeno e melhorou parâmetro relacionado a termoregulação e nutrição da pele. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! O uso de fitoterápicos deve ser bem orientado, já que nem todos podem e beneficiar.