Adoçante e diabetes

Infelizmente, o uso de adoçantes ainda é muito comum pela população, e principalmente entre os diabéticos, que encontram nesses edulcorantes artificiais a solução para continuar comendo doces após o diagnóstico da doença. Mas será que de fato é seguro para esses pacientes consumir esse tipo de produto? E quais são os efeitos metabólicos gerados por esse consumo? Foi exatamente essas respostas que essa meta-análise buscou ao investigar em 29 artigos sobre o tema. Após análise, os autores concluíram que os dados referentes aos efeitos do aspartame sobre as principais variáveis metabólicas associadas à diabetes e à obesidade, como glicemia e insulina, não suportam um benefício relacionado ao seu consumo, uma vez que não foi observado nos estudos um bom controle dessas variáveis metabólicas. Por isso lembre-se sempre de buscar um nutricionista atualizado para orientá-lo melhor sobre o que utilizar!

Cálcio e TPM

Muitas mulheres sofrem de TPM! Estima-se que 70-90% das mulheres em idade reprodutiva possuem algum sintoma de TPM. Mas você sabia que existem várias estratégias nutricionais para ajudar a aliviar os sintomas? Nesse estudo publicado em 2017 foi avaliado o efeito da suplementação de cálcio nos sintomas da TPM. Terminaram o estudo 64 mulheres. Elas receberam, por 2 meses, a suplementação com 500 mg/dia de cálcio ou placebo. Após o término do estudo, observou-se que o grupo que recebeu a suplementação com cálcio melhorou mais os sintomas de ansiedade, depressão, mudanças emocionais, retenção de líquido e mudanças somáticas! Ou seja, a suplementação com cálcio pode ser uma das estratégias para auxiliar na redução dos sintomas de TPM. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Benefícios do açaí

O açaí (Euterpe oleracea Martius) é uma fruta nativa do Brasil que tem alta quantidade de ácidos graxos monoinsaturados. Vários estudos em animais e células tem demonstrado vários efeitos benéfico do açaí à saúde. Mas esse estudo foi além, avaliando o consumo de açaí em humanos e seu papel nos lipídeos plasmáticos e status antioxidante. 40 mulheres saudáveis (com média de idade de 24 anos) receberam 200 mL de polpa de açaí por dia, por 4 semanas. Após o término, não observou-se diferenças nos parâmetros antropométricos, na pressão arterial sistêmica, na glicemia, insulina, LDL-c, HDL-c, triglicerídeo e apolipoproteína B. Porém, o consumo de açaí aumentou a apolipoproteína A-I (que tem ação benéfica) e a transferência de ésteres de colesterol para a HDL. Em relação ao status antioxidante, o açaí diminuiu espécies reativas de oxigênio, a LDL oxidada (que traz efeitos maléficos quando está em grandes quantidades) e malondialdeído (um marcador de peroxidação lipídica). Além disso, o açaí aumentou a enzima paroxonase 1 (uma enzima antioxidante) e a capacidade antioxidante total. Dessa forma, os autores concluem que o consumo de açaí pode ser interessante pensando em diminuição de risco de aterosclerose. Vale lembrar que a forma do consumo do açaí também é importante, já que muitos produtos prontos a base de açaí possuem outros ingredientes que não são interessantes! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Probióticos e diabetes

O diabetes é uma das causas de problemas renais e, conforme a evolução das complicações renais há indicação para hemodiálise. Melhorar a homeostasia da glicose, a inflamação e o estresse oxidativo desses pacientes é de extrema importância para a qualidade de vida e para diminuir a progressão da doença. Pensando nisso, esse estudo de 2017 investigou o papel dos probióticos sobre esses parâmetros em 60 pacientes diabéticos fazendo hemodiálise. Os pacientes foram separados em dois grupos: metade recebeu placebo e metade recebeu probióticos por 12 semanas. Os probióticos utilizados foram: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei e Bifidobacterium bifidum, na quantidade de 2 bilhões de UFC de cada cepa. Após as 12 semanas de tratamento, os indivíduos que receberam os probióticos tiveram uma melhora na homeostase da glicose e diminuíram mais a inflamação e o estresse oxidativo quando comparado com os indivíduos que receberam placebo. Ou seja, a suplementação com probióticos trouxe efeitos metabólicos benéficos aos pacientes diabéticos! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Dieta e metilação do DNA

A composição de lipídeos na dieta pode afetar o acúmulo de gordura visceral e, dessa forma, aumentar o risco de desenvolver uma resistência à insulina. Porém, o tipo de gordura ingerida tem resposta epigenética diferente. As dietas ricas em ácido graxo poli-insaturado modulam os mecanismos epigenéticos de maneira diferente das dietas ricas em ácido graxo saturado, e foi a partir dessa afirmação que os autores desse artigo de abril de 2017 decidiram esclarecer essa diferença. E para isso, os autores avaliaram o tecido adiposo de 31 pessoas que receberam, durante 7 semanas, uma dieta rica em ácido graxo saturado ou em ácido graxo poli-insaturado. Após a intervenção, foi demonstrado que as duas dietas levaram ao ganho de peso. Porém, o padrão de metilação do DNA foi diferente. Ao todo, os dois tratamento modularam a expressão de mais de 4800 genes. De maneira resumida, o padrão alimentar com mais ácido graxo saturado aumentou a expressão de genes envolvidos com acúmulo de peso e, do contrário, o padrão alimentar com mais ácido graxo poli-insaturado aumentou a expressão de genes envolvidos com a manutenção de massa magra. Esses resultados mostram que há mais um desafio para os nutricionistas: além de considerar a individualidade bioquímica, considerar também a nutrigenética e as modificações epigenéticas na hora da prescrição! Por isso estude!!!!

Padrão alimentar, depressão e ansiedade

A depressão e a ansiedade são dois problemas que afetam inúmeras pessoas pelo mundo. Um dos fatores que pode aumentar o risco de desenvolver depressão e ansiedade é uma alimentação inadequada. As escolhas alimentares podem aumentar ou diminuir o risco de ter esses problemas. E foi exatamente isso que esse estudo publicado em 2017 avaliou. Os autores compararam dois tipos de padrão alimentar em indivíduos com mais de 65 anos: um padrão de dieta menos saudável (aumento no consumo de chocolates, doces, massas, salsichas, refrigerantes sem açúcar e açucarados, leite integral e pão branco) e um padrão de dieta mais saudável (aumento no consumo de frutas, legumes, batatas, oleaginosas, pão integral e água). Após análise estatística foi demonstrado que aqueles indivíduos com um padrão alimentar mais saudável tinham menos sintomas de depressão e ansiedade!!! Já os indivíduos com um padrão alimentar menos saudável, tinham mais chance de ter sintomas de depressão e ansiedade. Isso está de acordo com vários outros estudos que também demonstram essa relação entre alimentação e saúde mental! É importante lembrar que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o nutricionista!

Ômega 3 e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune que está associada à inflamação e dor crônicas nas articulações, decorrente da infiltração de células pró-inflamatórias no líquido sinovial. A ativação dessas células resulta em produção de citocinas pró-inflamatórias. A dor é um dos principais problemas recorrentes associados à artrite reumatoide, e a busca por soluções para este problema é constante, inclusive entre as ferramentas de atuação do nutricionista. Por isso, essa revisão de julho de 2017 decidiu investigar a relação do ômega 3 com o controle da dor na artrite reumatoide. Os autores dessa publicação avaliaram estudos randomizados, controlados por placebo, que utilizaram como tratamento da dor ômega 3 nas doses de mais de 2g por dia. Eles conseguiram um alcance de avaliação de 1143 pessoas, e concluíram que o ômega 3 pode ser uma ferramenta terapêutica efetiva para a redução da dor nas doses de 3 a 6 g por dia. Mas lembre-se sempre de buscar por um nutricionista capacitado e atualizado para avaliar cada caso individualmente!

Cogumelos e pele

Quem não quer manter a pele mais saudável e com aparência mais jovem??!! E você sabia que a sua alimentação pode influenciar nisso? Esse estudo publicado em 2017 investigou se o consumo de cogumelos em indivíduos com mais de 65 anos influencia na geração de produtos finais de glicação avançada (AGEs) na pele. A formação de AGEs está associada com várias doenças, bem como o envelhecimento da pele. Dessa forma, estratégias nutricionais para diminuir a formação de AGEs podem ser interessante pensando tanto em manutenção da saúde, quanto em melhora de várias doenças e melhora da pele. De forma interessante, os resultados desse estudo mostraram que os indivíduos que consumiam mais cogumelos (mais de 15,7 g/dia) tinham menos formação de AGEs na pele quando comparado com os indivíduos que consumiam menos cogumelos. Vale destacar que o estudo foi realizado com apenas 39 pessoas. Sendo assim, mais estudos são necessários para se ter uma total clareza do efeito. Mas, sabendo disso, vale a pena inserir o cogumelo no dia-a-dia! Além disso, vale lembrar que não adianta adicionar cogumelos na dieta e o resto da alimentação continuar inadequada. Vários outros fatores alimentares podem influenciar na formação dos AGEs. Por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Nitrato e DCV

A ingestão de vegetais riscos em nitratos (ex: aipo, agrião, beterraba, espinafre, alface, etc) é associada com melhora da função endotelial em humanos, e consequente ajuste na pressão arterial. Mas será que esse tipo de modulação pode interferir no risco de mortalidade associada à aterosclerose? E qual a quantidade de ingestão diária necessária para gerar esse benefício para a saúde humana? Foi a partir desses questionamentos que os autores dessa publicação de maio de 2017 acompanharam, durante 15 anos, 1226 mulheres com idade entre 70-85 anos sem aterosclerose e/ou diabetes, e avaliaram a ingestão de nitrato proveniente dos vegetais. A média de ingestão de nitrato diária foi de 67 mg/dia. Após análise estatística, foi evidenciado que a ingestão diária de nitrato foi inversamente proporcional a mortalidade associada à aterosclerose, ou seja, quanto maior o consumo de nitrato vindo de vegetais, menor o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares. Esses resultados comprovam o conceito de que a inclusão de vegetais fontes de nitrato em um plano alimentar equilibrado pode ajudar a reduzir o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares associadas à aterosclerose. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Ferro e Tireoide

Uma correta função da tireoide é de extrema importância para a saúde da gestante e do bebê. Mas para que a tireoide funcione corretamente, são necessários vários nutrientes, incluindo o ferro. Levando em consideração que a deficiência de ferro é bem comum em mulheres, principalmente nas grávidas, os autores dessa publicação investigaram a relação do metabolismo do ferro com a função tireoidiana em gestantes que estavam no primeiro trimestre de gestação. Para isso, eles relacionaram os níveis de ferritina sérica (que avalia a reserva de ferro) com os níveis de TSH e T4 (que avaliam a função da tireoide). Após as análises estatísticas, foi demonstrado que as mulheres com ferritina menor que 20 µg/L tinham menos T4 e mais TSH do que as mulheres com ferritina acima de 100 µg/L, o que demonstra uma piora na função tireoidiana. Já as mulheres que tinha ferritina nos valores intermediários (20 – 100 µg/L) tinham menos T4 do que as mulher com ferritina acima de 100 µg/L. Ou seja, nesse estudo, as mulheres que tinham o valor de ferritina maior que 100 µg/L tinham valores de TSH e T4 mais adequados. Porém, o excesso de ferritina também não é interessante. Por isso lembre-se, antes de tornar essas informações um senso comum, consulte o seu nutricionista!