Category: Ciência
Fruta, fibra e osso
Já mostramos aqui no Nutri com Ciência alguns estudos de estratégias nutricionais para evitar a perda óssea / osteoporose. E olhem que interessante!!! Esse estudo publicado dia 12 de outubro avaliou se a ingestão de fibra e fruta influencia na perda óssea em 792 homens e em 1065 mulheres. Após as análises, foi demostrado que o aumento de fibras e de frutas preveniu a perda de massa óssea do fêmur apenas em homens. Porém, isso não significa que a ingestão desses alimentos não são interessante para mulheres. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.
Açúcar e asma
A alimentação da gestante é importante tanto para a saúde dela mesma quanto para a saúde do seu bebê. Nesse estudo publicado em 2017, foi avaliada a ingestão de açúcar durante a gestação e o risco da criança desenvolver asma aos 7 anos de idade. Para isso começaram o estudo mais de 12.000 gestantes. Após o término do estudo, quase 6.000 gestantes e seus respectivos filhos tinham dados completos para entrar nas análises. E o resultado encontrado foi bem interessante: mulheres que consumiram mais açúcar durante a gestação aumentava o risco de seu filho ter asma aos 7 anos de idade. Mais um motivo para a gestante cuidar da sua alimentação! O que você come pode predispor muitas doenças para seu filho, ou evitá-las!!! Depende da sua escolha!!! E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!
Polifenois e performance
Qual é o atleta ou praticante de atividade física que não quer melhorar a performance? E se esse efeito ocorrer de forma aguda e com substâncias presentes em alimentos?? TOP!! Nessa publicação foi avaliado o efeito agudo de polifenois vindos da uva e da maçã na performance do endurance. Para isso, 48 homens fisicamente ativos (que faziam 3 a 6 horas de exercício por semana) receberam 500 g de polifonois vindos da uva e da maçã ou placebo, 1h antes do exercício de endurance. Após avaliar alguns parâmetros relacionados com a performance, foi demonstrado que o grupo que recebeu os polifenois tiveram uma melhor performance no exercício de endurance. Vale destacar que o número de indivíduos é pequeno e que o efeito não foi avaliado a longo prazo, apenas o efeito agudo. Dessa forma, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Alimentos e diabetes
A alimentação é de extrema importância para a prevenção e tratamento do diabetes tipo 2 (DM2). Nessa meta-análise publicada agora em 2017 avaliou a relação de 12 grupos alimentares com o risco de DM2. Após várias análises estatísticas, foi visto que 3 grupos alimentares aumentaram o risco de DM2: carnes processadas, carnes vermelhas e bebidas açucararas. Em contrapartida, outros 3 grupos diminuíram o risco de DM2: frutas, laticínios e grão integrais. Vale destacar que embora o consumo de vegetais não tenha dado diferença estatística na meta-análise, os autores mostraram uma associação dose-resposta (não-linear) entre o consumo de vegetais e diminuição de risco de DM2. Após análises, foi observado que a ingestão acima de 300 g/dia de vegetais diminui 9% o risco de DM2. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Câncer de Mama
Começamos o outubro rosa!! Então, vamos falar de câncer de mama aqui no Nutrir com Ciência também. Nessa revisão publicada em setembro de 2017, os autores abordam em 61 páginas vários fatores ambientais que aumentam o risco de câncer de mama! A abordagem foi principalmente em relação à toxinas ambientais, incluindo toxinas presentes no ar, água, alimentos, disruptores endócrinos, radiação e luz durante a noite. Embora seja quase impossível resumir 61 páginas em um post de poucas linhas, vale a pena frisar um ponto: após a revisão, os autores abordam que o problema não é apenas exposição atual à toxinas, mas também a exposição prematura (durante a gestação, adolescência e início da vida adulta) à essas toxinas. Infelizmente algumas toxinas não conseguimos “nos livrar”. Porém, algumas delas estão presente em alimentos, principalmente em embalagens de produtos industrializados. Por isso, procure um bom Nutricionista para orientá-lo sobre como eliminar algumas dessas toxinas! Seu corpo agradece!
Ômega-3 e SOP
Já falamos aqui no Nutrir com Ciência que estratégias alimentares e algumas suplementações podem ajudar mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP). Esse estudo publicado em 2017 investigou o efeito do ômega-3 em mulheres com SOP. Para isso, os autores analisaram 88 mulheres que receberam uma suplementação por 6 meses com 2 g de óleo de peixe (180 mg de EPA e 120 mg de DHA) ou placebo. Após 6 meses, o grupo que recebeu ômega-3 diminuiu circunferência da cintura, colesterol, LDL-c, triglicerídeo e aumentou HDL-c. Porém, não influenciou na glicemia em jejum, número de folículos ovarianos, tamanho do ovário, volume menstrual, e escore de hirsutismo. Procure um nutricionista para avaliar o seu caso e ver se existe necessidade de suplementação.
Café, adoçantes e depressão
Já falamos aqui no Nutrir com Ciência que a ingestão adequada de café pode diminuir o risco de depressão. Porém, esse estudo publicado em 2017 mostrou que beber excesso de café também pode aumentar o risco desse transtorno de humor. Após análises, as pessoas que consumiam 4 ou mais xícaras de café ao dia tinham 38% mais risco de depressão do que aqueles que não consumiam. Além disso, os autores também avaliaram o uso de bebidas com adoçantes (no café, chá, ou bebidas diet de forma geral como refrigerante diet). Mulheres que bebiam mais de 1 vez/dia alguma bebida diet tinham um risco 66% maior de depressão. Além disso, mulheres que colocam adoçante do café ou chá tinham um risco 32% maior de depressão quando comparado com aquelas mulheres que tomavam essas bebidas sem adoçar. Na dúvida, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!
FODMAP e instestino
A síndrome do intestino irritável (SII) é uma doença crônica intestinal que tem sintomas como dores abdominais e inchaço. Vários fatores podem contribuir para a SII, incluindo alteração na motilidade gastrointestinal, na comunicação cérebro-intestino, hipersensibilidade visceral, inflamação de baixo grau, fatores psicológicos, etc. Alterações na dieta estão sendo propostas para tratar a SII, e uma delas é a diminuição de alimentos com alto conteúdo de FODMAP. FODMAP é a sigla para monossacarídeo, dissacarídeo, oligossacarídeo fermentáveis e poliois. Os FODMAPs podem chegar ao cólon sem serem absorvidos, sendo fermentados pelas bactérias do cólon, o que gera gases, além de aumentar o conteúdo de água intestinal (devido o aumento da atividade osmótica). Dessa forma, esse estudo investigou se uma dieta sem FODMAP teria benefício para pacientes com SII. E comparou se uma dieta excluindo apenas cereais também influencia em algo. Para isso, 60 pacientes foram divididos em 2 grupos, recebendo 2 tipos de dieta: uma com exclusão de alimentos ricos de FODMAP (foram excluídos quase todos os cereais, principalmente com farinha de trigo, leite e derivados com lactose, adoçantes, mel, açúcar, suco de fruta e algumas frutas e vegetais) ou uma dieta sem cereais (a exclusão foi de todos os cereais e açúcares adicionados nos alimentos; mas leites, mel, e todas frutas e verduras foram permitidos). Após 3 meses de dieta, o grupo que diminuiu FODMAP melhorou mais da distensão abdominal e do inchaço quando comparado com o grupo que diminuiu apenas os cereais. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Qualquer tipo de exclusão dietética desse ser muito bem analisada para ver se existe mesmo essa necessidade e, se for necessária, deve ser acompanhada por um bom Nutricionista.
Comer em casa
O número de pessoas que comem fora de casa aumentou nos últimos anos. Mas será que comer fora de casa ou em casa influencia na qualidade da dieta? Essa publicação de 2017 investigou justamente isso. Após analisar 11.396 indivíduos, os autores demonstraram que comer em casa foi associado à uma maior aderência a uma dieta DASH, mediterrânea e a uma maior ingestão de frutas e verduras. Além disso, quem consumia mais em casa tinha níveis mais elevados de vitamina C no sangue, e um risco 28% menor de sobrepeso e 24% menos chance de ter excesso de gordura. Isso não significa que não se deve fazer refeições fora de casa, mas sim que as escolhas alimentares devem ser feitas com cuidado! Para isso, nunca se esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre escolhas alimentares é o Nutricionista!