Nutrição e acne

Um dos tratamentos usados em casos graves de acne é a isotretinoina (roacutan). Porém, seu uso está associado com alguns efeitos colaterais. Incluindo deficiências nutricionais. Esse estudo avaliando o efeito desse medicamento em 60 pessoas com acne demonstrou que após 4 meses de uso de isotretinoina, os indivíduos tinham níveis menores de vitamina B12, ácido fólico e um nível aumentado de homocisteína (associado com risco de doença cardiovascular). Ou seja, um acompanhamento nutricional em pacientes que estão usando isotretinoina é essencial! Procure seu nutricionista!

Carne e câncer

Já é consenso que o excesso no consumo de carnes vermelha pode trazer prejuízos a saúde. Esse estudo prospectivo com mais de 60 mil indivíduos, publicado agora em 2018, mostra mais um ponto. Após avaliar a incidência de câncer e o consumo de carnes vermelhas, foi demonstrado que o consumo de carne vermelha aumenta o risco de câncer global e aumenta risco de câncer de mama (tanto na pré-menopausa quanto na pós-menopausa). E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para orientá-lo melhor!

Coenzima Q10 e enxaqueca

Já sabemos há algum tempo que a coenzima Q10 ajuda a melhorar a enxaqueca. Mas esse artigo publicado em 2018 foi além de melhora de sintomas. Os autores avaliaram também questões envolvidas na fisiopatologia da enxaqueca. Para isso, eles recrutaram 45 mulheres com enxaqueca e dividiram em dois grupos: um recebeu 400 mg/dia de coenzimas Q10 e outro recebeu placebo por 3 meses. Após o término do estudo, foi observado que o grupo que recebeu coenzima Q10 diminuiu a frequência, severidade e duração da enxaqueca. Além disso, a coenzima Q10 diminuiu o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e os níveis de inflamação das pacientes, dois fatores que estão associados com o aparecimento da enxaqueca. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.

Vitaminas e autismo

Os transtornos de espectro autista (TEA) incluem vários transtornos relacionados com o desenvolvimento neurológico. Porém, os mecanismos fisiopatológicos ainda não são 100% entendidos e não existe um medicamento ideal! Por outro lado, várias questões nutricionais estão envolvidas! Esse artigo publicado em 2018 relacionou o papel de duas vitaminas em crianças com TEA. Após analisar mais de 300 crianças com TEA, os autores demonstraram que a deficiência de vitamina A e de vitamina D é mais prevalente nessas crianças do que nas crianças sem TEA. Além disso, as crianças que tinham deficiências das duas vitaminas ao mesmo tempo, tinham mais sintomas de TEA. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Depressão pós-parto

A depressão pós-parto afeta de 20-40% das mulheres após o nascimento do bebê. Mas você sabia que os níveis de vitamina D podem influenciar nisso? Essa revisão sistemática publica em 2018 coloca que níveis deficientes de vitamina D estão associados com maior risco de depressão pós-parto. Porém, ainda não se tem total clareza sobre a real ação da vitamina D, se o seu papel é na regulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, nos níveis de estradiol, no níveis de serotonina, na diminuição de citocinas inflamatórias ou por influenciar em outros pontos fisiopatológicos da depressão. Porém, manter níveis adequados dessa vitamina é muito importante! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Proteína, idoso e osso

É comum idosos diminuírem a ingestão de proteínas. Porém, uma ingestão proteica muito baixa pode trazer alguns problemas. Esse estudo de 2018 avaliou a relação da ingestão proteica com a qualidade do osso de pessoas com 70 anos. Após análises, foi observado que, nos homens, quem ingeria menos proteína tinham menor densidade mineral óssea no fêmur e na lombar. Os autores acreditam que esse efeito seja principalmente devido a importância da proteína na manutenção da massa muscular. Dessa forma, a ingestão adequada de proteína é de extrema importância. Lembre-se que o profissional mais qualificado para orientar a quantidade e o tipo de proteína que você deve ingerir é o Nutricionista!

Rhodiola e estresse

O estresse é uma reação fisiológica à ameaça ou à pressão, que se manifesta como sintomas físicos de exaustão ou perda de energia e sintomas psicológicos, incluindo irritabilidade ou tensão. Embora o corpo possa inicialmente se adaptar ao estresse, se o estresse persiste ou se tiver uma intensidade muito alta, começará a trazer prejuízos à saúde. Um das estratégias para melhorar o estresse é o uso de fitoterápicos. Nesse estudo publicado esse ano, foi discutido o papel da Rhodiola rosea no estresse. A Rhodiola rosea é um adaptógeno, ou seja, ela aumenta a resistência ao corpo ao estresse, exaustão e fadiga. Vários estudos em humanos demonstram que o uso do extrato seco (normalmente 200 mg, 2 vezes ao dia) pode ajudar a prevenir o estresse e, se a pessoa já estiver estressada, pode ajudar a diminuir os sintomas e prevenir complicações associadas ao estresse. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Depressão e glicemia

A depressão piora a qualidade de vida dos indivíduos! Além disso, ela pode estar associada com vários problemas de saúde. Esse estudo publicado em 2018 avaliou pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) e viram que as mulheres tinham mais risco de depressão do que os homens. Além disso, foi demonstrado que as mulheres com diabetes e depressão tinham um pior controle glicêmico quando comparado com a mulheres diabéticas mas sem depressão! Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele avaliará seu caso e saberá orientá-lo.

Passiflora e gestante

Com gestante, todo cuidado é pouco. Principalmente tratando de fitoterapia. A infusão de Passiflora incarnata (folha do maracujá) é usada em gestantes para ajudar a tratar ansiedade, insônia e depressão. Porém, existem alguns relatos na literatura de problemas associado ao uso desse chá! Nesse estudo publicado em 2018 eles colocam 6 casos pontuais de problemas com o uso de Passiflora: em uma gestação ocorreu morte neonatal, duas ocorreram ruptura prematura das membranas, duas ocorreram a síndrome da aspiração do mecônio em bebês e uma ocorreu hipertensão pulmonar persistente em bebês. Vale ressaltar que são casos isolados e que ainda não se pode tirar conclusões disso (nem da segurança e nem da proibição do uso). Os próprios autores colocam que a exposição a esse fitoterápico deve ser monitorada em caso de gestantes. Dessa forma, o uso desse chá deve ser feito sempre com acompanhamento para avaliar cada caso individualmente.

Gengibre e diabetes

Além de ser usado na culinária, o gengibre (Zingiber officinale) também é usado com alegação de saúde, ajudando a diminuir dores, cólicas menstruais, náuseas, etc. Nessa meta-análise publicada agora em 2018, os autores investigaram o papel do gengibre no controle glicêmico, sensibilidade à insulina e perfil lipídico de pacientes com diabetes tipo 2 ou síndrome metabólica. Foram incluídos 10 artigos, totalizando 490 indivíduos. Após as análises, foi demostrado que o gengibre ajuda a controlar a glicemia (diminui a hemoglobina glicada), melhora a sensibilidade à insulina (diminui insulina em jejum e HOMA-IR), e melhora o perfil lipídico (diminui colesterol total, triglicerídeos, LDL e aumenta HDL). As doses usadas de gengibre nos estudos variaram de 1,0 a 3,0 g/dia, por no mínimo 5 a no máximo 10 semanas de uso. Dessa forma, os autores concluem que embora mais estudos a longo prazo sejam necessários, o gengibre parece ser um candidato para auxiliar no controle do diabetes e síndrome metabólica. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!