Selênio e Câncer de Próstata

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Estamos no novembro azul!! Mês destinado para conscientizar os homens sobre a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata. Mas você sabia que a nutrição pode influenciar nesse risco?? Essa meta-análise de 2016, incluindo 15 estudos prospectivos, demonstrou que a quantidade de selênio nas unhas foi inversamente associada com o risco de câncer de próstata. Ou seja, quanto maior a concentração de selênio nas unhas, menor o risco de câncer de próstata. Entretanto, o selênio no sangue não mostra essa relação. Os autores acreditam que o selênio nas unhas tenha sido mais efetivo pelo fato de ele ser um marcador mais confiável de exposição ao longo prazo do selênio. Mais uma notícia boa é que conseguimos atingir a necessidade desse mineral através da alimentação. A principal fonte de selênio são as Castanhas do Brasil! Embora o teor de selênio nas castanhas possa variar de acordo com o local onde as castanhas foram produzidas, 1 a 3 castanhas do Brasil por dia normalmente já é suficiente para atingir as necessidades diárias. Vale destacar que o excesso do selênio também pode causar problemas. Então não vale abusar! Para mais detalhes, consulte sua nutricionista.

Chocolate e rugas

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Boa parte da população se preocupada com o aparecimento das RUGAS!!! A exposição solar é uma das principais causas do envelhecimento da pele. Mas você sabia que o consumo de alguns alimentos pode ajudar a diminuir as rugas e prevenir o envelhecimento cutâneo??!! Um desses alimentos é o chocolate! Notícia boa para os chocólatras, não?! Entretanto, o benefício está na presença do cacau! Nesse estudo, publica em 2016, demonstrou que o consumo de 12 g de cacau em pó (contendo 320 mg de flavonoides totais do cacau) por 24 semanas em mulheres com a pele já envelhecida diminuiu as rugas, melhorou a elasticidade da pele e aumentou a dose mínima de raios UVB para causar eritema. Ou seja, protegeu a pele e diminuiu as rugas já formadas. Vale destacar que o consumo de chocolate também está valendo, desde que ele tenha alta concentração de cacau. Prefira chocolates com pelo menos 70% de cacau!! Outra dica bem importante é a quantidade de açúcar presente no chocolate. O açúcar piora o envelhecimento da pele, logo, fique de olho na quantidade de açúcar que o chocolate possui (LEIA O RÓTULO). Quanto a dose que você pode consumir ao dia, procure um nutricionista para lhe orientar melhor de acordo com seu plano alimentar.

Creatina e idoso

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A transição demográfica que ocorre há alguns anos determinou um aumento do número de idosos na população humana e, consequente a este fato, as pessoas com mais de 65 anos de idade representavam aproximadamente 524 milhões de pessoas em 2010. O envelhecimento humano é um processo irreversível, e acompanhado de mudanças bioquímicas e estruturais do corpo, incluindo a perda de massa muscular, perda da força e perda da massa óssea. Sabendo do potencial terapêutico da creatina em modular essas alterações, este artigo publicado em 2016 avaliou a efetividade de 5g de creatina monohidratada por dia, associada com treinamento de força durante 12 semanas em modular a composição corporal de idosos e melhora da força. Os participantes foram divididos em dois grupos: 1) Creatina + Treinamento de força e 2) Placebo + Treinamento de força. Os resultados mostraram um aumento de massa magra maior no grupo de idosos que receberam creatina quando comparado com o grupo placebo. Esta modulação está diretamente relacionada com a redução do risco de fraturas!! E, de maneira muito interessante, isso acaba reduzindo o risco de morte!! Para uma correta orientação do uso deste suplemento procure o seu nutricionista!!!

Alimentação e cognição

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Que a alimentação é muito importante para a saúde todo mundo sabe. Mas você acredita que um consumo excessivo de gorduras e açúcares pode piorar a cognição, a depressão, a ansiedade, entre outras doenças neurológicas? Essa revisão publicada em outubro desse ano discute justamente isso. Após análise de vários estudos, os autores propõe que um excesso de gordura e/ou açúcares pode influenciar no cérebro via dois mecanismos principais:

1.      O excesso de gordura e açúcar pode influenciar na microbiota intestinal, diminuindo a diversidade dos microorganismos, diminuindo as Bifidobacterias e Bacteroidetes (que normalmente são benéficas ao nosso corpo) e aumentando os Firmicutes (que normalmente trazem malefícios ao nosso corpo). Essa alteração intestinal, por sua vez, aumenta a inflamação, estimula o eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal, piorando uma doenças/transtornos neurológicos como a depressão, ansiedade, esquizofrenia, autismo, além de piorar a cognição e memória.

2.      O excesso de gordura e açúcar também pode influenciar diretamente o cérebro por aumentar inflamação e estresse oxidativo, diminuir neurotrofinas como o BDNF (fator neurotrófico derivado do encéfalo), diminuir a formação de novos neurônios (neurogênese) e influenciar na comunicação entre os neurônios.

Vale destacar que essas alterações cerebrais dependem também de outros fatores. Porém, ter uma alimentação adequada e uma microbiota intestinal benéfica auxiliam no tratamento de várias doenças envolvendo o cérebro! Procure um nutricionista para melhor lhe orientar!

Alimentação infantil

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A inapetência comportamental e orgânica representam as principais queixas maternas no período da infância de seus filhos, e são alterações alimentares que possuem como base, na maioria das vezes, a desestruturação da rotina alimentar da família. Existem algumas abordagens para promover ajustes no comportamento alimentar de crianças, e esta publicação de novembro deste ano ressaltou algumas delas: 1) Mindful eating (Comer consciente): Estimular a criança a perceber o que seu corpo está dizendo. Perceber se está realmente com fome, ou se está comendo por outras razões (Ex: fadiga, estresse, tédio, etc.); 2) Envolver a criança no processo de produção das refeições, pedindo ideias de alimentos saudáveis que ela gosta de comer; 3) Não preparar alimentos exclusivamente para a criança, diferente do perfil de alimentos servidos para o resto da família. Para mais estratégias e maneiras eficientes de evitar a inapetência durante a infância, procure um nutricionista capacitado para esta orientação!!!

Vitamina D e insulina

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A manutenção dos níveis plasmáticos de vitamina D tem sido relacionada com vários efeitos benéficos a saúde, como modulação imunológica, regulação da pressão arterial sistêmica, e controle glicêmico. Estes efeitos extra esqueléticos da vitamina D ocorrem pois há receptores de vitamina D (VDR) distribuídos em várias células, em diferentes órgãos do nosso corpo. Sabendo disso, alguns pesquisadores observaram a manutenção sazonal da glicemia de alguns pacientes diabéticos e, relacionaram esse efeito, a manutenção dos níveis plasmáticos da Vitamina D. Atualmente já se sabe que concentrações plasmáticas ideais de vitamina D auxiliam na secreção da insulina e modulam a sensibilidade periférica desse hormônio, fazendo com que ele exerça melhor a sua função. Dessa forma, ter níveis adequados de vitamina D (através de suplementação ou da exposição solar) é importante para a manutenção da glicemia! Vale destacar que a insulina também consegue agir nos rins, estimulando a formação da vitamina D na forma ativa (1,25(OH)2D3). Consulte o seu nutricionista e converse com ele sobre sua concentração plasmática de Vitamina D e se você tem a necessidade de ser suplementado!

Azeite de oliva vs manteiga

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O controle da glicemia (glicose/açúcar no sangue) é de extrema importância para a saúde. O aumento da glicemia aumenta o risco de diabetes, de doenças cardiovasculares, entre outras doenças. O aumento da glicemia ocorre, principalmente, pelo consumo de alimentos com carboidratos. Mas estratégias nutricionais podem ajudar a controlar o aumento da glicose induzido pelo carboidrato. Uma dessas estratégias é a utilização de gorduras junto com a refeição. Entretanto, esses dois artigos publicados nesse ano mostraram que o tipo de gordura influencia no controle da glicemia. O primeiro estudo, publicado por Bozzetto e colaboradores, mostrou que quando pacientes com diabetes mellitus tipo 1 consumiam uma refeição com alto índice glicêmico (que aumenta bastante a glicemia) associada com 37 g de azeite de oliva extra virgem, o aumento da glicemia nos primeiros 180 minutos foi menor do que nos pacientes que consumiam a refeição com 43 g de manteiga. Ou seja, o azeite de oliva extra virgem controlou melhor a glicemia do que a manteiga. Mas por que será que isso acontece? No segundo estudo, publicado por Carnevale e colaboradores, foi demonstrado que, em pacientes com glicemia em jejum alterada, a adição de 10 g de azeite de oliva extra virgem junto com a refeição conseguiu diminuir em 20% a glicemia. Além disso, o azeite de oliva extra virgem conseguiu aumentar os níveis de GLP-1, que é uma incretina importante para o controle da glicemia, além de diminuir o apetite e ter efeitos cardioprotetores. Ou seja, adicionar azeite de oliva extra virgem nas principais refeições pode ser uma estratégia interessante para o controle glicêmico e aumento de GLP-1. Vale lembrar que o excesso nunca é interessante. Dessa forma, procure um nutricionista para saber qual a quantidade de azeite ideal para você e como fazer para escolher um bom azeite de oliva.

Brócolis, cocção e armazenamento

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Uma das grandes preocupações da atualidade é reduzir o risco das doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer. E hoje já se sabe que com uma alimentação correta isso é possível. Isso porque nos alimentos encontramos substâncias que protegem o nosso DNA, como o sulforafano, encontrado no brócolis (Brassica oleracea var. italica) e em outros alimentos da família das brássicas (ex: couve, couve-flor, couve de bruxelas, nabo, rabanete, etc). Esse efeito protetor do sulforafano ocorre, pelo menos em parte, pela sua capacidade em modular a expressão de genes envolvidos com a defesa celular, como Nrf2. Porém, a maneira como consumimos e armazenamos este alimento, define o quanto aproveitaremos deste benefício. Como demonstrado em uma revisão agora de 2016, o consumo de brócolis cru não representa a maneira mais eficiente de obter as vantagens proporcionadas pelo sulforafano, porém 3 minutos de cozimento se mostrou suficiente para garantir estes benefícios. Além disso, 5 minutos de cozimento em microondas foi suficiente para a perda de 74% da biodisponibilidade deste composto. O armazenamento também pode influenciar na biodisponibilidade do sulforafano. 3 dias em temperatura ambiente, ao ar livre, é o suficiente para resultar em 55% de perda. Por outro lado, o armazenamento em sacos de plástico a 22C demora 7 dias para que uma perda similar ocorra. Ou seja, para melhor aproveitar os nutrientes desse vegetal, se precisar armazená-lo, coloque-o em sacos plásticos e consuma-o o quanto antes. E, quando for consumir, opte pelo cozimento no vapor por 3 minutos.

Câncer de mama, bebida alcoólica e fibra

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Já que estamos no OUTUBRO ROSA, vamos falar de câncer de mama. Esse câncer sofre grande influência do estilo de vida. Um dos fatores que aumenta o risco de câncer de mama é a ingestão de bebidas alcóolicas. Mas você sabia que a ingestão de fibras pode influenciar nesse risco? Nesse artigo publicado em setembro desse ano, após acompanhar quase 335 mil mulheres por 11 anos, foi demostrado que: a) mulheres com alta ingestão de álcool (> 15g/dia ou > 10 doses por semana) associada a uma menor ingestão de fibra (< 18,5 g/dia) o risco de desenvolver câncer de mama foi de 35%; b) mulheres com alta ingestão de álcool (> 15g/dia ou > 10 doses por semana) associada a uma maior ingestão de fibra (> 18,5 g/dia) o risco de desenvolver câncer de mama foi de 12%; c) mulheres com baixa ingestão de álcool (< 5g/dia ou < 2 doses por semana) associada a uma maior ingestão de fibra (> 18,5 g/dia) o risco de desenvolver câncer de mama foi de 8%. Ou seja, consumir menos álcool e mais fibra diminui o risco de câncer de mama. Mas caso a mulher consuma álcool, a associação de bebida alcoólica com uma dieta rica em fibra, pode diminuir o risco de desenvolver câncer de mama.

Introdução alimentar BLW

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que até o 6º mês de vida o leite materno seja oferecido como fonte exclusiva de alimentação ao bebê. Após esse período, ocorre a introdução da alimentação complementar, e de acordo com a literatura cientifica, essa introdução pode ser feita de diferentes maneiras. Uma delas é a BLW (Babyled Weaning/ Desmame guiado pelo bebê), em que a criança participa das refeições com a família desde o sexto mês e os pais oferecem os alimentos em pedaços ao alcance do bebê. Segundo publicações recentes sobre a BLW, o grande benefício desse método seria o maior envolvimento da família com as refeições do bebê. Porém, foi observado um aumento no risco de deficiências de ferro, zinco, vitamina B12, e até mesmo de asfixia acidental. Ou seja, existem pontos positivos e negativos. A observação do processo de amadurecimento da mastigação e da deglutição é de extrema importância para garantir a segurança e eficiência da alimentação complementar. Por isso, procure uma nutricionista para avaliar o que é melhor para o seu bebê e como fazer essa introdução da melhor maneira adequada!