A qualidade da alimentação dos bebês é de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento adequados. Mas será que os bebês consomem as quantidades necessárias de carboidrato e gordura? Após avaliar 1.275 crianças de 8-12 meses, essa publicação de 2017 revelou que 95% dos bebês consomem as quantidades adequadas de carboidrato. Porém, menos de 5% consomem a quantidade necessária de gordura. Você tem filho pequeno e está com dificuldade na alimentação? Não sabe que tipo de gordura adicionar? Procure um nutricionista para ajudá-lo! Ele é o profissional mais bem habilitado para isso!
Category: Ciência
Proteína e fratura óssea
Fratura osteoporótica é bem comum entre os idosos. Vários fatores podem contribuir para a saúde óssea. E, um deles, é a ingestão de proteínas. Esse artigo de 2017 avaliou 5875 homens (com média de idade de 73,6 anos) por 15 anos e analisou o risco de fratura e correlacionou isso com a ingestão de proteínas. Após análise estatística, os autores demonstraram que os homens com maior ingestão de proteína tinham menos risco de fratura osteoporótica. Quando o tipo de proteína (vegetal ou animal) foi avaliado separadamente, observou-se que o benefício foi apenas da proteína animal. Vale destacar que isso não exclui outros benefícios da proteína vegetal e que o excesso de proteína animal pode também pode trazer problemas. Por isso, procure seu nutricionista para orientá-lo melhor.
Dieta vegetariana
Alguns indivíduos optam por uma dieta vegetariana ou vegana. As razões para adotar esse tipo de dieta variam de motivações éticas, crenças religiosas, questões ambientais e culturais, a aspectos relacionados à saúde. Mas será que esse estilo de dieta traz benefícios à saúde? Essa meta-análise publicada em 2017 investigou justamente isso! Um total de 108 artigos entraram nas análises, totalizando 56.461 vegetarianos e 8.421 veganos, que foram comparados com 184.167 onívoros. Após as análises, observou-se que dietas vegetarianas ou veganas foram associadas à uma diminuição do IMC, colesterol total, LDL-c, triglicerídeo, glicemia em jejum. Porém, dieta vegetariana também reduziu o HDL-c, enquanto que a dieta vegana não. Em outra análise (com 66.018 vegetarianos), foi avaliado a incidência e mortalidade por algumas doenças. De forma interessante, a dieta vegetariana diminuiu a incidência e a mortalidade para doença cardíaca isquêmica e a incidência de câncer. Porém, não influenciou em doenças cardiovasculares, na mortalidade por todas as causas e nem da mortalidade por câncer. Ou seja, em alguns aspectos a dieta vegetariana pode trazer benefícios. Porém, vale destacar que alguns cuidados são importantes, para evitar algumas deficiências nutricionais. Por isso, se você é um dos adeptos desse tipo de dieta, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.
Resveratrol e Cognição
Resveratrol é um flavonoide encontrado na casca de uvas tintas, suco de uva e vinho tinto. Alguns estudos mostram o benefício do resveratrol à saúde. Nesse estudo publicado em 2017 os autores investigaram o uso do resveratrol em pessoas com prejuízo cognitivo leve. Para isso, 40 pacientes com prejuízo cognitivo leve receberam 200 mg de resveratrol por dia ou placebo por 26 semanas. Após esse período, observou-se que o grupo que recebeu o resveratrol diminuiu mais a hemoglobina glicada (melhorando o controle da glicemia), preservou o volume do hipocampo (região do cérebro importante para a memória) e melhorou a conectividade funcional do hipocampo em estado de repouso. Vale destacar que ensaios maiores e com um tempo de intervenção mais longo devem ser realizados para determinar se esses benefícios podem ser validados e estendidos à função cognitiva. Na dúvida, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!
Nutrição e câncer
A nutrição pode afetar a incidência, a progressão e a resposta terapêutica de doenças malignas como o câncer. Nessa revisão publicada em 2017 na Nature Immunology se discute os mecanismos moleculares através dos quais os “sinais alimentares” influenciam no câncer. Os autores discutem que os alimentos modulam circuitos metabólicos, microbianos e neuroendócrinos e, portanto, afetam a probabilidade de desenvolver lesões pré-malignas que evoluem para a doença clinicamente manifestada e a resposta à intervenção terapêutica. Dentre os “estilos” de dieta, os autores comentam que o que está mais associado ao risco de desenvolver o câncer é uma dieta estilo OCIDENTAL (com alto consumo de alimentos refinados, açúcares, gordura saturada, produtos industrializados) aumenta a inflamação, causam hiperglicemia e dislipidemia, aumentam insulina e levam a disbiose e, esses fatores, poderiam contribuir para o aparecimento ou progressão do câncer, podendo causar, inclusive, uma resistência ao tratamento. Ou seja, uma alimentação adequada é muito importante para a prevenção e para o tratamento do câncer. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!
Vitamina B12 e doença de Crohn
A doença de Crohn é uma doença gastrointestinal inflamatória crônica. Um problema muito comum nos pacientes que tem essa doença é a deficiência de vitamina B12. O tratamento padrão para contornar essa deficiência é o uso de vitamina B12 intramuscular (que só pode ser prescrita por médicos). Porém, esse recente estudo investigou se a suplementação ORAL (que pode ser prescrita por nutricionistas) também é eficaz. Primeiramente, o estudo demostrou que dos 94 pacientes com doença de Crohn avaliados, 76 tinham deficiência de vitamina B12 (≤200 pg/mL). Esses pacientes com deficiência de B12 receberam suplementação oral com B12 (em doses variadas). Após uma média de 120 dias de suplementação, 94,7% dos pacientes normalizaram seus níveis de vitamina B12. Vale destacar que dose menor de 1 mg/dia (dose de nutricionista pode prescrever) foi tão eficaz quanto dose acima de 1 mg/dia. Além disso, em outro grupo de 82 pacientes que foram previamente diagnosticados com deficiência de B12, foram tratados com suplementação oral de B12 para ver se o uso oral também conseguiria manter os níveis adequados dessa vitamina a longo prazo. Após uma média de 3 anos, a via oral foi efetiva como tratamento de manutenção em 81,7% dos pacientes. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Dieta inflamatória e obesidade
A obesidade é uma condição associada com um baixo grau de inflamação crônica. Sabendo que o estilo de vida, incluindo a alimentação, pode estar associado à inflamação, essa publicação de 2017 resolveu investigar a associação entre o potencial inflamatório da dieta e o risco de ficar com sobrepeso ou obesidade. Após analisar 7.025 pessoas por 8,1 anos, 1433 pessoas se tornaram obesas ou com sobrepeso. Após avaliar o consumo alimentar, observou-se que os indivíduos que consumiam uma dieta mais inflamatória tinham 32% mais risco de ficar com sobrepeso ou obesidade. Alguns alimentos inflamatórios são: excesso de gordura, açúcar, carnes vermelhas, alimentos processados, etc. Ou seja, quanto mais “natural” a alimentação, com “comida de verdade” e manos alimentos industrializados, melhor! Mas lembre-se, procure um nutricionista para ajudá-lo a melhorar sua alimentação!
Suplementação e acne
A acne é a desordem da pele mais comum e afeta tanto adolescentes quanto adultos. Mas você sabia que uma alimentação adequada e, em alguns casos, uma suplementação nutricional podem ajudar no tratamento da acne?? Essa publicação de 2017 investigou o efeito da suplementação com lactoferrina (que tem ação antimicrobiana e anti-inflamatória), vitamina E (que tem ação anti-inflamatória e antioxidante) e zinco (que tem ação antimicrobiana, anti-inflamatória e antioxidante) no tratamento da acne. Para isso, entraram no estudo 164 pessoas de 13-40 anos que receberam suplementação com placebo ou suplementação com lactoferrina (100 mg) + vitamina E (11 UI) + zinco (5 mg) por 3 meses. Após análise estatística, foi demonstrado que a suplementação com lactoferrina, vitamina E e zinco diminuiu o número total de lesões/acnes; diminuiu lesões/acnes inflamatórias; diminuiu comedões/cravos. Quando os sexos foram analisados separadamente, observou-se que a suplementação tinha efeito mais rápido em mulheres do que em homens. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Proteína vegetal e menopausa
A menopausa precoce (antes dos 45 anos) afeta de 5-10% das mulheres que moram em países ocidentais. E esse fato aumenta o risco de vários problemas de saúde! Mas você sabia que o consumo de alimentos ricos em proteínas vegetais (ex: feijões, lentilha, ervilha, grão de bico, quinoa, cogumelos, semente de abóbora, semente de gergelim, etc) pode ajudar a diminuir o risco de menopausa precoce??? Após acompanhar 85.682 mulheres por 20 anos, os autores dessa publicação observaram que as mulheres que consumiam mais proteínas vegetais (proporcional a 3-4 porções por dia) tinham um risco 16% menor que ter menopausa precoce. Por outro lado, a ingestão de proteína animal não foi associada com o início da menopausa (nem para o lado positivo e nem para o lado negativo). Não sabe como incluir esses alimentos na sua dieta?? Procure um nutricionista!!
Ovo e Cognição
O ovo é um assunto recorrente aqui no Nutrir com Ciência. Quer mais um motivo para o consumo de ovo? Esse artigo publicado esse ano acompanhou 2497 homens de 42-60 anos por quase 22 anos e avaliou se o consumo de ovo influenciava em testes para avaliar a cognição. Após os quase 22 anos de acompanhamento, 337 homens foram diagnosticados com demência e 266 foram diagnosticado com doença de Alzheimer. Após realizar testes de cognição e associar os resultados com o consumo de ovo, os autores perceberam que quem consumia mais ovo tinham uma melhor performance em 3 testes cognitivos realizados! Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!