Alimentos e doença cardiovascular

A morte por doenças cardiovasculares (DCV) está cada vez mais comum. Por outro lado, fatores de vida, incluindo a nutrição, tem um papel relevante na prevenção e tratamentos das DCV. Nessa revisão de 2018 os autores pontuam que os principais alimentos que parecem ter um efeito cardioprotetor são: oleaginosas e sementes, frutas (romã, cítricos, maçã, berries, uvas) e verduras, peixes e produtos marinhos, chá verde, chocolate amargo, açafrão da terra, alho e café. Mas lembra-se, antes de tornar essa informação um senso comum, procure um bom nutricionista. Ele vai orientar o que é melhor para você!

Insulina e câncer de próstata

Uma alteração no metabolismo da glicose pode estar associada à vários problemas de saúde. Nessa revisão publicada em 2018 os autores discutem a relação do aumento de insulina e o câncer de próstata. E sabe o que foi observado?! Que a hiperinsulinemia aumenta o risco de desenvolvimento, a progressão e a agressividade do câncer de próstata. Ou seja, modular a dieta para controlar os níveis de insulina é de extrema importância. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Obesidade em crianças e adolescentes

O número de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade vem crescendo. E isso está diretamente relacionado com a alimentação. Nesse estudo publicado em 2018, os autores avaliaram crianças de 6-7 anos e adolescentes de 13-14 anos e correlacionaram a ingestão alimentar com o Índice de Massa Corporal (IMC). Após análises, foi demonstrado que os adolescentes que consumiam oleaginosas no mínimo 3 vezes na semana tinham menor IMC. Já nas crianças, foi evidenciado um menor IMC com a ingestão de vegetais pelos menos 3 vezes na semana. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Noz pecan e DCV

O consumo gorduras “boas”, com os ácidos graxos monoinsaturados, é super interessante para a saúde. Um alimento rico nessa gordura é a noz pecan. Esse estudo publicado em 2018 avaliou o efeito de uma dieta rica em noz pecan em marcadores associados ao risco de doenças cardiovasculares (DCV). Para isso, os autores dividiram os indivíduos em duas dietas, com quantidade iguais de calorias, gordura e fibras por 4 semanas. A diferença entre os grupo foi que um ingeriu noz pecan (em torno de 42 g/dia) e outro não. Após 4 semanas, a dieta rica em noz pecan melhorou a insulina, a resistência à insulina, o funcionamento das células beta-pancreáticas e marcadores relacionados com risco de DCV. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Degeneração macular e dieta

A degeneração macular relacionada com a idade é uma doença crônica que afeta a retina e que pode deixar o indivíduo cego. Mas você sabia que hábitos alimentares podem ajudar a diminuir o risco de desenvolver esse problema? Essa publicação de 2018 avaliou justamente isso. E sabe o que eles demonstraram? Que uma dieta estilo mediterrânea diminui o risco de degeneração macular relacionada com a idade. Analisando os grupos de alimentos isoladamente, o benefício foi observado com um aumento no consumo de vegetais, frutas e oleaginosas. Analisando os nutrientes, a prevenção foi associada com um aumento na ingestão de fibras, gorduras (em especial ácidos graxos monoinsaturados, poli-insaturados e ácido linoleico), vitamina A, C, E, caroteno, folato, magnésio, ferro, zinco e água. Além disso, atividade física regular também foi associada ao menor risco de degeneração macular relacionada com a idade. Lembre-se que o profissional mais capacitado para orienta-lo sobre alimentação é o nutricionista!

Compulsão e memória

O controle da fome e da saciedade tem sido muito estudado nos últimos anos. Mas os mecanismos envolvidos em uma compulsão alimentar é bem complexo! Pesquisas recentes estão sugerindo o papel da memória na compulsão alimentar e no ganho de peso! Os comportamentos alimentares são sustentados por processos de tomada de decisão neuro-cognitiva que depende da memória funcional e da memória episódica. Esses sistemas são influenciados por sinais metabólicos que fornecem informações sobre o armazenamento de energia a curto e a longo prazo, proporcionando assim um mecanismo pelo qual as necessidades nutricionais estão ligadas à motivação e ao controle comportamental. A interrupção dos sistemas de memória está ligada à desregulação do apetite e ao aumento de peso, o que sugere que trabalhar com questões de memória pode auxiliar no consumo alimentar mais saudável e diminuir a compulsão alimentar. Ou seja, existem vários fatores associados à compulsão e, com certeza, uma equipe multidisciplinar formada por nutricionista, psicólogo e médicos conseguirão um resultado muito mais interessante do que o trabalho de apenas um profissional isolado!

Carnitina e fertilidade

Várias estratégias nutricionais podem ajudar a melhorar a fertilidade. Entre elas, o uso da carnitina. Na fertilidade masculina, o uso de carnitina já é bem documentado. Mas você sabia que a carnitina também tem efeito benéfico na fertilidade feminina? Essa revisão agora de 2018 coloca que tanto a forma de L-carnitina quanto a forma de acetil L-carnitina podem trazer benefícios na fertilidade feminina. Os autores ainda discutem que esses benefícios podem ser devido a efeitos diretos e indiretos nos oócitos, bem como devido a efeitos indiretos do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina K e esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença autoimune em que ocorre a morte dos oligodendrócitos (células que formam a bainha de mielina). Uma das questões envolvidas na fisiopatologia dessa doença é a inflamação. Nesse ponto, alguns aspectos nutricionais vem sendo estudados. Nesse estudo publicado agora em 2018 foi avaliado os níveis de vitamina K2 nesses pacientes e foi visto que pacientes com esclerose múltipla tem níveis séricos de vitamina K2 muito menores do que pacientes sem a doença (mais de 3 vezes menor). Segundo os autores, isso pode ocorrer devido a depleção dessa vitamina, a menor produção pela microbiota intestinal, diminuição na absorção ou pela menor ingestão dietética do precursor (vitamina K1). Além disso os autores acreditam que essa diminuição pode piorar a progressão da doença, embora isso necessite de mais estudo. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina B12 e vegetariano

Pessoas vegetarianas ou veganas são mais suscetíveis à deficiência de vitamina B12, e isso pode aumentar o risco de anemia megaloblástica, problemas cognitivos, depressão, etc. Por isso, muitos desses pacientes precisam de suplementação de vitamina B12. Mas quanto dar de suplementação? Esse estudo comparou a suplementação com baixa dose (50 mcg/dia, totalizando 350 mcg/semana) com uma suplementação com alta dose (2000 mcg/semana em uma única tomada) por 90 dias em pacientes vegetarianos ou veganos com deficiência marginal de B12. Após 90 dias, ambos os protocolos aumentaram os níveis de B12 e outros parâmetros associados com o metabolismo dessa vitamina (holotranacobalamina, ácido succinico) de forma similar. Além disso, ambos os protocolos diminuíram o ácido metilmalônico e a homocisteína. Ou seja, trabalhar com baixas doses todos os dias já foi eficiente na recuperação da B12 nesses pacientes. Mas lembre-se, lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Doenças neurodegenerativas

Os efeitos ambientais experimentados durante os primeiros 1000 dias de vida, representados pelos nove meses de gravidez mais os dois primeiros anos de vida, são transmissíveis à prole e às gerações subsequentes. E isso pode aumentar ou diminuir o risco de várias doenças no futuro. Essa revisão publicada em 2018 fala justamente dos fatores ambientais que podem ocorrer nos primeiros 1000 dias e que podem influenciar no risco de desenvolver doenças neurodegenerativas no futuro. Os autores colocam que o consumo de pesticida nos alimentos, excesso de metal pesado, álcool na gestação, excesso de carnes e alimentos gordurosos e deficiência de vitamina B12 e B9 podem levar a alterações epigenéticas não interessantes, podendo aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. Por outro lado, aumento de vegetais, grão integrais e alimentos contendo fitoquímicos podem propiciar mudanças epigenéticas favoráveis. Além disso, a modulação da microbiota é de extrema importância. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!