O diabetes gestacional é uma das complicações que a gestante pode ter. E ele aumenta o risco de problemas para a mãe e para o bebê. Dessa forma, pensar em prevenção é muito importante. De forma interessante, esse estudo publicado em 2021 investigou o efeito do consumo de diversos tipos diferentes de bebidas e o risco de desenvolver ou não diabetes. Após análises, foi observado que o consumo de leite fermentado no período pré-gestacional e durante o primeiro trimestre aumentou o risco de desenvolver diabetes gestacional. Por outro lado, o consumo de suco de frutas nesse mesmo período diminuiu o risco de desenvolver diabetes durante a gestação. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele vai avaliar o que é melhor para o seu caso, que tipo de bebida é interessante para você, bem como a quantidade que deve ser ingerida.
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Selênio e estatina
As estatinas são uma classe de medicamentos utilizados para diminuir a síntese de colesterol. O número de pessoas que usam estatina vem crescendo nos últimos anos. Só para ter noção, 60% dos pacientes obesos tomam esse tipo de medicamento. Porém, a estatina também pode causar efeitos colaterais, incluindo as miopatia (dores musculares intensas), que acometem cerca de 10% das pessoas que usam essa medicação. Mas você sabe qual a relação disso com o selênio? Nessa revisão publicada agora em 2021 os autores explanam sobre a importância de ajustar o selênio na alimentação e/ou suplementação em pacientes obesos e que usam estatina. Isso porque as estatinas também podem diminuir a síntese endógena de selenoproteínas, em especial se a pessoa tiver uma diminuição na ingestão de selênio. Além disso, os autores colocam que essa deficiência de selênio poderia contribuir para aumentar os efeitos colaterais da medicação. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Curcumina e cérebro
A expectativa de vida tem aumentado nos últimos anos. Porém, o número de pessoas com algum grau de prejuízo cognitivo também está aumentando. Inúmeras questões podem estar associadas ao envelhecimento cerebral, incluindo aumento de inflamação e estresse oxidativo. Por outro lado, estratégias que diminuem inflamação e estresse oxidativo estão sendo estudadas pensando em melhorar o envelhecimento cerebral e diminuir risco de problemas cognitivos. E a curcumina, fitoquímico presente no açafrão da terra (Curcuma longa), é uma das estratégias que tem sido bastante estudada. Nessa revisão de 2021 os autores abordam alguns possíveis mecanismos de ação da curcumina, incluindo: diminuição de inflamação (periférica e neuroinflamação), diminuição de estresse oxidativo, aumento da neurogênese e neuroplasticidade. Além disso, a curcumina também parece ser interessante em melhorar controle glicêmico, que também pode afetar o cérebro. Porém, os autores também discutem que a biodisponibilidade da curcumina é baixa e que, por isso, os resultados podem sofrer influência de acordo com a forma de suplementação. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Pólen e saúde
O pólen de abelha é uma combinação de pólen de planta e secreções e néctar de abelhas. Ele é usado para benefícios à saúde há muito tempo. Já existem relatos de seu uso na Bíblia e nos textos do antigo Egito. O pólen tem na sua constituição carboidratos, proteínas e lipídios. Além disso, possui carotenoides, vitaminas, minerais e polifenóis. Ele tem sido estudado para vários benefícios, porém, a maior parte dos estudos ainda são em animais, por isso, temos que ter cautela na hora de interpretar os resultados. Mas segue alguns possíveis benefícios do pólen de abelha: melhora de metabolismo de glicose, hepatoprotetor, cardioprotetor, diminui ácido úrico, melhora metabolismo ósseo, melhora funcionamento dos ovários, melhora sistema imunológico, melhora morfologia do intestino. Vale destacar que não existe nenhum alimento milagroso. Esses efeitos citados são de alguns estudos, a maior parte em animais. Então mais uma vez, temos que ter cautela na interpretação. Não necessariamente o pólen vai fazer tudo isso em humanos. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Carotenoides e visão
Essa semana estou falando sobre carotenoides. Hoje, trago esse estudo de revisão que aborda o papel de alguns carotenoides na visão, em especial no glaucoma. Glaucoma é uma neuropatia óptica caracterizada por neurodegeneração progressiva da retina, resultando na perda de células ganglionares da retina e defeitos característicos do campo visual. Algumas questões fisiopatológicas que estão envolvidas no glaucoma são estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e inflamação. Luteína e zeaxantina são os dois carotenoides mais estudados para visão. E, dos dois, temos mais estudos com a luteína. Estudos evidenciam que a luteína aumenta a neuroproteção, ajudando na sobrevivência das células ganglionares da retina. Em estudos clínicos, uma tendência protetora foi observada com o maior consumo dietético de carotenoides (ou seja, diminui o risco de glaucoma). Além disso, maiores níveis de carotenoides no pigmento macular foram amplamente associados à melhora do desempenho visual em pessoas que já tinham glaucoma. Ou seja, ajustar a ingestão alimentar é muito importante. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!
Vitamina A e obesidade
Vitamina A e carotenoides com atividade pro-vitamina A possuem várias funções importantes para o organismo. Por exemplo, auxiliam na reprodução, diferenciação celular, imunidade, visão, etc. Alguns estudos também têm investigado o papel da vitamina A e dos carotenoides na obesidade. E esse foi o tema dessa revisão agora de 2021. Os autores comentam sobre alguns estudos em humanos que mostram associação entre níveis mais baixos de vitamina A no sangue em pessoas com obesidade. Pensando em mecanismos de ação, os autores destacam dois papéis principais. O primeiro é a ação antioxidante dos carotenoides e, ao diminuir o estresse oxidativo, acaba-se também diminuindo a inflamação (que está aumentada em situações de obesidade). O segundo papel é a capacidade desses carotenoides conseguir, pelo menos em estudos pré-clínicos, diminuir a diferenciação dos adipócitos (células de gordura). Vale destacar que isso não significa que apenas aumentar vitamina A / carotenoides irá fazer a pessoa emagrecer. Mas ajustar a ingestão na alimentação é importante. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!
Tempo de tela e alimentação
A pandemia da COVID-19 alterou vários hábitos de vida. Incluindo hábitos alimentares e de prática de atividade física. De modo bem interessante, esse estudo realizado no Brasil, com mais de 39 mil adultos avaliou a relação entre a quantidade de exposição às telas (TV, computador, tabletes) e o consumo de alimentos ultraprocessados durante a pandemia da COVID-19. Após análises estatísticas, foi observado que as pessoas que ficavam mais horas vendo TV ou no computador / tablet também comiam mais alimentos ultraprocessados e menos frutas e verduras. Ou seja, dois fatores que podem piorar a saúde (má alimentação a falta de atividade física) estando correlacionados. E isso pode repercutir em consequências a longo prazo.
Vitamina D e COVID-19
Há mais de um ano estamos enfrentando a pandemia da COVID-19. E inúmeros cientistas espalhados pelo mundo estão fazendo pesquisas para tentar entender melhor sobre esse vírus e sobre estratégias que poderiam auxiliar no tratamento. Nesse estudo publicado agora em 2021, realizado em 5 hospitais públicos no Sul da Espanha, foi observado o papel da suplementação de vitamina D durante a internação e o risco dos pacientes morrerem. Para isso, os pacientes com COVID-19 receberam placebo ou vitamina D (21.280 UI no dia da internação e depois 10.640 UI nos dias 3, 7, 14, 21 e 28 de internação). Após análises ajustadas para confundidores, foi observado que a suplementação de vitamina D foi associada à menor taxa de mortalidade do que os pacientes que não receberam vitamina D. Mas é bom destacar que tudo é muito novo no que se refere a COVID-19 e que mais estudos são necessários.
Plantas para osteoporose
A osteoporose é uma doença óssea caracterizada pela redução da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura óssea, levando à fragilidade óssea e a um risco aumentado de fraturas. O estradiol é um hormônio essencial para a saúde óssea. Conforme as mulheres envelhecem, os níveis de estradiol diminuem e isso aumenta o risco das mulheres, na pós menopausa, desenvolverem osteoporose. Por isso, pensar em estratégias para a manutenção a qualidade óssea durante a perimenopausa e na pós-menopausa irá auxiliar a diminuir o risco de desenvolver osteoporose. E várias plantas (fitoterápicos) têm sido estudadas para isso. Algumas delas são abordadas nesse artigo de revisão publicado agora em 2021, que são: isoflavonas da soja, red clover (Trifolium pratense), Kudzu (Pueraria mirifica), alfafa (Medicago sativa), Humulus lupulus, ameixa seca, cavalinha (Equisetum arvense), Cimcifuga racemosa (planta de prescrição médica). Ou seja, temos várias plantas sendo estudadas, mas isso não significa que você pode usá-las todas juntas. Fitoterápicos devem ser avaliados com cautela na hora da utilização. Por isso, procure um Nutricionista que entenda de fitoterápicos para te auxiliar melhor.
Ômega-3 e Alzheimer
A expectativa de vida da população está aumentando cada vez mais. Porém, nem todo envelhecimento é saudável. Muitos idosos acabam desenvolvendo demência ou até doença de Alzheimer. Dessa forma, pensar em prevenção de demência e doença de Alzheimer é bem importante. De modo interessante, esse estudo de corte prospectivo avaliou as concentrações de vários ácidos graxos, incluindo ômega-3, no sangue de idosos e o risco de desenvolver demência e doença de Alzheimer. Após análises estatísticas, foi observado que os idosos que tinham uma maior concentração de EPA no sangue (um dos tipos de ômega-3 de origem animal) tinham menor risco de desenvolver doença de Alzheimer. Além disso, a maior concentração de EPA também foi associada à menor risco de demências por todas as causas e de Alzheimer nos indivíduos que não tinham o polimorfismo para a APOE4 (o principal polimorfismo que aumenta o risco de desenvolver doença de Alzheimer), mas não entre os que tinham o polimorfismo. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!