Vitamina D e rinite

A vitamina D é um assunto recorrente aqui no Nutrir com Ciência, mostrando seu envolvimento em várias funções e doenças. Agora vejam que estudo interessante: foi investigado se existe alguma relação da vitamina D com rinite alérgica. Após analisar pessoas com e sem rinite alérgica, os autores demostraram que embora os níveis totais de 25(OH)vitamina D não diferiam entre os grupos, nas pessoas com rinite alérgica, os níveis de 25(OH)vitamina D era inversamente associado aos níveis de eosinófilos (um dos tipos de células brancas do sangue que está associada à alergias). Ou seja, isso sugere um possível envolvimento, embora os exatos mecanismos ainda precisam ser mais estudados. Vale destacar que o estudo não fez nenhuma intervenção. Dessa forma, ainda não podemos afirmar nada… Mas vale a pena ficarmos atentos as próximas publicações!

Câncer de pâncreas e dieta

O câncer de pâncreas é o câncer que mais causa morte! Dessa forma, estratégias para prevenção são muito importantes. E uma das estratégias para a prevenção do câncer é a alimentação! Nessa revisão sistemática foi demonstrado que alguns alimentos pode aumentar e outros diminuir o risco de câncer de pâncreas!
• Aumenta risco de câncer pancreático: produtos animais, alimentos ricos em amido e dieta estilo ocidental;
• Diminui risco de câncer pancreático: frutas, verduras e fibras.
Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Obesidade e dieta

Nem só de restrição dietética vive a perda de peso. A qualidade da alimentação também parece influenciar na diminuição da obesidade. Esse estudo publicado em 2017 avaliou o efeito de dieta baseada em plantas (vegetariana ou vegana) na perda de peso. Após uma revisão da literatura, os autores colocam que uma dieta baseada em plantas pode ajudar na prevenção de sobrepeso e obesidade, bem como na perda de peso. Entretanto, ainda são necessários mais estudos!! Vale destacar que não existe fórmula mágica para a perda de peso e que várias estratégias podem ser interessantes. Por isso, procure um nutricionista para analisar seu caso individualmente e avaliar qual a melhor estratégia para você!

Diabetes e Cromo

Hoje, dia 14 de novembro, é o dia mundial do Diabetes!
O tratamento do diabetes tipo 2 (DM2) envolve vários pontos, e um dos mais importantes, se não o mais importante, é a alimentação! Porém, em alguns casos, algumas suplementações também podem auxiliar no tratamento. Uma dessas suplementações é cromo! Nessa revisão publicada em 2017, após analisar 28 artigos, foi demonstrado que o cromo foi associado à uma redução nos níveis de glicemia, hemoglobina glicada e triglicerídeos. Além disso, o cromo também foi associado à um aumento no HDL. Ou seja, a suplementação de cromo foi relaciona com benefícios para o DM2. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.

Fibras e intestino irritável

O consumo de fibras através da alimentação é uma questão que os nutricionistas sempre devem ficar atentos. O consumo adequado traz vários benefícios a saúde e pode ajudar a aliviar sintomas como os da síndrome do intestino irritável (SII). Nessa revisão de 2017 os autores discutem sobre os benefícios das fibras para a SII, seus possíveis mecanismos moleculares e alguns cuidados. Os autores colocam que as fibras podem aliviar os sintomas da SII, pelo menos em parte por influenciar na melhora no transito gastrointestinal, na melhora da microbiota intestinal e no sistema neuroendócrino (fibras podem influenciar na serotonina, PYY e GLP-1 produzidos no trato gastrointestinal e que influenciam no sistema neurológico). A recomendação é o consumo de 20-35 g de fibra por dia. E, se houver necessidade, os autores colocam que pode-se fazer suplementação (uma opção interessante seria com psyllium) desde que não seja introduzida muito rapidamente (pois pode piorar os sintomas de inchaço e gases). Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Acne e carboidrato

A incidência de acne tem aumentado nos últimos anos. E não apenas em adolescentes, mas também em adultos. Alguns estudos tem investigado o papel do carboidrato nesse problema de pele. Esse estudo publicado em setembro desse ano, com 64 pessoas, investigou um pouco essa relação. Após as análises, foi demonstrado que os indivíduos que tinham acne moderada/severa consumiam mais carboidrato (em quantidade total em gramas), consumiam mais carboidrato biodisponível (carboidrato total menos fibras) e o percentual de carboidrato da dieta também era maior (quem tinha acne consumia 51% do valor calórico total vindo de carboidrato enquanto os que não tinham acne consumiam 45%). Além disso, a carga glicêmica da dieta de quem tinha acne também era maior. Essas alterações repercutiram em exames bioquímicos: pacientes com acne tinham mais insulina sérica e maior HOMA-IR (mesmo dentro do valor de normalidade). Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Antes de alterar a sua dieta, procure um nutricionista!

Câncer de próstata e alimentação

Depois do outubro rosa, temo o novembro azul! Então vamos falar de câncer de próstata e alimentação!! Nesse estudo, após avaliar 157 paciente com câncer de próstata e comparar com 158 pacientes controle (sem câncer) foi demostrado que o aumento na ingestão de nozes, peixes, frutas e vegetais diminui o risco de câncer de próstata. Além disso, foi visto que o aumento no consumo de frutas, vegetais, legumes e peixes também diminui a agressividade do câncer. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Adoçantes e DCV

O uso de adoçantes não nutritivos (ex: aspartame, sucralose, etc) é muito comum, principalmente em indivíduos mais obesos. Mas será que o uso desse adoçante vale mesmo a pena? Nessa revisão sistemática e meta-análise os autores mostraram que o uso crônico de adoçantes não nutritivos pode aumentar o risco cardiometabólico e aumentar o ganho de peso! Porém, os autores destacam que mais estudos avaliando o uso a longo prazo são necessários. Mas vale a pena discutir sobre o uso desses adoçantes. Procure seu nutricionista e discuta sobre isso com ele! Um bom profissional saberá lhe orientar!

Esteatose e dieta do mediterrâneo

O número de pessoas com esteatose hepática não alcoólica (NAFLD) vem aumentando nos últimos anos. Isso é bem preocupante, pois aumenta risco de diabetes, doença cardiovascular, além de poder evoluir para cirrose e carcinoma hepatocelular. Por isso, pensar em prevenção e tratamento (caso já tenha a doença) é muito importante. Mudança no estilo de vida, incluindo mudança na alimentação, é um ponto chave para prevenir ou tratar esse problema. Nesse contexto, a dieta estilo mediterrânea tem um impacto bem interessante. Nessa revisão publicada em 2017 os autores avaliaram evidências epidemiológicas e os mecanismos moleculares plausíveis para o benefício da dieta do mediterrâneo. Após a revisão, os autores colocam que os principais alimentos que trazem benefício para a NAFLD são: azeite de oliva, oleaginosas, grãos integrais, frutas e vegetais. Dentre os mecanismos moleculares envolvidos do benefício desse estilo de dieta, destacam-se: diminuição da inflamação e do estresse oxidativo, melhora da resistência à insulina, diminuição da síntese de gordura hepática, aumento da beta-oxidação dos ácidos graxos e diminuição fibrinogênese (mecanismo que faz evoluir para cirrose). Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Ferro e Parkinson

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na população. Dentre os vários mecanismos da doença, destaca-se o aumento de estresse oxidativo e morte que neurônios dopaminérgicos. O acúmulo de ferro no cérebro está sendo associado com a piora dessa quadro. Mas o mais interessante é que, pesquisadores da área, estão sugerindo que o ferro no início da vida (principalmente vindo da fortificação de fórmulas infantis) poderia influenciar no risco de doença de Parkinson no futuro. Um dos pontos que justifica essa hipótese é o fato de que nos primeiro anos de vida o cérebro é muito permeável aos níveis de ferro. Porém, vale destacar que essa hipótese ainda não está confirmada e que vários estudos em animais e humanos ainda são necessários. Porém, vale a pena prestarmos atenção nesse ponto e ficarmos de olho nos estudos que estão por vir!