FODMAP e intestino

Ano passado já mencionei sobre dieta com pouco FODMAP auxiliando na melhora dos sintomas de síndrome do intestino irritável (SII). Esse ano, foi publicado essa meta-análise, em que foram analisados 9 estudos avaliando o efeito da dieta com pouco FODMAP em pacientes com SII. Após análises, foi confirmado que uma dieta com pouco FODMAP diminui os sintomas gastrointestinais associados à síndrome do intestino irritável, diminui dores abdominais e melhora qualidade de vida. Entretanto, 3 estudos evidenciaram que uma dieta com pouco FODMAP pode diminuir o conteúdo de bifidobacteria, o que não seria interessante. Além disso, os autores colocam a necessidade de avaliar esse tipo de dieta a longo prazo. Lembre-se, individualidade é MUITO importante. Um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada com você!

Dieta e depressão

A importância da alimentação é um assunto recorrente aqui. Tanto para prevenção quanto para tratamento de várias doenças. Nessa meta-análise publicada em 2018, os autores avaliaram um série de artigos sobre alimentação e prevenção de depressão. Após análises, 4 pontos foram de maior importância para diminuir o risco de depressão:
1. Dieta estilo mediterrânea;
2. Dieta com menor índice de inflamação;
3. Maior consumo de peixes;
4. Maior consumo de vegetais;
Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Chá verde e osso

Vários estudos mostram a correlação entre diabetes e osteoporose. Em contrapartida, o chá verde (Camellia sinensis) parece ajudar tanto no controle do diabetes quando na questão da osteoporose. Pensando nisso, esses autores Brasileiros avaliaram o papel da suplementação com extrato do chá verde na densidade mineral óssea de pacientes diabéticos. Para isso, eles recrutaram 35 pacientes diabéticos que receberam placebo ou 1120 mg do extrato seco de Camellia sinensis (contendo 560 mg de polifenois) por 20 semanas. Após as 20 semanas, observou-se um leve aumento na densidade mineral óssea do grupo que recebeu o chá verde. Mas mais estudos ainda são necessários para uma real clareza dos efeitos. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Selênio e glicemia

A deficiência de vários micronutrientes, incluindo do selênio, pode piorar o controle glicêmico. Porém, o excesso também não é interessante. Este estudo com mais de 8 mil chineses mostrou uma correlação entre o aumento de selênio sérico e um aumento de glicose em jejum, principalmente em homens. Ou seja, o bom senso é sempre a melhor opção. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Probióticos e vacina

A diarreia provocada por rotavírus é uma das principais causas de mortalidade infantil. A vacina oral contra o rotavírus, dada na forma de duas doses para bebês, tem menor eficácia e menor imunogenicidade em crianças de baixa renda. Dessa forma, estratégias para melhorar a efetividade dessa vacina é de extrema importância. Nesse estudo publicado em 2018, o autores investigaram o papel dos probióticos na efetividade da vacina. Para isso, eles recrutaram bebês com 5 semanas de vida, que receberam Lactobacillus rhamnosus (1010 UFC/dia) a partir da 5ª semana, até 6 semanas após a última dose da vacina (OBS: as doses foram dadas da 6ª e na 10ª semana de vida). Após análise estatística, foi evidenciado que os bebês que receberam probiótico melhoraram a imunogenicidade da vacina contra o rotavírus em 7,5%. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina B12 e genes

A vitamina B12 é um micronutriente essencial para o metabolismo humano. Dentre suas funções, destaca-se seu papel na regulação do metabolismo de um carbono, sendo importante para controlar os níveis de homocisteína (que em excesso pode trazer vários problemas) e produzir SAMe (que é um doador de grupo metil, regulando várias funções no corpo). Nesse recente estudo, os autores investigaram o papel da vitamina B12 na regulação de genes associados ao diabetes melittus tipo 2 (DM2). Após as análises, os autores demonstraram que a suplementação com vitamina B12 ajudou na regulação de vários genes associados com DM2 devido ao seu papel na metilação do microRNA21. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Acrilamida em alimentos

Em 1994 a acrilamida foi classificada como “provável agente carcinogênico para humanos”. Porém, o efeito da acrilamida dos alimentos no desenvolvimento de câncer ainda é questionável. Outros estudos demonstram que essa substância também é neurotóxica. Na dúvida, o melhor é evitar o consumo! Porém, ela está presente em mais alimentos que nos imaginamos. Esse estudo avaliou o conteúdo de acrilamida em alimentos consumidos por bebês e crianças. E adivinhem qual o alimento que mais tinha acrilamida??? Biscoitos doces e salgados!! Isso mesmo, aqueles que muitas crianças adoram comer!! Você vai deixar seu filho comendo isso?? Oferte comida de verdade!! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Teanina, cafeína e foco

Cafeína (encontrada principalmente no café) e L-teanina (encontrada principalmente no chá verde/preto) parecem melhorar o alerta e a atenção. Porém, será que a associação dessas 2 substâncias tem efeito sinérgico? Melhora mais a atenção de pessoas saudáveis? Foi justamente isso que esse estudo de 2018 avaliou! Para isso, os indivíduos receberam placebo OU 160 mg de cafeína OU 200 mg de L-teanina OU cafeína + L-teanina 1 hora antes do teste (tarefa de discriminação visual de estímulo de cor). A questão de atenção foi avaliada com uso de imagem de ressonância magnética funcional. Vale destacar que todos os indivíduos receberam as 4 opções de tratamento (em dias diferentes). Após as análises, foi observado que a associação de cafeína com L-teanina melhorou o tempo de reação para realizar o teste e diminuiu o desvio de atenção para distratores (o que seria interessante para aquelas pessoas que se distraem por qualquer coisa enquanto estão estudando). Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Dieta DASH e depressão

A dieta estilo DASH é caracterizada por um alto consumo de grãos integrais, frutas, vegetais, legumes e nozes; quantidades moderadas de produtos lácteos com baixo teor de gordura; pequenas quantidades de carnes vermelhas ou processadas, sobremesas e bebidas açucaradas. A dieta DASH foi originalmente projetada para reduzir a pressão arterial. Mas diversos estudos tem demonstrado outros benefícios desse estilo de alimentação. Esse estudo publicado em 2018 avaliou a aderência a uma dieta estilo DASH em 580 meninas de 12 a 18 anos. Após análises estatísticas, foi demostrado que as meninas com maior aderência a dieta estilo DASH tinham menos depressão quando comparado com as meninas com uma baixa aderência a esse tipo de dieta. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Vitamina D na menopausa

Após a entrada na menopausa, a mulher tem um risco aumentado de desenvolver síndrome metabólica. A síndrome metabólica está associada com resistência à insulina, obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial, etc. Mas você sabia que o nível de vitamina D no seu corpo pode influenciar no risco de ter síndrome metabólica? Nesse estudo, após avaliar 463 mulheres na pós-menopausa, os autores demonstraram que as mulheres com insuficiência de vitamina D (valores sanguíneos de 25(OH)D < 30 ng/mL) tinham mais risco de ter síndrome metabólica quando comparado com as mulheres com níveis adequados de vitamina D (valores sanguíneos de 25(OH)D ≥ 30 ng/mL). Além disso, as mulheres com níveis mais baixos de vitamina D tinham níveis aumentados de colesterol total e de triglicerídeos e mais resistência à insulina. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.