Autista, alimentação e osso

É muito comum ver crianças com transtorno de espectro autista (TEA) se alimentando de forma inadequada. O problema é que essa alimentação ruim, além de causar deficiências nutricionais, também pode trazer outras consequências à saúde dessas crianças. Nesse estudo, os autores analisaram a adequação de calorias e macronutrientes da alimentação de crianças com TEA e viram que essas crianças tinham uma ingestão 16% menor nas calorias totais da dieta e 37% e 20% menor na ingestão de proteína e gordura, respectivamente. Ou seja, crianças com TEA se alimentavam, em especial, de maior quantidade de carboidratos. Além disso, os autores também fizeram análise de densidade mineral óssea e observaram que as crianças com TEA tinham uma menor densidade mineral óssea, sugerindo uma piora no osso dessas crianças. Embora não se posso ter certeza absoluta do motivo, o que se acredita é que essa piora no osso seja uma das consequências da alimentação inadequada dessas crianças. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Doença celíaca e fertilidade

A doença celíaca é uma doença autoimune que está associada com alterações tanto no intestino quanto em outros órgãos. Um dos problemas associados à doença celíaca é uma maior chance de problemas de fertilidade. Nesse estudo, foi avaliada a reserva ovariana, através da análise do hormônio antimulleriano (AMH) em mulheres com doença celíaca. Comparado com mulheres sem doença celíaca, as mulheres com essa doença tinham níveis menores de AMH, demonstrando uma menor reserva ovariana, o que poderia ser um dos pontos que dificultaria uma gestação. Porém, algumas estratégias nutricionais podem ajudar a melhorar a fertilidade dessas mulheres. Um bom nutricionista saberá te orientar!

Alimentos para proteger a pele

Se você acompanha meus posts, sabe que eu já falei sobre a ação de vários nutracêuticos para a melhora da pele. A maioria deles focando em diminuição de estresse oxidativo na pele, diminuindo os danos ocasionados pelos raios ultravioletas. Nessa revisão publicada esse ano, os autores discutem sobre o papel de alguns alimentos, fitoterápicos ou fitoquímicos presentes em alimentos na diminuição do estresse oxidativo e proteção da pele. Dentre eles, os autores destacam o papel dos polifenois do chá verde, polifenois da semente de uva, quercetina, sulforafano (das brássicas – brócolis, couve, couve-flor, nabo, rabanete), aloe vera, curcumina (do açafrão da terra), Sylibum marianum, Panax ginseng e própolis. Embora ainda sejam necessários mais estudos, esses alimentos e compostos tem demonstrado um possível papel na prevenção de danos ocasionado a pele. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Beta-caroteno e câncer de mama

O outubro rosa é destinado a prevenção do câncer de mama. Vários estudos investigam o papel da alimentação na prevenção e no tratamento do câncer de mama. Essa meta-análise publicada em agosto desse ano avaliou a ingestão de beta-caroteno ou de vitamina A na sobrevivência do câncer de mama. Após análises, foi demonstrado que uma maior ingestão dietética de beta-caroteno aumentou a sobrevivência de mulheres com câncer de mama. Por outro lado, quando se avaliou a ingestão de vitamina A, não foi encontrado correlação. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Dieta e cognição

Já falei sobre vários artigos mostrando benefício da dieta do mediterrâneo. Esse estilo de dieta, rica especialmente em frutas, verduras, azeite de oliva e peixes também traz benefícios para o cérebro. Esse grande estudo publicado em 2018 avaliou a relação desse estilo de alimentação com a prevenção de problemas cognitivos em adultos e idosos. Após anos aplicando questionário alimentar em mais de 25 mil homens, foi demonstrado que os indivíduos que tinham uma maior aderência a dieta estilo mediterrânea, tinha menos risco de ter problemas cognitivos, sugerindo que mudanças alimentares podem ajudar na prevenção ou atraso de declínio cognitivo. Mas nunca se esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Berries e carne

Muitos produtos vendidos no mercado têm aditivos alimentares, que podem trazer problemas para a saúde. Mas alternativas mais naturais estão sendo propostas para melhorar isso. Nesse estudo os autores discutem sobre o uso de extratos de berries (frutas arroxeadas) em produtos à base de carne para diminuir a oxidação e assim, melhorar a qualidade final do produto. Mas lembre-se, quanto menos produto industrializado e mais alimento in natura você consumir, melhor será para a sua saúde. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Dieta e menopausa

A menopausa indica o término da fase reprodutiva da mulher. Entrar na menopausa muito cedo pode aumentar o risco de osteoporose, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, depressão e morte prematura. Mas você sabia que alguns hábitos alimentares podem ajudar a diminuir a chance de menopausa precoce? Nesse estudo publicado em 2018, após acompanhar 914 mulheres por 4 anos, foi demonstrado que:

– O consumo de óleo de peixe atrasou em 3,3 anos/porção/dia o início da menopausa;

– O consumo de legumes frescos atrasou em 0,9 anos/porção/dia o início da menopausa;

– O consumo de macarrão e arroz refinados adiantou em 1,5 anos/porção/dia;

Ou seja, mudanças alimentares podem predizer a idade da entrada da menopausa. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

NAC e autismo

O tratamento tradicional para melhorar sintomas comportamentais de crianças com transtorno de espectro autista (TEA) ainda é insatisfatório. Dessa forma, estratégias complementares são necessárias e vem sendo investigadas. Uma dessas estratégias é o uso da N-acetil-cisteína (NAC), que dentre vários mecanismos de ação, consegue diminuir o estresse oxidativo e modular a neurotransmissão glutamatérgica, pontos importantes para crianças com TEA. Nesse estudo publicado em 2018, os autores deram 500 mg/dia NAC ou placebo para crianças de 3-9 anos, por 24 semanas e investigaram o efeito na irritabilidade, agressividade, agitação e comunicação verbal. Após 6 meses de intervenção, as crianças que receberam NAC tiveram um aumento da tranquilidade / calma, uma diminuição da agressividade e agitação e melhora da comunicação verbal. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Probióticos e SOP

A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma desordem endócrina caracterizada por várias alterações clínicas e metabólicas. Uma alteração bem comum de se encontrar é o aumento da inflamação. Nesse estudo publicado em 2018, os autores utilizaram 4 cepas de probióticos (Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus fermentum e Lactobacillus gasseri), na quantidade de 1 bilhão de UFC de cada uma das cepas ou placebo, em mulheres com SOP e avaliaram a influência dessa intervenção no peso corporal e em marcadores de inflamação. Após 12 semanas, quem utilizou probióticos, diminuiu mais o peso corporal, o índice de massa corporal (IMC) e tiveram um aumento nos níveis plasmáticos de IL-10 (uma citocina com ação anti-inflamatória). Ambos os grupos (probiótico e placebo) tiveram uma diminuição de marcadores inflamatórios (IL-6 e PCR ultrassensível). Embora ainda sejam necessários mais estudos, sugere-se que o uso de probióticos possa auxiliar na modulação da inflamação nas mulheres com SOP, o que melhoraria os aspectos fisiopatológicos dessa doença. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Antioxidantes e neurodegeneração

Várias evidências sugerem que o estresse oxidativo desempenha um papel relevante no desenvolvimento e/ou piora de doenças neurodegenerativas como doença de Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose lateral amiotrófica. Esse estresse oxidativo ocorre quando temos um aumento de radicais livre e/ou diminuição de antioxidantes. Dessa forma, aumentar a ingestão de antioxidantes via dieta pode ser uma estratégia importante para ajudar a diminuir o estresse oxidativo. Nessa revisão publicada agora em 2018, os autores discutem sobre a importância de antioxidantes lipídicos nas doenças neurodegenerativas. Observa-se que os níveis sanguíneos de vitamina A, beta-caroteno, alfa-caroteno, licopeno, luteína, vitamina E e coenzima Q10 estão diminuídos em doenças neurodegenerativas. Entretanto, ainda não é claro se a suplementação com esses nutrientes traria benefício. Ou seja, o que se sabe é que é importante uma adequação na alimentação para equilibrar os níveis plasmáticos desses antioxidantes no sangue. Se será ou não necessário um complemento com suplementação, isso deverá ser analisado individualmente. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.