Dieta e Pele

Quem não quer ficar com a pele jovem, menos envelhecida?? Para diminuir o envelhecimento da pele, vários fatores são importantes. Essa revisão de 2017 comenta de alguns desses fatores! Questões não nutricionais como a exposição solar e poluição ambiental pioram muito a pele, por gerarem estresse oxidativo (que é o que mais envelhece a pele). Mas a alimentação também pode influenciar na pele, principalmente por aumentar ou diminuir o estresse oxidativo. Excesso de gordura, por exemplo, aumenta o estresse oxidativo, envelhecendo mais a pele. Por outro lado, algumas vitaminas e carotenoides, presentes em alguns alimentos, ajudam a diminuir o estresse oxidativo, diminuindo o envelhecimento cutâneo. Dentre eles, destacam-se:

* Vitamina A e beta caroteno: presentes em frutas e vegetais alaranjando e verdes escuros como por exemplo: cenoura, batata doce, abóbora, manga, couve, etc;

* Vitamina C: presente em alimentos como acerola, camu-camu, laranja, caju, pimentão amarelo e vermelho, goiaba, kiwi, brócolis, etc;

* Vitamina E: presente em alimentos como óleos vegetais, amêndoa e outras oleaginosas, semente de girassol, gema de ovo, abacate, vegetais folhosos escuros, etc;

* Licopeno: presente em alimentos vermelhos, como tomate, goiaba vermelha, melancia, mamão, pimentão vermelho, etc.

Para saber a melhor forma de consumir esses alimentos para aproveitar esses compostos, procure seu nutricionista!

B12 e cirurgia bariátrica

Um dos grandes desafios no nutricionista junto do paciente que se submete a uma cirurgia bariátrica é manter os níveis ideais de Vitamina B12, tendo em vista que o procedimento cirúrgico gera alterações na absorção desta vitamina, e consequentemente a deficiência é muito comum no pós-cirúrgico. Existem autores mostrando uma deficiência de vitamina B12 em 12-33% das pessoas que passam por esse procedimento cirúrgico, e há uma preocupação também com a deficiência subclínica (níveis entre 140 e 200 pmol/L). Sabendo disso, este estudo publicado em janeiro de 2017 buscou por informações de protocolos de suplementação efetivos para este ajuste. Os autores concluíram que 350 mg de vitamina B12 oral foi apropriado para corrigir a deficiência, e que o uso contínuo é necessário, e mais eficaz quando comparado com multivitamínicos com altas doses de vitamina B12. Além disso, sugeriram outros métodos de avaliação do status de vitamina B12, como o ácido metilmalônico. Para uma correta orientação nessa situação clínica, procure um bom nutricionista!

Especiarias e Diabetes

O diabetes mellitus é um sério problema de saúde! Muitos fatores incluindo idade, obesidade, sexo e dieta estão associados no desenvolvimento do diabetes. Hoje, medicamentos e mudanças alimentares são as duas principais abordagens para a prevenção e/ou tratamento dessa doença! Dentre as estratégias nutricionais, a adição de especiarias e temperos na dieta é muito importante! Nesse estudo publicado em 2017, os autores revisão as principais especiarias para auxiliar no diabetes, que são: canela, gengibre, açafrão da terra, cominho, coentro, anis, alho, cebola, mostarda, pimenta preta e folhas de curry. Essas especiarias possuem efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e antidiabéticos!!! Vale destacar que a maioria dos estudos ainda é em animais e células e que mais estudos em humanos com diabetes são necessários. O que não significa que você não possa utilizar essas especiarias na dieta. A inclusão dessas e de outras especiarias podem trazer vários benefícios à saúde, além de deixar a comida mais gostosa! Na dúvida do que e como utilizar, procure o seu nutricionista!

Deficiência de vitamina D

Nos últimos anos observamos uma preocupação maior com os níveis plasmáticos de vitamina D, e consequentemente uma detecção maior de deficiências dessa vitamina, inclusive em populações que mantém uma exposição adequada à radiação ultravioleta B. Atualmente existe um direcionamento de esforços entre a população acadêmica em encontrar fatores de risco para a deficiência de vitamina D, tendo em vista que está vitamina exerce funções extra esqueléticas muito importantes, como manutenção da homeostase glicêmica e imunológica. Sabendo disso, este estudo publicado em janeiro de 2017 observou a prevalência da deficiência de vitamina D e fatores associados em 1088 idosos no México. Observaram deficiência desta vitamina associada com sexo feminino, inatividade física, níveis de hemoglobina glicada (usada para avaliar a média da glicemia dos últimos 3 meses) e fumo. Procure um nutricionista para uma correta suplementação de vitamina D, e acompanhamento dos seus metabólitos plasmáticos!

 

Chá verde e emagrecimento

O chá verde (Camellia sinensis) é muito utilizado para emagrecimento. Mas será que ele realmente funciona? Nessa meta-análise de 2017, foi demonstrado que o EGCG (a principal catequina presente no chá verde) aumentou o gasto energético e conseguiu diminuir o quociente respiratório, o que poderia aumentar a oxidação de gordura e perda de peso. Entretanto, não se observou nenhuma diferença na taxa de oxidação de gordura. O que os autores recomendam para um efeito benéfico é a ingestão de 300 mg de EGCG por dia (que pode ser alcançada a partir de suplementos ou através do consumo da infusão das folhas da Camellia sinensis). Ou seja, o chá verde pode sim auxiliar no processo de emagrecimento, mas ele não faz milagre sozinho. Se você não mudar hábitos alimentares e não fizer atividade física, dificilmente emagrecerá apenas com o uso desse fitoterápico. Procure um nutricionista para saber se o chá verde é interessante para você e a quantidade ideal de consumo.

Ômega-3 e atividade física

Entre os praticantes de atividade física há sempre uma busca constante pelo uso de suplementos alimentares que podem trazer algum tipo de benefício para a prática de atividade física, como aumento da performance, da capacidade metabólica, redução da fadiga, aumento da hipertrofia muscular, redução no tempo de recuperação e modulação da imunidade. Um dos suplementos alimentares utilizado para essas modulações é o ômega-3. Sabendo disso, esta revisão publicada em janeiro de 2017 buscou informações para elucidar esses efeitos associados com o uso de ômega-3. Os autores afirmaram que há uma escassez de dados que possam afirmar que há participação do uso de ômega-3 nos efeitos citados acima. Porém, segundo os autores, há algum benefício para as alterações imunológicas que afetam o trato respiratório superior, em especial nos exercícios que provocam broncoconstrição. Ou seja, mais estudos são necessários para investigar o papel do ômega-3 na prática de atividade física. Por isso cuidado com o senso comum! Procure um nutricionista para uma correta prescrição de suplementos alimentares!

Alimentos ultra processados

O consumo de alimentos ultra processados aumentou nos últimos anos. As gôndolas dos supermercados estão cada vez com mais produtos alimentícios e menos alimentos de verdade. E o aumento desses produtos processados pode causar várias deficiências nutricionais, piorando o funcionamento do organismo e aumentando o risco de várias doenças. Nesse estudo publicado em 2017, os autores compararam os indivíduos de acordo com a quantidade de alimentos ultra processados consumidos. E os resultados foram preocupantes. As pessoas que consumiam mais alimentos ultra processados tinham um maior consumo de açúcares, carboidrato, gordura saturada e calorias. Além disso, esses indivíduos tinham um menor consumo de proteínas, fibras, vitaminas A, C, D, B1, B2, B3, B6, B12, zinco, ferro, magnésio, cálcio, fósforo e potássio. Ou seja, produtos ultra processados pode causar várias deficiências nutricionais, além de colaborar para o desenvolvimento de obesidade. Hábitos alimentares podem ser decisivos para a sua saúde!!! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Obesidade e Cognição

A prevalência de obesidade e sobrepeso é alta, e tem aumentado cada vez mais em todas as idades, incluindo nas pessoas mais idosas. Muitas complicações são associadas com a obesidade, como diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer, e mais recentemente, alterações cognitivas. Sabendo disso, esta meta-análise publicada em janeiro de 2017 avaliou 21 estudos, incluindo estudos longitudinais e randomizados, buscando a relação entre excesso de peso e obesidade com alterações de memória, atenção, linguagem e função motora. Os autores concluíram que a perda de peso intencional em pessoas obesas ou com sobrepeso foi associada com um aumento significante na atenção e memória. Além disso, os autores sugerem que o sobrepeso e a obesidade estão associados com declínio nas funções cognitivas e com uma alta prevalência da doença de Alzheimer. Para usufruir do benefício da perda de peso sem prejuízos a saúde, procure por um nutricionista para orientá-lo de maneira correta!

Dieta e SOP

A síndrome do ovário policístico (SOP) afeta 6-10% das mulheres em idade reprodutiva e está associada com vários problemas, incluindo a dificuldade de ovulação, e, por consequência, dificuldade de engravidar. Mas você sabia que intervenções dietéticas podem auxiliar nisso? Uma dessas estratégias é a diminuição na ingestão calórica! Nessa revisão publicada dia 01 de janeiro de 2017 foi discutido sobre o efeito da restrição calórica em mulheres obesas com SOP. Embora ainda exista a necessidade de mais estudos, algumas evidências já demonstram que a diminuição na ingestão calórica auxilia na ovulação, aumentando a chance da mulher com SOP conseguir engravidar! A sugestão é que a restrição calórica propicie uma diminuição da obesidade e da gordura visceral que, por consequência, acabam melhorando a resistência à insulina (que é uma alteração comum nas mulheres com SOP e que está associada com a fisiopatologia dessa doença). Com a melhora da resistência à insulina, melhora também o funcionamento do ovário, aumentando a chance da mulher ovular! Vale destacar que o tipo de alimento que será ingerido também pode influenciar na resistência à insulina, e que, muitas vezes, apenas a mudança no padrão alimentar já auxilia nesse efeito. Por isso, procure um nutricionista para avaliar a necessidade de restrição calórica e/ou outras mudanças nos seus hábitos alimentares.

Você sabia que a restrição calórica intermitente pode auxiliar na redução de peso?

A obesidade é um importante fator de risco para várias doenças crônicas e a redução do consumo calórico diário representa uma das estratégias para a redução de peso, mas apenas 30% das pessoas responde bem a esse tipo de estratégia. A restrição de energia severa intermitente pode ser uma estratégia nesse caso. Esta prática envolve a restrição severa da ingestão de energia de forma intermitente (1-4 dias/ semana), com ingestão de energia adequada ou ad libitum (à vontade) nos outros dias. Sabendo disso, este estudo publicado em novembro de 2016 avaliou os efeitos da restrição de energia severa intermitente e suas consequências sobre a regulação do apetite e marcadores metabólicos em 18 pessoas durante 24h, e nos dois dias seguintes a restrição. Observaram aumento transitório do apetite, representada pelo aumento de 7% na ingestão de energia no grupo que foi submetido a restrição de energia severa intermitente, uma concentração pós prandial de grelina menor, concentrações maiores de glicose e ácidos graxos e uma redução no gasto energético. Cuidado ao seguir dicas nutricionais sem antes consultar com o seu nutricionista! Orientação nutricional deve ser individualizada!